Islamismo/História: diferenças entre revisões

[edição não verificada][edição não verificada]
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Adequei o texto ao manual de estilo.
Adequei a página ao manual de estilo.
Linha 1:
{{Navegação/Simples|Os cinco pilares|Conclusão}}
O Islamismo teve início quando Maomé, um comerciante da cidade de Meca, na península Arábica, se retirou para uma caverna nos arredores da cidade para meditar no ano 610. Na caverna, situada no monte Hira, Maomé recebeu a visita do anjo Gabriel, que lhe mandou recitar versos que lhe teriam sido enviados por Deus e lhe comunicou que ele, Maomé, fora escolhido para ser o último profeta enviado por Deus à humanidade. Os versos foram posteriormente redigidos, formando o Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos.
[[File:Muhammad-Majmac-al-tawarikh-1.jpg|center|240px|thumb|Ilustração de um livro afegão de 1425 mostrando Maomé recebendo a visita do anjo Gabriel]]
Maomé começou então a pregar em sua cidade os ensinamentos que recebera na caverna. Porém foi hostilizado pela população e Maomé fugiu então para a cidade próxima de Iatribe, atual Medina, no ano 622. Essa fuga recebeu o nome de Hégira (''Hijra'') e deu início ao atual calendário muçulmano.
[[File:Muhammad 6.jpg|center|300px|thumb|Maomé em Medina]]
Em Medina, a pregação de Maomé foi melhor recebida. Formou-se uma comunidade muçulmana na cidade sob a liderança de Maomé. Medina começou então a ser atacada por Meca, que temia o crescimento da nova religião fundada por Maomé, a qual condenava o politeísmo praticado em Meca e que gerava grandes lucros para a elite local. Os confrontos se intensificaram até a vitória final de Medina. Em Meca, Maomé destruiu os ídolos que ficavam no templo da caaba, preservando somente a pedra negra, um meteorito negro de cinquenta centímetros de diâmetro. Maomé decretou que a caaba, daí em diante, seria o centro da nova religião. Os muçulmanos não se deram satisfeitos com a conquista de Meca e continuaram sua expansão conquistando militarmente toda a península Arábica, o Oriente Médio, o norte da África e a Pérsia.
[[File:Mohammed kaaba 1315.jpg|center|350px|thumb|Gravura de 1315 mostrando Maomé colocando a pedra negra em seu lugar definitivo na caaba]]
Em 632, morreu Maomé, desencadeando uma disputa pela sua sucessão como líder dos muçulmanos, ou califa. Abu Bakr foi declarado oficialmente como seu sucessor, porém muitos muçulmanos preferiram apoiar Ali ibn Abu Talib, primo e genro de Maomé. Os que apoiaram Ali passaram a ser chamados de "xiitas", de ''Shiat Ali'' ("partido de Ali"). Os demais muçulmanos passaram a ser conhecidos como "sunitas", de ''suna'' ("caminho trilhado"), pois eles seguem apenas aquilo que Maomé determinou ao longo de sua vida.
[[File:Muslim distribution.jpg|center|700px400px|thumb|Em verde-claro, regiões com maioria de muçulmanos sunitas. Em verde-escuro, regiões com maioria de muçulmanos xiitas.]]
Em 680, morreu Hussein, filho de Ali, em Karbala, transformando esta atual cidade iraquiana em centro de peregrinação para os xiitas durante a festa chamada ashura.
[[File:AschuraFestKarbala.jpg|center|500px|thumb|Karbala, no Iraque, durante a ashura de 2008]]
[[File:Iraq map karbala.png|center|300px|thumb|Localização de Karbala no Iraque]]
Com o apoio dos berberes do norte da África, o Islamismo alcançou a península Ibérica no século VIII. No mesmo século, surgiu uma dissidência dos xiitas: o Ismaelismo. Os comerciantes árabes propagaram a religião muçulmana pela África Ocidental, África Oriental e os atuais territórios da Indonésia e Malásia, a partir do século II. Nesse século, surgiu uma dissidência do Ismaelismo: os chamados drusos. Em 1058, nasceu Al-Ghazali, na Pérsia. Al-Ghazali viria a desenvolver uma interpretação mais mística do Islamismo, chamada Sufismo, que dava mais valor à postura interior do que aos rituais exteriores da religião. Em 1207, nasceu, na então província persa de Balkh, atualmente no Tadjiquistão, o poeta Rumi, que também viria a se destacar dentro do Sufismo. Após sua morte, seus seguidores fundaram, na cidade de Konya, na atual Turquia, a ordem sufi Mevlevi, conhecida pela prática de uma dança peculiar em que os seus praticantes, os dervixes, giram em torno de si com a finalidade de obter o êxtase e a comunhão com Deus.
[[File:Mezquita de Córdoba (Spain).jpg|center|250px|thumb|Mesquita de Córdoba na Espanha: testemunho da ocupação muçulmana da península Ibérica]]
[[File:Djingareiber cour.jpg|center|300px|thumb|Mesquita de Djinguereiber em Timbuktu no Mali: testemunho da presença islâmica na África Ocidental]]
[[File:Tristram Elllis 002.jpg|center|300px|thumb|Família drusa libanesa do século XIX]]
[[File:Al-Ghazali.jpg|center|300px|thumb|Al-Ghazali]]
[[File:Mevlana.gif|center|400px|thumb|Dança da ordem dervixe Mevlevi]]
Os mogóis afegãos conquistaram a Índia e disseminaram o Islamismo nesse país e em toda a Ásia Central no século XIII. Sob a liderança dos turcos otomanos, o Islamismo destruiu o império bizantino e invadiu a atual Turquia, a Grécia e todo o sudeste da Europa no século XV. Em 1517, o imperador otomano passou a deter também o título de califa.
[[File:Shalimar gardens.jpeg|center|400px|thumb|Os jardins de Shalimar do século XVII em Lahore, no Paquistão, são um exemplo de arquitetura mogol]]
[[File:Constantinople 1453.jpg|center|300px|thumb|Cerco de Constantinopla, capital do império bizantino, por Maomé II, líder dos turcos otomanos, em 1453. A gravura é de 1455.]]
Em 1924, o líder turco Kemal Atatürk aboliu unilateralmente a instituição do califado, visando a fortalecer o caráter secular do novo regime republicano turco que havia ocupado o lugar do império Otomano derrotado na Primeira Guerra Mundial. Tal medida não foi aprovada pelos demais países muçulmanos, mas o cargo de califa, deixado vago com a perda dos poderes do califa otomano Abdülmecid II, não foi mais preenchido.
[[File:Portrait of Abdülmecid II in Topkapı Saray Museum.jpg|center|300px|thumb|Retrato de Abdülmecid II, o último califa otomano. O retrato se encontra exposto no museu Topkapi Saray, em Istambul, na Turquia, na que era a residência oficial dos califas otomanos.]]
Em 1979, uma revolução popular derrubou o xá do Irã e transformou o país em uma república fundamentalista islâmica, baseada nos preceitos da charia (as leis islâmicas).
[[File:CHOMEINI.JPG|center|250px|thumb|Retrato do aiatolá Khomeini, líder da revolução Iraniana]]
Em 26 de fevereiro de 1993, um grupo terrorista ligado à organização Al-Qaeda (traduzido do árabe, "A base"), que luta contra a presença militar estadunidense na Arábia Saudita, explodiu um carro-bomba no estacionamento subterrâneo do edifício World Trade Center, em Nova York. O ataque tinha por objetivo a queda das duas torres do complexo, objetivo este que não conseguiu ser atingido. Porém seis pessoas acabaram morrendo em consequência do atentado.
 
Linha 33 ⟶ 32:
 
Os talibãs permaneceram no poder no Afeganistão até 2001, quando aviões de passageiros, sob o controle de terroristas, derrubaram as torres gêmeas do World Trade Center em Nova York, nos Estados Unidos. No mesmo dia, o Pentágono (a sede do departamento de defesa dos Estados Unidos) também foi atingido por um avião pilotado por terroristas. Os atentados foram atribuídos pelos estadunidenses à Al-Qaeda. O líder da organização, o saudita Osama Bin Laden, se encontrava no Afeganistão, apoiado pelos talibãs. Isso levou a uma invasão estadunidense ao país com o objetivo de prender Bin Laden e retirar os talibãs do poder. O Talibã foi derrotado, porém Bin Laden não foi encontrado. Os Estados Unidos colocaram o afegão Hamid Karzai como administrador interino do Afeganistão. Karzai foi eleito em 2004 presidente do Afeganistão e reeleito em 2009.
[[File:September 17 2001 Ground Zero 01.jpg|center|300px|thumb|World Trade Center após o ataque de 11 de setembro de 2001]]
[[File:US Navy 020911-N-4868G-001 Memorial wall located near the Navy^rsquo,s newly reconstructed Navy Operations Center, honors those Department of Navy personnel who perished when the hijacked American Airlines flight 77 crashed int.jpg|center|300px|thumb|Placa em homenagem aos membros da marinha estadunidense mortos no ataque ao Pentágono]]
Em 12 de outubro de 2002, um atentado terrorista em Bali, na Indonésia, atribuído ao Jemaah Islamiyah, matou 202 pessoas<ref>http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u596296.shtml</ref>.
[[File:Bali kuta blast monument ag1.jpg|center|300px|thumb|Monumento em Kuta, em Bali, lembrando o atentado de 2002]]
Em 11 de março de 2004, um atentado reivindicado pelo grupo terrorista brigadas de Abu Hafs Al Masri, em nome da Al-Qaeda, explodiu quatro trens na capital espanhola Madri, matando 191 pessoas.
[[File:MonumentoVictimas11M.jpg|center|400px|thumb|Monumento às vítimas do atentado de 11 de março de 2004 em Madri]]
Em 7 de julho de 2005, um atentado terrorista explodiu três trens do metrô e um ônibus em Londres, matando 52 pessoas. O grupo Organização Al-Qaeda na Europa assumiu a autoria do atentado, dizendo que o atentado seria uma retaliação ao envolvimento britânico nas invasões ao Afeganistão e ao Iraque<ref> http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u85439.shtml</ref>.
[[File:7 July Memorial - Hyde Park.jpg|center|550px|thumb|Memorial no parque Hyde, em Londres. Cada uma das 52 pilastras está inscrita com o nome de uma das vítimas fatais do atentado de 7 de julho de 2005.]]
[[File:Muslim population map.png|center|650px400px|thumb|Distribuição absoluta de muçulmanos no mundo: a Indonésia é o país com maior número de muçulmanos]]
{{ref-section}}
{{AutoCat}}