Álgebra linear/Formas canônicas elementares

Autovetores e autovalores

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Definição

Seja V um espaço vetorial sobre K, e seja T um operador linear sobre V. Um vetor não nulo   de V é dito um autovetor (ou vector próprio) de T se existir um   tal que  . Neste caso,   é dito autovalor (ou valor próprio) de T.

Um significado prático:

  • Os autovetores são vetores que, sob a ação de um operador linear, resultam num vetor de mesma direção. Os autovetores estão sempre ligados ao operador linear, ou seja, cada operador linear admite um conjunto específico de autovetores.
  • Para cada autovalor  , podem existir vários autovetores   tais que  . Dizemos que esses são autovetores associados ao autovalor  . Haverá infinitos autovetores associados a cada autovalor, exceto no caso do corpo K ser um corpo finito.

Prove:

  • Se v é um autovetor de T associado ao autovalor  , e   é um escalar não-nulo, então   também é um autovetor associado a  .
  • O conjunto   é um subespaço vetorial de V (ele é chamado de autoespaço). Note que   é o conjunto de todos os autovetores associados a   unido ao vetor nulo.

 : um operador importante

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O operador  , leva os autovetores no vetor nulo

Como  . Logo   é o núcleo da transformação de  .

Teorema do operador  

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Seja   um operador linear sobre V de dimensão finita e   um valor característico do operador T sobre V. O operador   é singular, se e somente se, det( )=0.

Prova:

  • Definindo uma matriz associada ao operador

O operador   é singular, ou seja, não é injetor. Existe uma matriz   é a base do operador T sobre V. Assim tome  , ou seja,  .

  • calculando a determinante sobre o polinômio

Autovetores de uma matriz quadrada

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Definição

Um autovalor de uma matriz   é um escalar   tal que existe um vetor não nulo v, com  , onde v é chamado de autovetor de A associado a  .

 

Polinômio característico

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Definição

Seja A uma matriz quadrada de ordem n. O polinômio   é chamado de polinômio característico de A.

Prove:

  • Seja   uma base de V, e v um autovetor de T associado ao autovalor  . Então   é um autovetor da matriz   associado ao autovalor   de  
  • Se   e   são duas bases quaisquer de V, então o polinômio característico de   é igual ao polinômio característico de  .

Exemplo:

Operador diagonalizável

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Definição

Um operador T é dito diagonalizável se existir uma base   de V tal que   é uma matriz diagonal.

Definição

Duas matrizes quadradas de mesma ordem, A e B, são ditas semelhantes se existir uma matriz P, de mesma ordem, inversível, tal que  .

Definição

Uma matriz   é dita diagonalizável se   for semelhante a uma matriz diagonal D (ou seja, existe uma matriz P, inversível, tal que  ).

Prove:

  • Se   são autovetores de T associados, respectivamente, aos autovetores   tais que   se  , então   é LI.
  • Seja   uma base de V. A matriz   é diagonal   é uma base de V formada por autovetores de T
  • Se T é auto-adjunto e   é um autovalor de T, então  .
  • Se T é auto-adjunto e   são autovetores de T associados aos autovalores   (distintos), respectivamente, então  , se  .
  • Se T é unitário e   é um autovalor de T, então  .
  • Se   é um autovalor de T e T é normal, então   é autovalor de  .
  •   é T-invariante.
  •   é  -invariante.
  • Se T é normal e   é autovalor de T, então   é  -invariante.
  • Se T é normal, então   é T-invariante.