Civilização nadene/Cultura
Os nadenes construíam suas casas de vários modos: com troncos, palha ou barro. Porém, atualmente, se adota o estilo padrão ocidental com tijolos, tábuas, telhas, vidro etc.
A alimentação das populações do norte (eyak, tlingit, ahtna, dena'ina, dakelh, tsilhqot'in etc.) constituía-se de salmão, focas, halibutes (peixes semelhantes ao bacalhau), mariscos, algas, lontras-marinhas, groselhas e amoras silvestres, veados, alces, caribus, uapitis, coelhos, castores, cabras-da-montanha, arenque, ursos-negros, baleias e leões-marinhos. Os peixes eram defumados para serem consumidos no inverno. Os animais de pelo forneciam carne, lã e ossos para fabricação de instrumentos. Da Pinus contorta, eram extraídos a seiva e o câmbio.
Já as populações do sul (apache e navajo), que viviam em um ambiente desértico, alimentavam-se do milho, feijão e abóboras plantadas pelas mulheres em valas irrigadas e de lagartos, perus e veados caçados pelos homens nas montanhas. As mulheres também colhiam o peiote (Lophophora williansii), um cacto típico que tinha sua polpa cozida e armazenada em um recipiente de folhas e a sálvia (Salvia dorrii), um alucinógeno leve quando fumado.[1] O peiote tem propriedades psicotrópicas e é utilizado em rituais espirituais pelos navajos.
Um elemento cultural presente em todas as culturas do grupo linguístico nadene é o berço de palha usado para carregar os bebês, muitas vezes amarrado nas costas das mães.
Um importante elemento cultural dos tlingit era o totem, que era o símbolo do clã esculpido em madeira na forma de animais sobrepostos.
Os tlingits ainda preservam dois outros elementos de sua cultura: o potlatch, uma festa em que o anfitrião distribui presentes para os convidados e a dança do Bastão, na qual o dançarino segura um bastão durante a dança.[2]
Os dakelhs exportavam peles de animais, carne seca e frutas secas e importavam peixe-vela (Thaleichthys pacificus) defumado e algas-vermelhas. Para tal comércio, existiam trilhas que ligavam os lagos Stuart, Fraser e Cheslatta no noroeste do atual território canadense. Tais trilhas eram chamadas de trilhas da Gordura, pois o principal item comerciado era o peixe-vela, que fornecia gordura para alimentação.