A evolução tecnológica/Técnicas agrícolas e descobertas de novos metais: diferenças entre revisões

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File:Copper.jpg|Cobre
File:Palstave one ringRomanBritBronzeBowl.jpgJPG|Bronze
File:Iron electrolytic and 1cm3 cube.jpg|Ferro
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A escrita que aparece nas sociedades dessa época era uma forma de se transmitir o conhecimento, muito limitada e dificultosa. Eram feitos desenhos, não muito detalhados, para poder retratar algum ser, objeto ou tarefa do homem. Embora não fazia-se desenhos muito detalhados, era uma forma relativamente demorada para se retratar algo. Esse tipo de escrita, caracterizada pela representação em desenhos, era chamada de pictográfica.
 
[[File:Kinu pagal tarima.JPG|thumb|Exemplo de ideograma.]]
Essa dificuldade de transmitir o conhecimento implicou no aperfeiçoamento da escrita, ou seja, na sua simplificação. Assim, o aperfeiçoamento da escrita consistiu em atribuir significados arbitrários às coisas representadas; agora não retratavam apenas coisas, mas também idéias. Essa nova maneira de se escrever, caracterizada pela representação através de símbolos, chama-se ideografia. Essa nova maneira de representar coisas e idéias foi adotada pela sociedade chinesa.
 
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Os instrumentos feitos de pedra, osso e madeira ainda continuam sendo utilizados nessa primeira fase da Antiguidade, embora relativamente em pouca quantidades: dependia da região e de seu respectivo nível tecnológico. Esse período é caracterizado pelos implementos feitos de cobre — como por exemplo os machados. Sendo que agora, passam a ser fundidos.
 
A metalurgia, nesse período, caracterizou-se pela descoberta de um novo material: o cobre. E conseqüentesconsequentes descobertas de sua maleabilidade, poder de fundir-se, e suas ligas. O cobre, quando aquecido, permitipermite que através de um molde assuma as formas que desejam ser moldadas, e após seu esfriamento torna-se bastante duro, além de ser possível fazer no material moldado um fio de corte. O molde para cobre era um recipiente geralmente de argila no qual coloca-se o cobre aquecido — ou seja, em estado líquido —, e espera seu esfriamento.
 
Os limites para a moldagem de um material e as vantagens em relação aos materiais usados anteriormente — pedra, sílex, etc. — são comentadas a seguir: o limite ao tamanho do molde depende da habilidade técnica que uma determinada pessoa tem conhecimento. Isso também se aplica às formas que definem um objeto, sendo, portanto, também ilimitadas. Além disso, após ser moldado e resfriado, o material pode ser novamente modificado com golpes de martelo, tendo em consideração que o cobre é maleável. Os materiais de cobre são mais duráveis do que os de pedra ou de osso, não por que seu fio de corte é mais durável — eles tem o mesmo tempo de durabilidade —, nem por que tem maior poder de corte. Mas sim pelo fato de que o cobre pode ser restaurado — fundindo-o —, caso quebre, ou mesmo pelo fato de sua lâmina — quando não tiver mais fio de corte — poder ser amolada. (Dutra, 1966:80–81).
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Chegando ao final deste período, o homem — devido às influências de crenças, onde utilizava o cobre devido à sua cor e brilho para a produção de talismã — descobriu que podia misturar carvão de lenha (de diferentes classes) com elementos mais comuns, como pedra e terra, para obter uma substância semelhante ao cobre quanto à cor. Implicou, então, no interesse de misturar cobre com outros metais — prata, chumbo e estanho —, chegando à descoberta de uma nova liga formada por cobre e estanho, denominada de bronze. E isso, foi de enorme importância para o surgimento de uma nova Era. Novos implementos foram concretizados.
 
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File:Silver band.png|Prata
File:Metal cube lead.jpg|Chumbo
File:Metal cube tin.jpg|Estanho
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===Idade do Bronze===
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O conhecimento das técnicas metalúrgicas difundiram-se à medida que as pessoas migravam. O incentivo à utilização dos metais devem-se à suas características: maior dureza, em comparação aos instrumentos de pedra —muito mais eficazes em uma luta, por exemplo, pois os instrumentos de pedra poderiam se quebrar facilmente, já os de metais não; e embora escasso na maioria das regiões, havia uma maior facilidade de transporte desses metais. (Dutra, 1966:83–85).
 
A escrita, a partir deste período, começa a assumir caráter mais simples. Algumas conseqüênciasconsequências da simplificação da escrita foram devido à rapidez da escrita e sua comodidade, os símbolos eram feitos com tanto descuido que não apresentavam, muitas vezes, características semelhantes com o objeto retratado. A escrita deixa de ser delineada, e começa a ser produzida através de um estile com forma de cunha: a chamada escrita cuneiforme. Essa escrita — que teve seu início na Idade do Cobre — foi idealizada pelos sumerianos, para aperfeiçoamento de sua escrita baseada em uma única sílaba. Inicialmente esse novo tipo de escrita foi aplicada para a transcrever os nomes de reis semitas, e logo depois para a escrita de documentos oficiais e comerciais.
 
Já no Egito, um novo tipo de escrita foi consagrado, a escrita hieroglífica, na qual ainda conserva-se a utilização de desenhos característicos da escrita pictográfica — esta que permaneceu durante mais de 3.000 anos. Após esse longo período, essa escrita assuma caráter ideográfico. Sendo assim, esse tipo de escrita não apresenta maior aperfeiçoamento do que a dos sumerianos (apesar de ser caracterizada pela utilização de uma sílaba, apresentava também características ideográfica). Pois a variedade de símbolos não é menor, assim não pode se considerada mais prática e simples. Essa escrita apresenta uma variação que era mais corrente: a hierática. A escrita hieroglífica apresenta relação à escrita dos sumerianos quanto a utilização de designações. Mas ao invés de uma sílaba, eram apenas consoantes. Dessa forma, apesar de os egípcios terem todas as consoantes para constituir um alfabeto, continuaram — como outras civilizações — a utilizarem símbolos.
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Foram desenvolvidos dois tipos de sistema numérico: o sistema sexagesimal e o sistema decimal. No sexagesimal, foi introduzido um novo símbolo para designar o número 60, que consistia num semicírculo feito com uma vareta maior do que o utilizado no sistema descrito acima. E, no sistema decimal — utilizado para medir grãos — o mesmo símbolo que designava o número 60 (sistema sexagesimal), era aqui utilizado para designar o número 100. Na Suméria, depois de 2.500 a.C., o sistema decimal foi abandonado, passando a ser utilizado somente o sexagesimal.
 
As grandiosas obras e templos realizados através de trabalho cooperativo, exigiam a padronização de pesos e medidas. Isso é necessário pois, levando em consideração que eram realizadas por grandes contigentes de pessoas, não mais era possível utilizar membros do corpo — braço, perna, pé, nariz, dedo, etc. — para servir de medidas. Nem outros materiais — grãos, por exemplo — para servir de peso. Antes, era possível pois não eram construídos grandes obras, conseqüentementeconsequentemente não havia necessidade de grande quantidade de pessoas. Mas com inúmeras pessoas trabalhando, isso seria algo desastroso, pois cada pessoa tem uma determinada medida de seus membros, e não convêm utilizar grãos para determinar o peso de um objeto. (Dutra, 1966:113–114).
 
Para padronizar as unidades de medidas, convencionou-se a utilização de varas de metal ou de madeira, onde era marcado o tamanho de determinado objeto que se desejava medir. Assim, em uma construção, todos os trabalhadores poderiam ter a medida quase exata de um objeto. Quanto a padronização de unidades de peso, passou a determiná-lo cortando determinados materiais, principalmente a hematita que era freqüentemente encontrado por pessoas que escavavam metais. Sendo assim poderia ter medidas mais aproximadas, e, muito provavelmente, a balança fora inventada antes desses padrões, para que fosse possível determinar o peso de algo.