Projeto de Amplificador Valvulado/História

História dos amplificadores valvulados

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A Válvula Eletrônica

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As válvulas termiônicas, tubos a vácuo ou válvulas eletrônicas como são comumente chamadas, foram as precursoras, e o começo da eletrônica. A invenção das válvulas possibilitou o desenvolvimento de toda a eletrônica. Através delas foi possível então a invenção do telégrafo, do rádio, da televisão, dos computadores eletrônicos binários. Surgem os transistores, as válvulas foram sendo gradualmente substituídas, e caíram no parcial esquecimento, os transistores eram menores e mais baratos, parecia óbvio o destino das válvulas.

Por volta dos anos 80, muitos periódicos especializados em eletrônica previram a extinção das válvulas, mas atualmente (2019) existem muitas aplicações para as válvulas eletrônicas, são ainda usadas atualmente em transmissores de rádio AM e FM, por ainda serem mais eficientes, e ainda, existe um ramo da eletrônica, a do áudio hi-fi, áudio profissional, e áudio voltado para audiófilos, ainda áudio para os músicos, da qual as válvulas estão em plena ascensão, tubos de raios catódicos, geradores de raio X, fornos microondas, são exemplos de aplicações atuais para as válvulas, até mesmo os altamente tecnológicos aceleradores de partículas tem seu principio fundamentado nas válvulas.

Primeiro Amplificadores de Instrumentos

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Os primeiros alto falantes de cone só foram produzidos para venda em 1925, antes disso somente cornetas, os primeiros amplificadores eram alimentados por pesadas baterias o que os tornavam de difícil portabilidade, assim que os engenheiros desenvolveram modelos alimentados por CA ( corrente alternada), os músicos começaram a amplificar seus instrumentos. No começo da era da guitarra elétrica, os músicos instalavam captadores em seus violões e banjos, e precisavam de amplificadores, em 1928 Stromberg-Voisinet foi a primeira empresa a fabricar instrumentos de cordas elétricos e amplificadores, sem sucesso de venda, mesmo assim surge a ideia de amplificador portátil, em 1929 a Vega Electrics lança um amplificador para banjo, e em 1932 a Electro String lança um amplificador para captadores magnéticos de guitarra, era uma caixa de madeira com alça contendo um alto falante um amplificador valvulado (ainda não tinha transistor), a Vivi-Tone e a Rickenbacker lançam seu amplificadores combo similar, Audio-Vox foi fundada por Paul Tutmarc , o inventor do primeiro baixo elétrico (o instrumento de Tutmarc não alcançou sucesso no mercado até que Leo Fender lançou o Precision Bass ) .

Os primeiros amplificadores Fender foram feitos em casa a partir de 1946 Model 26 Deluxe, Princeton e Profissional, ainda sob nome K&F Manufacturing. Nos anos 50 os amplificadores tinham comumente baixa potência cerca de 15W, vários guitarristas experimentaram a distorção valvulada, o overdrive. Na década de 60 Dick Dale colaborando com a Fender ajudou a produzir o primeiro amplificador de 100W, a distorção tornou-se ainda mais desejada, Dave Davies do The Kinks conectou a saída de um amplificador na entrada de outro aumentando a distorção. Nos anos 2000 é comum a distorção e overdrive serem integrados ao amplificador.

Timbre Americano e Britânico

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Sem dúvida os amplificadores mais famosos do mundo são os pertencentes a marca Marshall, fica na memória pilhas de caixas Marshall nos palcos dos astros do rock. O ícone dos amplificadores valvulados emplacou com Jimmi Hendrix, talvez o maior guitarrista da história, que usava pilhas de Marshall em seus shows, apesar de gravar em amplificadores Fender em estúdio.

A história da marca começa em 1960, o baterista Jim Marshall abre uma loja de instrumentos no Reino Unido, vendendo kits de bateria, e amplificadores Fender importados dos Estados Unidos, os músicos procuravam guitarras Gibson 335s, Fender Strato, a amplificadores Fender Tremolux, que eram caros, e a procura por amplificadores cresce e a encomenda dos amplificadores demoravam chegar, deixando uma lacuna no mercado de amplificadores, que eram parcialmente preenchida por marcas caseiras britânicas, feitas a mão como, Dominator, o Bird Golden Eagle, e Vox AC30.

Ken Bran, reparador da loja de Jim Marshall, deu a sugestão de montar amplificadores para baratear custos e suprir a demanda. Os primeiros amplificadores Marshall, os JTM-45 Plexiglass eram uma cópia, com poucas modificações dos amplificadores Bassman 5F6-A Fender.

Os amplificadores Fender Bassman usam válvulas 5881 e 6L6 americanas, no amplificador de potência e a válvula 12AY7 no pré amplificador. Já os amplificadores Marshall usavam nas válvulas de pré as 12AX7 (maior ganho) e as válvulas de saída EL34 britânicas, mais baratas.

Essas modificações, talvez por disponibilidade de componentes para a montagem dos amplificadores, criaram o “Timbre Britânico”, os músicos ainda descobriram que se fizesse um jumper entre certas entradas do amplificador Marshall, era possível cascatear os canais normal e brilhante, aumentando ainda mais o ganho, os projetistas de Jim Marshall incluíram a modificação no modelo JCM800, que passou a ter um canal Lead e um Normal. Normalmente considera-se o timbre americano Fender, mais “limpo”, com mais “headroom”(espaço para a dinâmica da música crescer), timbre preferido por músicos do blues, jazz e country, enquanto que o timbre britânico Marshall tem mais “overdrive” preferido pelos músicos dos hard rock e metal. O que de fato é meia verdade, tanto a Fender quanto a Marshall, e outras marcas, possuem amplificadores valvulados dos mais variados timbres, mas este foi o mito criado do timbre britânico vs timbre americano.