Marcas nas fotografias de Werner Haberkorn/Vista parcial da Praça da Sé. São Paulo-Sp. 02, Acervo do Museu Paulista da USP: diferenças entre revisões

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== Comentários sobre a fotografia ==
 
O texto “Como pensam as imagens” (2012), de Ettiénne Samain, apresenta uma complexa teoria de que mais que ilustrações e documentos, as imagens formulam questões acerca das nuances do mundo em que vivemos, estimulando a reflexões no que se refere a sua importância delas em nossas vidas. Exposto não somente como circunstâncias e veracidade, mas como um território de “descoberta” e de indagação sobre nossas sociedades e nossas culturas., Esseesse prisma não pretere outras formas de contemplar as imagens, no entanto, institui o homem contemporâneo a internar as imagens e a decodifica-las analiticamente. As pessoas têm ciência que a imagem tem magnitude e que ela é esclarecedora, contudo, ela pode ocultar o que pensa. Abrangendo seu profuso enunciado em torno dela. A imagem é prolixa, desconcertantemente proposital, da mesma maneira o viés contrário da imagem, é soturno aflorando características de omissão.
 
Em tempos atuais, há uma saturação de imagens. Somos intensamente esmagados por elas massivamente, entretanto, muitas imagens estão sem contemplação expressiva. Dessa forma, temos de escolher ou criar imagens que são expressivas para com o ser humano. Não se trata de gerar um objeto simpático, mas de uma imagem com peso desafiador, de detenção de atitude. Apurar não pontualmente o que elas ponderam, e sim como as tencionam e profundamente, o que e declina em dizer.
 
As imagens, como figuras inanimadas, não pensam. Elas veiculam pensamentos, porém, não necessariamente os mesmos que deram origem à sua existência. São, por natureza, poços de de memórias e focos de emoções, sensações e lugares precisamente carregados de humanidade. Mais importante do que é revelado por elas, é pensar no que as imagens não mostram e as deduções feitas a partir de seus indícios. Neste momento, a imagem se torna algo que nos provocou a pensar. O fotógrafo tinha um propósito, transformar suas fotos em cartões postais, fazendo da imagem um símbolo da cidade e vender a imagem de um polo de indústrias, de alto poder econômico e acúmulo de capital enquanto símbolo.