Civilizações da Antiguidade/O helenismo e os reinos helenísticos
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Os Reinos Helenísticos foram reinos surgidos na Ásia, Egito, Macedônia e Grécia após a divisão do Império de Alexandre, o Grande (ou Magno) por seus generais: Selêuco, Lisímaco, Ptolemeu e Cassandro, após a morte do imperador em 323 a.C.
Como Alexandre não determinou um herdeiro, seus generais guerrearam entre si pelo domínio do Império e o dividiram.
Ptolemeu ficou com o Egito, Cassandro com a Macedônia e a Grécia, Lisímaco com parte da Península da Anatólia e da Trácia e Selêuco com os territórios da Mesopotâmia e do Império Persa.
Esses generais, seus descendentes e outros governadores de províncias estavam constantemente em guerra entre si tentando reestabelecer o Império de Alexandre em toda a sua magnitude. Assim, por exemplo, com a morte de Lisímaco, um de seus oficiais tomou o que restou de seu Império na Anatólia, em torno da cidade de Pérgamo e deu origem a dinastia Atálida.
Eles mantiveram o poder sobre o território à oeste do Tigre por algum tempo e controlaram o Mediterrâneo Oriental até a conquista romana nos séculos II e I a.C.
O helenismo
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Alexandre levou apenas dois anos entre se sagrar rei da Macedônia e conquistar toda a Grécia.
Durante os treze anos do seu reinado ele conquistou territórios de uma forma inédita para a época.
Levar e difundir a cultura grega através dos territórios conquistados era o ideal de Alexandre. E, assim aconteceu, o helenismo (a cultura e língua gregas) se espalha como um mar por todo império de Alexandre.
Alexandre Magno era macedônio, mas foi educado pelo filósofo grego Aristóteles e assim entrou em contato com a cultura grega.
Grande conquistador, Alexandre não apenas dominava territórios através das guerras, mas apreciava e respeitava as diferentes culturas que ia conhecendo. Ele foi o grande responsável pela formação do chamado mundo helenístico, que era, na verdade uma fusão de valores do ocidente e do oriente.
Dessa forma, podemos dizer que o Helenismo se caracterizava pela expansão da ciência e do conhecimento. Foi uma fase da história marcada pela cultura e o idioma gregos, fase rica em novos valores e que dura mais ou menos trezentos anos e termina com a invasão do Egito pelos romanos em 30 a. C.
Uma das famosas atitudes de Alexandre que foi o seu casamento com uma princesa da Pérsia, consolidou ainda mais a ideia do Helenismo. Cerca de dez mil soldados macedônios também casaram com mulheres persas, isso era a grande mistura de culturas.
A ideia era preservar e difundir os valores gregos, egípcios e persas.
O grande marco desse período foi a construção da Biblioteca de Alexandria que mantinha cerca de 400 mil obras literárias em seu acervo. Os copistas estavam sempre atualizando suas obras.
Na filosofia despontavam os cínicos, havia os estoicos e os epicuristas, também o neoplatonismo era um movimento importante. Literatura, poesia, teatro, arquitetura, escultura, enfim, todas as artes eram incentivadas.
Reinos helenísticos
editarApós a morte de Alexandre em 323 a.C., muito jovem e sem deixar herdeiros, seus principais generais Selêuco, Lisímaco, Ptolemeu e Cassandro dividiram o espólio.
E, um espólio daqueles não foi dividido sem lutas intensas.
Da disputa entre os generais o império ficou partido em três novos reinos, Macedônia, Síria e Egito.
O reino da Macedônia englobava toda a Grécia; o reino da Síria, compreendido entre a Ásia Menor, a Mesopotâmia e a Síria; e o reino do Egito, composto pela região nordeste da África, uma porção da Palestina e algumas regiões da Arábia.
A divisão do império enfraqueceu a unidade política e foi essa fraqueza que permitiu aos romanos dominarem todos esses reinos entre os séculos II e I a.C.
Fim de um rico período
editarApesar de tantas descobertas e tão rica cultura, não havia como resistir ao crescimento do Império Romano que afirmava seu poder.
Já não havia um general no comando de um império, mas diversos reinos fraturados que não tinham como resistir ao crescente poder de Roma.
O último a ser anexado foi o Egito e assim a história muda novamente.