Os primeiros registros de atividades astronômicas foram achados em inscrições de pedra e ossos de mais de 30.000 anos a.C. Essas inscrições contêm desenhos de fases da Lua.

Stonehenge, Inglaterra

Por volta de 3.000 a.C, pirâmides, zigurates e outras grandes construções foram erguidas. Os estudiosos acreditam que os povos antigos tinham objetivos astronômicos e religiosos, e já possuíam conhecimento da variação da posição do Sol e da Lua no decorrer das estações do ano.

Por exemplo, Stonehenge, na Inglaterra, é um grande círculo de pedras que se alinham com os pontos onde o Sol nasce e se põe no solstício. Muitas outras construções desse tipo, podem ser encontradas nas civilizações chinesa, egípcia, babilônica, maia e muitas outras.

Os gregos criaram uma das primeiras teorias não-mitológicas e não-religiosas dos planetas e o sistema solar.

Anaximandro, por volta de 600 a.C., descreveu um modelo do Sol, Terra, Lua e de outras estrelas, explicado de maneira mecânica.

Alguns anos mais tarde, outros gregos desenvolveram a idéia criando um conceito de uma grande Esfera Celestial em volta da Terra onde as estrelas ficavam fixadas.

Astrônomos da antiguidade observando o céu.


  • Pitágoras estendeu o modelo para conter todo o Sistema Solar. Neste modelo, todos os corpos celestes (sol, planetas, lua) eram pequenas esferas que percorriam caminhos circulares.
  • Aristóteles argumentou que a Terra era uma esfera porque, entre outras coisas, a sua sombra na Lua durante um eclipse lunar é sempre um círculo.
A Lua desenhada por Galileu.


  • Aristarco de Samos concluiu que a Terra era muito menor que as distâncias entre os planetas.
  • Eratóstenes calculou o tamanho da Terra.
  • Hiparcos descobriu que a direção que os pólos norte e sul da Terra apontam percorre um círculo imaginário no céu no decorrer dos séculos (fenômeno da precessão).
  • Ptolemeu (ano 150) cria um modelo complicado do Sistema Solar onde os planetas se movem em círculos, que por sua vez se movem em outros círculos. Nesse modelo, a Terra ocupava o centro do Sistema Solar, e o Sol circulava em volta da Terra um pouco mais longe da Lua, junto com os outros planetas. Embora fosse complicado, ele previa com bastante exatidão a posição dos planetas, e por isso esse modelo foi bastante adotado por toda a Europa.

Por volta de 1600, Johannes Kepler publica livros contendo leis que descrevem o formato das órbitas e relações entre as velocidades e posições dos planetas.

Só com Nicolau Copérnico, já bem recentemente em 1543, um modelo do Sistema Solar onde o Sol ocupava o centro foi amplamente difundido. O modelo de Copérnico, onde o Sol ficava no centro, simplificou tremendamente o modelo do Sistema Solar, mas despertou a ira da Igreja, cuja doutrina na época sustentava que a Terra era o centro de tudo, e portanto, do Sistema Solar.

Por volta de 1610, Galileu Galilei usa pela primeira vez um telescópio para observar o céu. Ele descobre montanhas na Lua, outros planetas, descobre fases nos planetas Vênus e Mercúrio, assim como luas circulando em volta de Júpiter. Essas luas foram as primeiras que alguém pode ver além da nossa própria lua. Assim Galileu provou que há corpos que não circulam em volta do Sol.


o Sistema Solar de Copérnico de 1543


Em 1659, Christiaan Huygenss descobre que o planeta Saturno tem anéis que o fazem mudar de forma no decorrer dos anos.

Em 1665, Giovanni Domenico Cassini descobre o grande círculo vermelho na superfície de Júpiter.

Em 1718, Edmond Halley descobre que as outras estrelas se movem no espaço e que elas mudam de posição com o tempo.

Em 1781, William Herschel descobre o planeta Urano.

Em 1846, Adams e Leverrier descobrem o planeta Netuno através das perturbações que ele causava na órbita de Urano.

Em 1930, Tombaugh descobre o planeta Plutão, através da comparação de fotos tiradas da mesma região do céu mas em semanas diferentes: na variação das semanas, Plutão se moveu entre as estrelas.