Determinismo, liberdade e responsabilidade moral
O problema da relação entre determinismo, liberdade e responsabilidade moral é comumente conhecido como o problema do livre arbítrio ( termo de arte), ou, preferencialmente, como o problema da liberdade da vontade ou da livre decisão. Ele se configura a partir do conflito entre as duas teses fundamentais, a do determinismo e a da liberdade. O determinismo sustenta que tudo aquilo que existe no universo é governado por leis causais (todo evento, incluindo-se as ações humanas, é causalmente determinado). Umas vez que toda ocorrência de um evento é precedida por causas necessárias e suficientes a ele, todo e qualquer evento não poderá ocorrer de outro modo senão daquele que venha a ser o resultado de sua causa anterior. Para o determinista, uma vez que tudo, inclusive a ação humana, é determinado por leis causais, o sentimento que temos de que somos livres, de que poderíamos ter agido de outra forma, é ilusório, e advém da nossa inabilidade em conhecer as causas antecedentes que determinam as nossas ações. Uma das dificuldades enfrentadas pelo defensor dessa tese é mostrar, diante disso, como podemos ser moralmente responsáveis. Ora, se não somos livres em nossas decisões, se elas são determinadas, então, também não podemos ser considerados responsáveis moralmente.
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Os defensores da liberdade de decisão, os libertaristas, afirmam que dadas as mesmas condições antecedentes em um tempo t1, um agente S poderia agir de uma forma A1 ou A2, algo que o determinista rejeita. [1] Por fim, o conflito mostra que a determinação causal implica ausência de liberdade.
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- ↑ ¹ Pojman, Louis. Philosophical Traditions a Text with Readings, p.332.