História da Europa/Crises da Idade Média: diferenças entre revisões

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==A Peste Negra==
A '''[[w:Peste Negra|Peste Negra]]''', ou peste bubônica, atingiu a Europa a partir de [[w:1347|1347]]. Transmitida primariamente por moscas e ratos, a bactéria ''Y. Pestis'' viajou todo o continente, matando um terço da população até [[w:1351|1351]]. A origem da bactéria era as estepes asiáticas.
 
[[File:Bubonic plague map.PNG|right |thumb|250 px |mapa da praga]]
===Causas===
 
A '''[[w:Peste Negra|Peste Negra]]''', ou peste bubônica, atingiu a Europa a partir de [[w:1347|1347]]. Transmitida primariamente por moscas e ratos, a bactéria ''Y. Pestis'' viajou todo o continente, matando um terço da população até [[w:1351|1351]]. A origem da bactéria era as estepes asiáticas.
 
Parece que a bactéria era endêmica entre a população de roedores das estepes da Ásia, e atacou os humanos na Europa com grande virulência.
O aparecimento da doença foi súbito; os sintomas eram, febre, fraqueza, delírio, problemas pulmonares, e inchaços (ínguas) no pescoço, axilas e virilhas.
Quase sempre os infectados morriam em 1 ou 2 dias, mesmo os jovens e as pessoas saudáveis.
 
Uma das causas foi, sem dúvida, o recomeço do comércio e das viagens, que aumentou o alastramento das doenças contagiosas.
Desde a praga de Justiniano em 535, a Europa não sofria com uma doença tão virulenta, e a população de 1348 não tinha imunidade contra ela.
 
Outra causa era que, embora a prosperidade tenha aumentado, a alimentação e o saneamento eram muito deficientes para a maior parte dos europeus, o que contribuía para baixa imunidade em geral.
 
Muitos adultos também, haviam sido crianças quando da ''Grande Fome'' em 1316-1321, época em que vários anos de frio e tempo chuvoso apodreceu as colheitas através do continente.
Essa experiência quando crianças também pode ter comprometido sua resistência à bactéria, mais tarde.
 
A ideia é que a praga tenha sido levada para a Europa durante um ataque mongol a Kaffa (no mar Negro); quando a doença forçou os mongóis a abandonar o ataque, eles jogaram algumas vitimas da praga para dentro da cidade antes de abandonar o cerco.
 
Ironicamente, esta se tornou uma prática comum dos europeus nos cercos aos castelos.
 
De Kaffa, os mercadores espalharam a doença até Constantinopla, de onde ela se espalhou até a Europa, primeiro através dos navios para os portos mediterrâneos como Messina e Gênova, e depois por terra, em todas as direções.
 
A escassez de combustível de madeira, devido ao corte de florestas para a agricultura, resultou no fechamento de casas de banho que dependiam da madeira para queimar e aquecer a água.
Especialmente no inverno, somente os ricos podiam tomar banho. Essa foi mais uma contribuição para as condições de higiene tão precárias.
 
As cidades também tinham péssimas condições de higiene. Os cidadãos normalmente jogavam o lixo nas ruas, o que atraía os ratos e com eles as pulgas.
Nas cidades as casas eram muito próximas, isso significava que as pulgas não precisavam ir muito longe para infectar mais uma pessoa.
Os judeus, que eram usados sempre como bodes expiatórios de tudo, foram culpados também pela praga, inclusive com os líderes das cidades acusando a comunidade judia de ter envenenado a água ou ter posto algum remédio nos portões da cidade.
 
É importante compreender que, os europeus não compreendiam a causa real da praga.
Para eles, a praga era uma maldição que caía sobre eles por falta de piedade ou por falhas da igreja, pela população judia, ou mesmo pela configuração das estrelas.
 
Outros também atribuíam a praga ao ar ruim. Para combatê-lo carregavam lenços ou bolsinhas de ervas aromáticas, que colocavam no nariz quando necessário.
 
(A opinião do líder faculdade de medicina da Europa, na Universidade de Paris, era que aquele surto tinha sido trazido por um alinhamento astrológico desfavorável no ano de 1345,)
 
Na falta de fatos reais, as diversas tentativas dos europeus para debelar a doença acabaram fazendo com que se espalhasse.
 
 
===Respostas à Peste===