História da Contabilidade/A Contabilidade na Idade Moderna: diferenças entre revisões
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A Idade Moderna tem início oficial em 1453, com a conquista de Constantinopla pelos turcos. Com o avanço dos turcos no oriente, fecha-se a rota comercial que ligava a Europa e a Ásia e que havia sido aberta pelas Cruzadas na Idade Média. A necessidade da abertura de novas rotas para a Ásia levou diversas nações da Europa Ocidental, como Portugal, Espanha, França, Inglaterra e Holanda, a procurarem por novas rotas marítimas para a Ásia que não passassem pelo Oriente Médio dominado pelos turcos. Isto gerou as Grandes Navegações.
[[Image:Benjamin-Constant-The Entry of Mahomet II into Constantinople-1876.jpg|200px|center|thumb|Tomada de Constantinopla pelos turcos]]
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Com a descoberta da América e da rota marítima para a Índia, houve um grande incremento do fluxo comercial europeu. As nações que conduziam esta expansão necessitaram da técnica contábil desenvolvida pelas cidades do norte da Itália a fim de controlar as transações comerciais. Esta técnica contábil veio a ser denominada Escola Contista, e teve como figura principal Luca Pacioli, um frei italiano que sistematizou e popularizou o sistema de partidas dobradas desenvolvido pelas cidades do norte da Itália na Baixa Idade Média. Para tal popularização, contribuiu o fato de a obra de Pacioli ter surgido juntamente com a criação da impressora de tipos móveis por Gutenberg, o que possibilitou uma ampla difusão do livro de Pacioli que expunha o sistema de partidas dobradas. A primeira edição da obra clássica de Pacioli, ''La summa de arithmetica, geometria, proportioni et proportionalità'', foi impressa em 10 de novembro de 1494, em Veneza.
▲[[File:Pacioli.jpg|center|350px|thumb|Frei Luca Pacioli]]
▲[[Image:Presse a bras en bois de Gutemberg.jpg|300px|center|thumb|Impressora de Gutenberg]]
A Escola Contista tinha como objetivo o controle do patrimônio da empresa através da apuração do saldo das contas. As contas seriam o somatório dos direitos e obrigações que o proprietário tinha em relação a cada pessoa. Além de Luca Pacioli, outro importante personagem desta escola foi Benedetto Cotrugli.
Uma inovação desta escola foi a criação da conta de capital, que determinava a dívida da empresa para com os proprietários. A criação de inúmeras sociedades por ações nesta época gerou a necessidade desta separação do patrimônio da empresa do dos proprietários.
[[File:Farina-Journal-13Juli1709 Edit Denis Barthel.JPG|center|300px|thumb|Página de livro-diário de 13 de julho de 1709]]
No final do século XVIII, eclode a Revolução Industrial na Inglaterra. O surgimento das grandes indústrias torna a contabilidade tradicional, baseada no custo de aquisição das mercadorias para revenda (CMV), insuficiente. Surge a Contabilidade de Custos, que cria o Custo dos Produtos Vendidos (CPV), que é a soma dos custos de fabricação do produto
[[File:Marshall's flax-mill, Holbeck, Leeds - interior - c.1800.jpg|center|
▲No final do século XVIII, eclode a Revolução Industrial na Inglaterra. O surgimento das grandes indústrias torna a contabilidade tradicional, baseada no custo de aquisição das mercadorias para revenda (CMV), insuficiente. Surge a Contabilidade de Custos, que cria o Custo dos Produtos Vendidos (CPV), que é a soma dos custos de fabricação do produto (MARTINS, p.19-20).
▲[[File:Marshall's flax-mill, Holbeck, Leeds - interior - c.1800.jpg|center|400px|thumb|Interior de uma fábrica de tecidos de linho na Inglaterra em 1800]]
[[File:CVP-TC-FC-VC.svg|center|300px|thumb|Gráfico mostrando custos fixos, variáveis e totais]]
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