Civilização romana/Agricultura

Agricultura

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Gravura que mostra dois romanos fazendo a colheita na Roma Antiga: a agricultura era a atividade econômica fundamental da época.

A civilização romana apresenta-se hoje, a séculos de distância, como uma civilização essencialmente urbana. Não era porém assim que os Romanos tinham par hábito considerá-la. Ao longo da sua história, apesar do desmentido fornecido pelos fatos, sempre gostaram de se julgar "camponeses".

No momento em que nasce o Império, depois de Roma se tornar a maior cidade do mundo, mais vasta do que Pérgamo, Antioquia ou mesmo Alexandria, Virgílio não é capaz de conceber felicidade mais perfeita à superfície da terra do que a vida campestre. No entanto, por comovedor que seja este elogio do campo, evocação do "lazer nos vastos domínios, entre a abundância, as fontes de água pura, os frescos vales e os mugidos dos bois, e a tranqüilidade do sono debaixo de uma árvore...", não podemos deixar de recordar que os escravos, nas peças de Plauto e Terêncio, se aterrorizavam, como diante do castigo supremo, ao serem enviados "para o campo". Contradição evidente, mal-estar que seria inútil negar: a vida rústica não é, aos olhos dos poetas, o que é para as trabalhadores. No entanto, seria errado pensar que a imaginação de Virgilio é a única causa de uma idealização falaciosa e que o autor das Bucólicas, para fins de propaganda política, pretendeu dourar com encantos imaginários uma realidade dolorosa e sórdida. Os Romanos, mesmo no tempo da sua grandeza, sempre sentiram a nostalgia do torrão natal e é sabido que os campos italianos forneceram às legiões os melhores soldados, a cidade os magistrados mais enérgicos e mais clarividentes. Mesmo durante a primeira guerra púnica, os chefes militares ainda são camponeses preocupados com o seu domínio e os historiadores gostam de evocar a grande figura do ditador Cincinato que, segundo a tradição, cultivava o campo junto ao Janiculo quando o vieram procurar para lhe confiar a chefia do Estado. Veja Mais...

Referências Bibliográficas

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  • R. BLOCH, Le Mystère étrusque: Paris, 1957;
  • R. BLOCH, Les Origines de Rome: Paris, 1959.