Marcas nas fotografias de Werner Haberkorn/Vista parcial do Vale do Anhangabaú. São Paulo-SP 43: diferenças entre revisões

[edição não verificada][edição não verificada]
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
CICA
Linha 12:
Durante a Segunda Guerra Mundial, o então presidente da empresa, Robert Woodruff, fez uma promessa às Forças Armadas dos Estados Unidos: os soldados americanos em todas as bases ao redor do mundo teriam o refrigerante sempre por perto, e ao preço de 5 cents — independentemente do custo para a empresa. Nesse contexto de esforço de guerra, a empresa se inseriu no Brasil a partir da chegada de soldados americanos em 1942, à base aérea Parnamirin. Desse modo, aterrissa em Natal, ainda em 1942, mesmo ano em que são construídas as primeiras fábricas do refrigerante no Rio de Janeiro e São Paulo. Com o término do grande conflito, a empresa americana foi desligada do esforço de guerra, todavia permaneceu comercializando a mercadoria no país. A primeira fábrica constituída no país foi inaugurada em São Cristóvão, na época um importante polo industrial do Rio de Janeiro. Em 18 de abril de 1942, foram produzidas as primeiras unidades — garrafinhas de 185ml, as únicas disponíveis. O concentrado e o gás vinham dos EUA. No ano seguinte, em 1943, a  Brasil inaugurou sua primeira filial no país, em São Paulo.
 
Após o término da Segunda Guerra Mundial, a '''Coca-Cola''' foi desvinculada do projeto estatal americano e passou a atuar livremente no mercado internacional. Entre 1947 e 1949, a '''Coca-Cola''' abriu fábricas na Holanda, Bélgica, Luxemburgo, Suíça e Itália. Em 1952, cinco anos após ter se instalado na Alemanha Ocidental, a Coca-Cola contava com 96 fábricas, tornando-se o maior mercado fora dos Estados Unidos. A marca ganharia assim status de símbolo da cultura americana, o que elevaria seu consumo principalmente pela juventude e seria criticado pelos mais velhos, que se sentiam ameaçados pela insensibilidade dessa cultura.
 
O produto ficou estigmatizado como representante dos valores da sociedade americana, que, ao longo do tempo e ao redor do globo, foram adorados ou odiados. A aparição da marca como porta-voz dos valores americanos foram e são constantes: ainda em 1870, Nicolau Sevcenko refere-se à '''Coca-Cola''' como resultado da modernidade alcançada por meio da Revolução Científico-tecnológica. No Brasil, Fernando Novais e João Manuel Cardoso de Mello referem-se ao hábito de tomar refrigerantes, primeiramente o guaraná Antárctica e depois à concorrente '''Coca-Cola''', como parte da sensação de modernidade e otimismo que envolveu a sociedade brasileira na década de 1950.
 
Nos começo da década de 2000, uma série de trabalhos sobre a americanização e a '''Coca-Cola''' foi organizada por Junker Detlef e Alexander Stephan, envolvendo pesquisadores de vários países que buscaram analisar a influência dos Estados Unidos na Europa do pós-guerra. Os trabalhos priorizaram o período entre 1945 a 1960, reconhecidos como os anos cruciais no processo de americanização. Os autores falam menos em imperialismo cultural e mais em identificação com o estilo de vida americano, sustentam a identificação com os valores de liberdade, democracia e economia de mercado como responsável por consolidar a visão positiva do American way of life e do American model of democracy nos países europeus. Destacam a massiva presença de Hollywood, da '''Coca-Cola''', do jeans e do bubble-gum como responsáveis por inundar a Europa com imagens – nem sempre realistas – da sociedade americana. Os pesquisadores sustentam que a única cultura comum entre os europeus, no século XX, foi a americana. Na Europa, a adoção do American way of life foi associada ao processo de “Coca-Colonização”, ao mesmo tempo em que a ocupação aliada proporcionou a retomada da liberdade de imprensa, de entretenimento e de vendagem de livros, e que Hollywood entrou correndo, primeiro na mochila dos soldados, depois nas salas de cinema e magazines.
 
A importação do American way of life veio em duas fases: o primeiro, quando essa veio de cima, imposta pelos Birôs de cooperação; o segundo, quando essa passou a vir de baixo, orientada pelo mercado, a partir dos anos de fechamento das agências de fomento. Em referência a este segundo momento, a partir da restituição da economia de tempos de paz, o modelo de sociedade americana – capitalista industrial planejada pelo Estado – é exportado para economias periféricas. O Brasil, aliado e espectador do sistema internacional, está sob a zona de influência dos Estados Unidos. Assim, o espaço dos anúncios publicitários nas revistas de variedades O Cruzeiro e Manchete servem como vitrine para os produtos e modelos de comportamento importados dos vizinhos Estados Unidos.
 
Sobre o cenário da '''Coca-Cola''' mais recente no Brasil, no fim da década de 1960, o país já tinha mais de 20 fábricas que abasteciam todo o território nacional, e no fim dos anos 1980, eram 36 franqueados. A marca '''Coca-Cola Brasil''' foi se institucionalizando cada vez mais, principalmente por sua grande atuação em projetos sociais, culturais, ambientais e esportivos. Em 2003, a  empresa firmou com o Comitê Olímpico do Brasil (COB) o patrocínio às equipes olímpicas de ginástica artística, judô e natação, visando a preparação para as Olímpiadas de 2004. Em 2005, a empresa adquiriu a Sucos Mais e diversificou sua sua linha de marcas e produtos.A '''Coca-Cola Brasil''' conquistou a “Woodruff Cup”, por ter a operação de melhor desempenho da The Company no mundo.
 
;Referências
Linha 29:
 
=== Theodore Bloch De Tecidos S.A ===
'''Teodore bloch''' de tecidos foi uma empresa fundada em 23/06/1944 focada em tecidos em geral, armarinho, roupas feitas, importação e exportação.
 
;Referências
Linha 36:
 
=== CICA ===
A '''Companhia Industrial de Conservas Alimentícias (CICA)''' foi fundada no ano de 1941, em São Paulo, no município de Jundiaí, pelas famílias Guzzo, Guerrazzi, Messina e Bonfigliol. A empresa foi a maior multiprodutora agrícola brasileira, conhecida principalmente pelo famoso extrato de tomate elefante.
 
A CICA foi adquirida pela Gessy Lever em 1993, tendo sido desde então incorporada à Divisão Van den Bergh de Alimentos. A fábrica de Jundiai começou a ser desativada em 1998. Em 1999 a fábrica da CICA em Jundiaí foi definitivamente encerrada com a demissão dos últimos 55 funcionários da empresa.