Categoria:Livro/Gestão Escolar

Quando falamos em gestão escolar pensamos em administração. Administrar a escola é gerir os recursos possíveis. Numa sociedade como a nossa, hierarquizada verticalmente, só administra quem tem poder e autoridade para tal. Quando falamos em gestão escolar também pensamos em professores e alunos. E aqui a questão remete para o papel do professor, enquanto facilitador da aprendizagem e o aluno, enquanto sujeito da aprendizagem. Mas ao professor não lhe é só pedido que ensine. Também lhe é pedido que organize, que aprenda, que lidere, que execute, que inove, que planifique. São múltiplas as funções que caracterizam, no dia de hoje, o trabalho dos professores.

Tendencialmente e genericamente falando, a escola tende a incorporar ensinamentos e métodos oriundos do mundo das empresas, enquanto estas se abrem cada vez mais com maior entusiasmo a uma activa parceria nas tarefas de formação inicial e, sobretudo, de formação permanente da população activa. Contudo, não são as tecnologias que resolvem os problemas das gestões ou criam novas oportunidades, mas sim a sua aplicação de uma forma inovadora, incluindo-se naturalmente as novas formas de inovação organizacional. 

Nesta perspectiva, focando a nossa atenção ao nível da gestão da escola e colocando-nos no papel de gestores escolares a estratégia teria o objectivo de reduzir as despesas e custos, aumentando, ao mesmo tempo, as receitas e proveitos. Defender-se-ia, por isso, um sistema de gestão informatizado, integrando gestão orçamental, financeira e de tesouraria, de recursos humanos, gestão integrada do centro de recursos, etc. A par desta desburocratização de processos, valorizar-se-ia o sujeito, enquanto pessoa, proporcionando níveis de decisão aos diferentes actores educativos, promovendo a delegação da decisão e da correspondente responsabilização a indivíduos ou grupos de indivíduos, como por exemplo, Conselhos de Docentes, Pedagógicos, Executivos ou Científicos.