Aquisição e Desenvolvimento da Leitura e da Escrita/A Leitura na Formação Crítica e Reflexiva do Cidadão

A Leitura na Formação Crítica e Reflexiva do Cidadão

O ato de ler faz com que o indivíduo leitor tenha respostas para o mundo e para o que está acontecendo ao seu redor. Quando uma pessoa lê, ela passa a ter uma nova opinião sobre o tema lido, desde política até assuntos relacionados à culinária. Desta forma, se a criança é estimulada a ler desde pequena ela com certeza será um adulto questionador e crítico, assim, o indivíduo que não lê não terá base literária e experiências para formar opinião sobre qualquer assunto.

Pessoas que não são leitoras têm a vida restrita à comunicação oral e dificilmente ampliam seus horizontes, por ter contato com ideias próximas das suas, nas conversas com amigos. [...] é nos livros que temos a chance de entrar em contato com o desconhecido, conhecer outras épocas e outros lugares - e, com eles abrir a cabeça. Por isso, incentivar a formação de leitores é não apenas fundamental no mundo globalizado em que vivemos. É trabalhar pela sustentabilidade do planeta, ao garantir a convivência pacífica entre todos e o respeito à diversidade. (GROSSI, 2008, apud ARANA, 2015, p. 26670).

A leitura proporciona a descoberta de um mundo novo e fascinante. Para tanto, a apresentação da leitura para as crianças deve ser feita de uma maneira diferenciada e atrativa, para que assim elas possam ter uma visão prazerosa a respeito do ato de ler, de modo que seja um prazer e um hábito que ela acrescentará em sua vida sem que seja visto como algo obrigatório e enfadonho.

A leitura consegue desenvolver a capacidade intelectual e crítica das pessoas, devendo assim, fazer parte do seu dia a dia e desenvolver a criatividade em relação ao seu próprio meio e o meio externo.

Quando a criança é incentivada a ler, ela se torna ativa e está sempre disposta a desenvolver novas habilidades, querendo sempre mais. Ao contrário das crianças que não têm acesso à leitura, pois ela se prende apenas dentro de si mesma com medo do desconhecido. "A leitura, como andar, só pode ser dominada depois de um longo processo de crescimento e aprendizado." (BACHA, 1975).

Para tornar o mundo um lugar melhor é necessário que se integre uma política de incentivo à leitura e a inclusão de novos leitores à educação. Pois, somente através do incentivo à leitura é que serão conquistados resultados efetivos para a educação.

[...] é fundamental que as políticas de incentivo à leitura se descolem da mera organização de feiras ou da criação de bibliotecas e salas de leitura. O mais urgente é investir em material humano, com a formação de mediadores e bibliotecários capazes de semear o prazer da leitura por todo o país. Mediadores são os instrumentos mais eficientes para fazer da leitura uma prática social mais difundida e aproveitada. (LINARD; LIMA, 2008, apud ARANA, 2015, p. 26671).

A leitura na infância é uma descoberta de sentimentos e palavras que conduz o leitor a desenvolver o seu intelectual, a sua personalidade e a aumentar substancialmente a sua capacidade crítica. O ato de ler estimula o imaginário e dá a possibilidade de responder às dúvidas em relação às milhares de questões que surgem no decorrer da vida, possibilitando o surgimento de novas ideias e o despertar da curiosidade do leitor, fazendo assim com que ele sempre queira mais, e não se contente com o básico.

Uma das formas de incentivar as crianças a lerem é apresentá-las a livros que estimulem o hábito de ler pelo prazer. A partir daí elenca-se diversas vantagens, como a de que elas conheçam mundos novos e realidades diferentes para que, desta forma, elas possam construir sua própria linguagem, oralidade, valores, sentimentos e ideias, essas tais, que a criança levará para o resto da vida.

O livro leva a criança a desenvolver a criatividade, a sensibilidade, a sociabilidade, o senso crítico, a imaginação criadora, e algo fundamental, o livro leva a criança a aprender o português. É lendo que se aprende a ler, a escrever e interpretar. É por meio do texto literário (poesia ou prosa) que ela vai desenvolver o plano das ideias e entender a gramática, suporte técnico da linguagem. Estudá-la, desconhecendo as estruturas poético-literárias da leitura, é como aprender a ler, escrever e interpretar, e não aprender a pensar. (PRADO, 1996, apud ARANA, 2015, p. 26672).

A ação de ler não é somente para entretenimento ou uso acadêmico, é também, uma ótima ferramenta que oferece ao leitor uma visão ampla do mundo, onde o sujeito pode contextualizar suas próprias experiências com o texto lido.

Assim a produção de leitura consiste no processo de interpretação desenvolvido por um sujeito-leitor que, defrontando-se com um texto, analisa, questiona com o objetivo de processar seu significado projetando sobre ele sua visão de mundo para estabelecer uma interação crítica com o texto. (INDURSKY, ZINN, 1975, apud ARANA, 2015, p. 26672).

O gostar de ler é construído em um processo que é individual e social em simultâneo, pois ouvir histórias é para quem sabe e também para aquele que não sabe ler. O professor deve entender e compreender as dificuldades particulares de cada aluno, e deve, em simultâneo, estimulá-los a produzirem e ouvirem textos, para que assim ele possa desenvolver suas competências e habilidades, estimulando a leitura como um processo de libertação da criatividade e da reflexão crítica do cidadão.

Assim, a leitura é fundamental e necessária para a criação de um indivíduo crítico, apto para discutir seus pontos de vista, por estar preparado e equipado com uma carga intelectual, superior a outro indivíduo que não obteve a mesma carga literária.

"Crítica é um juízo apreciativo, seja do ponto de vista estético (obra de arte), seja do ponto de vista lógico (raciocínio), seja do ponto de vista intelectual (filosófico ou científico)". (JAPIASSU, 1991, apud ARANA, 2015, p. 26672).

É importante ler textos, não somente os escritos, mas também aqueles que estão sujeitos a uma interpretação pessoal, como os símbolos, uma figura, um desenho, e saber o que aquilo está transmitindo.

Sabemos que existem vários tipos de textos, que nos deparamos no dia a dia, textos longos e breves, sempre com o objetivo de transmitir uma mensagem, uma ideia. Existem textos que nos deixam desestimulados, pelo conteúdo extenso, e um contexto distante de nossa realidade, como leitores.

Em relação aos tipos de textos para fins didáticos podemos classificar os textos em práticos, informativos ou literários e extraverbais, sendo que os três primeiros grupos foram introduzidos por Landsmann. Essa classificação segundo ela tem o objetivo de facilitar o trabalho que teve o aluno a produzir e sistematizar conhecimentos. (NASPOLINE, 1996, apud ARANA, 2015, p. 26672).

Entre os diversos tipos de leitura que são mostrados por muitos autores, podemos resumir:

  1. Leitura de higiene mental ou recreativa;
  2. Leitura técnica;
  3. Leitura de informação;
  4. Leitura de estudo. Na "leitura de higiene mental ou recreativa" o objetivo é trazer uma satisfação, um prazer ao ato de ler, bem como entreter e distrair, seria o caso da leitura de revistas em quadrinhos, romances, etc. Andrade (1999).

A "leitura de informação" estará sempre ligada aos fatos da cultura em geral. A "leitura técnica" considera a capacidade de se ler, interpretar e desvendar gráficos e tabelas. Existe ainda a "leitura de estudo" que tem em vista a construção de informações para obter um conhecimento efetivo do objeto estudado.

Como dito, a leitura é, foi e sempre será uma parte fundamental para a vida em sociedade. Ler é muito mais do que decifrar códigos ou reconhecer as letras e formar palavras, ler é dar sentido às palavras e aplicar o que se lê a própria vida, para que assim, seja possível agregar conhecimentos. Para cada finalidade na vida existe um tipo de leitura específico.

A Leitura e Fases de Aprendizado do Aluno

Atualmente, o aprendizado da leitura e da escrita é considerado de suma importância para o desenvolvimento crítico e social da criança na fase escolar. Sem a leitura e a prática da escrita, a criança se vê distante de seu papel como aluno: ler e aprender a escrever de forma a expressar suas ideias. "A leitura e a escrita são fundamentais para o aprendizado de todas as matérias escolares. Por isso, em cada ano/série, o aluno precisa desenvolver mais e mais sua capacidade de ler e escrever". (BRASIL, 2006).

A leitura dá vazão à imaginação e "abre mundos" para qualquer pessoa. Aprender a ler é indispensável quando se vive em uma sociedade onde saber ler e escrever é vital. Por isso, o incentivo à leitura nos primeiros anos da escola é de extrema importância para a formação de alunos leitores. Se aprender requer tempo, aprender a ler requer tempo e prática: só se aprende a ler, lendo.

As investigações interdisciplinares vêm evidenciando, mesmo na leitura do texto escrito, não ser apenas o conhecimento da língua que conta, e sim todo um sistema de relações interpessoais e entre as várias áreas do conhecimento e da expressão do homem e de suas circunstâncias de vida. Enfim, dizem os pesquisadores da linguagem, em crescente convicção: aprendemos a ler lendo. (MARTINS, 1984, apud ARANA, 2015, p. 26674).

Porém, a escola tem papel fundamental no processo de aprendizagem da leitura do aluno. Cabe a ela motivar o aluno para a prática de leitura e escrita e oferecer satisfatoriamente um projeto de leitura a ser seguido, interligando a leitura satisfatória com a vida escolar e social do aluno. Dessa forma, amparado pela escola, o aluno terá subsídios para que seu desenvolvimento como leitor seja de qualidade.

O professor é o mediador entre o que a escola tem a oferecer para o desenvolvimento do aluno como leitor e o que o aluno tem que aprender para que esse desenvolvimento seja significativo. Portanto, o desenvolvimento do aluno como leitor se faz na escola, pois muitos só tem contato com a leitura apenas no ambiente escolar, como afirma Martins (1984) "principalmente no contexto brasileiro, a escola é o lugar onde a maioria aprende a ler e escrever, e muitos têm talvez sua única oportunidade de contato com os livros, estes passam a ser identificados com os livros didáticos".

O ensino da leitura e da escrita deve ser influenciado por toda a sociedade, mas a escola toma posto principal nessa função, delegando aos professores o trabalho de chamar a atenção dos alunos para a leitura e a desenvolver a escrita de forma a expressar ideias e pensamentos. Os professores têm, então, papel de mediadores do conhecimento.

A função do educador não seria precisamente ensinar a ler, mas a de criar condições para o educando realizar sua própria aprendizagem, conforme seus próprios interesses, necessidades, fantasias, segundo as dúvidas e exigências que a realidade lhe apresenta. (MARTINS, 1984, apud ARANA, 2015, p. 26674).

No entanto, não cabe só ao professor de Língua Portuguesa ensinar os alunos a ler. É preciso que todos os professores trabalhem em conjunto e estabeleçam metas relacionadas com as suas disciplinas, com o objetivo de ensinar o aluno a ler diferentes categorias de textos e a perceber diferentes formas de leitura e entendimento.

Não falo de ensino programado, que reduz tudo a um condicionamento pelo texto, mas penso que a escola precisa ensinar os alunos a ler e a entender não só as palavras, as histórias das analogias, mas também os textos específicos de cada matéria, as provas de cada área, as instruções de como fazer algo, etc. A leitura não pode ficar restrita à literatura e ao noticiário. (CAGLIARI, 1994, apud ARANA, 2015, p. 26674).

Assim, o aluno terá mais amparos para sua leitura racional e emocional e, principalmente, para a leitura de mundo. Freire (1994) disse que "a leitura de mundo precede sempre a leitura da palavra e a leitura desta implica a continuidade da leitura daquele". Dessa forma, o desenvolvimento da leitura quando é bem trabalhado, permite ao aluno despojar de todos os benefícios que uma leitura de qualidade traz. Fazer parte da sociedade como um cidadão ativo, com pensamentos críticos e ideais condizentes são os resultados de uma boa educação literária.

Estratégias de Leitura na Escola

A leitura se faz presente na vida do indivíduo quando ele está apto a decifrar e compreender o mundo em que está inserido. No anseio de interpretar os acontecimentos ao seu redor e contextualizar com a sua vida, o indivíduo está formando um tipo de leitura, mesmo inconscientemente. Segundo Freire (2008):

"A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. Linguagem e realidade se prendem dinamicamente". (FREIRE, 2008, apud ARANA, 2015, p. 26675).

Essa citação sintetiza que a leitura gráfica, ou seja, dos livros, revistas, jornais, é precedida pela leitura da vida. Cada ser humano tem vivências e experiências diferenciadas, portanto, cada um tem uma forma de interpretar uma determinada situação, conforme os padrões da construção de ideias em que o mesmo foi inserido.

Afirma Maria Helena Martins (1986), "Enfim, dizem os pesquisadores da linguagem, em crescente convicção: aprendemos a ler lendo. Eu diria vivendo". É evidente tanto para Martins (1986) quanto para Freire (2008) que viver precede a leitura, cada pessoa tem suas experiências individuais, e ao ler, muitos se identificam na forma escrita da leitura.

Assim, a escola tem o dever de fornecer a continuidade ao desenvolvimento da leitura, tanto da leitura de mundo quanto à escrita, ao indivíduo. Ela tem o papel de formar um cidadão crítico, envolvido com as causas sociais e ciente do mundo ao seu redor. A instituição escolar como parte fundamental da formação leitora do aluno deve dispor de uma estrutura de qualidade; livros atuais e em bom estado de uso, usufruir de uma infraestrutura sólida, com ambientes bem projetados e bibliotecas conservadas. Conforme Freire (2008): "A compreensão crítica da alfabetização, que envolve a compreensão igualmente crítica da leitura, demanda a compreensão crítica da biblioteca". Assim, quando a escola investe na biblioteca, tanto na parte física, disponibilizando um ambiente confortável onde o aluno se sinta bem e incentivado a ler um livro tranquilamente, quanto na parte motivacional, exercendo e empregando a cultura da leitura, onde os professores incentivem à ida à biblioteca, a escola, assim, exercerá seus deveres quanto ao seu papel de fornecer a cultura a leitura, e assim formar cidadãos capazes de compreender melhor o contexto do mundo em que estão inseridos e de lidar com questões sociais, emocionais, afetivas e psicológicas.

Não se formam bons leitores oferecendo materiais empobrecidos, justamente no momento em que as crianças são iniciadas no mundo da escrita. As pessoas aprendem a gostar de ler quando, de alguma forma a qualidade de suas vidas melhora com a leitura. No âmbito desta abordagem, fica evidente que os recursos didáticos e procedimentos devem viabilizar e enriquecer a forma como se procede a uma atividade, seja ela individual ou coletiva, com intuito de facilitar à criança desenvolver seus próprios esquemas mentais na organização do processo de aprendizagem. Sabe-se que os procedimentos estão relacionados ao domínio do uso de instrumentos de trabalho, que possibilitem a construção de conhecimento e o desenvolvimento de habilidades. Favorecem, portanto, a construção, por parte dos alunos, de instrumentos que os ajudarão a analisar os resultados de sua aprendizagem e os caminhos percorridos para efetivá-la. Como exemplo, tem-se a realização de pesquisas, produções textuais, resolução de problemas, elaboração de sínteses e outros. (BRASIL, 1998, apud ARANA, 2015, p. 26676).

Em boa parte dos casos o indivíduo não recebe apoio ou incentivo em casa para manter o hábito de ler, muitas vezes pela situação financeira da família não ser adequadamente suficiente para manter tal costume, outras vezes pelo círculo vicioso que passa de pai para filho, pois onde os pais não leem os filhos provavelmente não lerão também. Daí entra a escola, complementando essa brecha.

Muitos alunos talvez não tenham muitas oportunidades fora da escola, de familiarizar-se com a leitura; talvez não vejam muitos adultos lendo; talvez ninguém lhes leia livros com frequência. A escola não pode compensar as injustiças e as desigualdades sociais que nos assolam, mas pode fazer muito para evitar que sejam acirradas em seu interior. Ajudar os alunos a ler, a fazer com que se interessem pela leitura, é dotá-los de um instrumento de aculturação e de tomada de consciência cuja funcionalidade escapa dos limites da instituição. (SOLÉ, 1998, apud ARANA, 2015, p. 26676).

É responsabilidade da escola, também, dispor de professores capacitados para ensinar e educar, usando de técnicas pedagógicas para o bom ensino da leitura. Esse professor deve estar previamente preparado para administrar o conteúdo, deve ter lido e meditado sobre as supostas dúvidas de seus alunos, para suprir e sanar os questionamentos dos mesmos.

O professor, dessa forma, estará pronto para administrar o seu conteúdo de acordo com a necessidade da classe, usando de métodos adequados para cada faixa etária. Portanto, o professor é o principal canal de sabedoria, aquele que ensina a forma correta do uso da língua e faz com que o educando passe a raciocinar sobre o que está sendo ensinado, a expor seus ideais e a agregar um pensamento crítico por meio da meditação pela leitura.

"A escrita é maior que um sistema de formas linguísticas com o qual o sujeito se confronta, esforçando-se por compreendê-la. Ela é uma forma de linguagem, uma prática social de uma sociedade letrada". (VYGOTSKY, apud FONTANA; CRUZ, 1997).

Além de alfabetizar, ensinando o aluno a formar sílabas, palavras e frases, o educador enfrenta o desafio de fazê-lo entender o significado do enunciado ali utilizado, estimulá-lo a formar opiniões sobre o conteúdo lido, além de, e o mais importante, fazê-los raciocinar. O professor empenhado em traduzir a mensagem intrínseca ao objeto da leitura deve estar atento aos benefícios que isso trará para seus alunos, avaliando se será viável e se corresponde com as condições de cognição dos mesmos. O objetivo central da utilização da leitura é fornecer a visão de mundo para o educando, inseri-lo na sociedade por meio da leitura.

O envolvimento do aluno no processo de aprendizagem deve propiciar ao aluno encontrar sentido e funcionalidade naquilo que constitui o foco dos estudos em cada situação de sala de aula. De igual maneira, propiciar a observação e a interpretação dos aspectos da natureza, sociais e humanas, instigando a curiosidade para compreender as relações entre os fatores que podem intervir nos fenômenos e no desenvolvimento humano. As formas de ensinar e aprender são contextualizadas e dessa forma permitem ao aluno se relacionar com os aspectos presentes da vida pessoal, social e cultural, mobilizando as competências cognitivas e emocionais já adquiridas para novas possibilidades de reconstrução do conhecimento. Isso evidencia a necessidade de trabalhar com o desenvolvimento de competências e habilidades, às quais se desenvolvem através de ações e de vários níveis de reflexão que congregam conceitos e estratégias, incluindo dinâmicas de trabalho que privilegiam a resolução de problemas emergentes no contexto ou no desenvolvimento de projetos. (BRASIL, 1998, apud ARANA, 2015, p. 26677).

O papel da escola, mais do que formar leitores, é de formar leitores que contextualizem o objeto lido com a sua carga de conhecimento, leitores que raciocinam e que mantenham uma relação crítica e opinativa com o que está sendo lido, que buscam entender o conteúdo transmitido com o objeto da leitura. Ainda indicam os Parâmetros Curriculares Nacionais:

[...] formar um leitor competente, supõe formar alguém que compreenda o que lê; que possa aprender a ler também o que não está escrito, identificando elementos implícitos; que estabeleça relações entre o texto que lê e outros textos já lidos; que saiba que vários sentidos podem ser atribuídos a um texto [...] (BRASIL, 1998, apud ARANA, 2015, p. 26677).

Então, observou-se aqui que a escola tem um dever para com os discentes, estimulando à leitura, ensinando-os, mas não apenas na forma gráfica, ou seja, o letramento da forma, mas a como se ler os fatos, as mensagens que estão implícitas no contexto, formando cidadãos conscientes do mundo ao seu redor, passando a mensagem que por meio da leitura pode-se conquistar conhecimento e crescimento intelectual, que através da mesma pode-se descobrir e redescobrir fatos que possam vir a ter várias formas de interpretação. A leitura abre um leque de oportunidades de crescimento, e a escola tem o compromisso de repassar esse conhecimento aos seus alunos, ensinando-os a compreenderem as ciências e o mundo em que vivem.