Civilização Egípcia/Antigo império: diferenças entre revisões

[edição não verificada][edição não verificada]
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
mSem resumo de edição
sexta dinastia/fim do Antigo Império
Linha 234:
Em Elefantina, uma inscrição mostra uma girafa e outros animais exóticos que podem ter sido levados ao Egito durante seu reinado. <br>
Embora sua pirâmide seja a menor das pirâmides reais construídas no Antigo Império, ela foi a primeira a trazer em suas paredes internas vários dos encantamentos (128) que compõem o ''Texto das Pirâmides''. Esses famosos textos, que ajudariam a alma do faraó em sua jornada para o próximo mundo, ainda iriam adornar muitas das futuras pirâmides e túmulos. <br>
Acredita-se que ''Maspero'' (Gaston Maspero 1846–1916, egiptólogo francês)
descobriu partes da múmia de Unas em 1880, que hoje estão no Museu do Cairo. <br>
Não se sabe se Unas deixou herdeiros, embora ele tenha tido pelo menos um filho chamado Ptahshepses. O fato é que pode ter havido um período de instabilidade política antes de Teti (sexta dinastia) subir ao trono. <br>
Possivelmente a esposa de Teti Iput, fosse filha de Unas. Um portal de granito rosa no templo mortuário de Unas traz as inscrições dos nomes e títulos de Teti, o que significa que parte do templo foi completado após a morte de Unas, o que sugere não ter havido interrupção entre a quinta e a sexta dinastias. <br>
 
==Faraós da Sexta Dinastia==
A sexta dinastia é um período de decadência que vai desaguar no primeiro período intermediário. De modo que, alguns dos faraós abaixo são de alguma forma obscuros, temos pouca informação.
 
*Teti <br>
*Pepy I (Meryre) <br>
*Merenre Nemtyemzaf <br>
*Pepy II (Neferkare) <br>
[[Image:Teti-SistrumInscribedWithName MetropolitanMuseum.png|thumb|50px|left| Um sistro com o nome de Teti]]
'''Teti''' – após a morte de Unas, não se sabe bem o que aconteceu. Teti adaptou seu nome Hórus para Seheteptawy que significa '''Aquele que pacifica as duas terras.''' <br>
O Cânone de Turim dá a ele um reinado de menos de um ano mas, os estudiosos acreditam que ele reinou por mais tempo. Sua esposa Iput I, provavelmente era a filha do rei Unas. Essa esposa foi a mãe do herdeiro de Teti, o faraó Pepi I. Ela foi sepultada em sua própria pirâmide, próximo à de Teti em Saqara. <br>
Ele construiu sua pirâmide em Saqara, chamada de ''Pirâmide prisão''.<br> Egiptólogos descobriram uma estátua do faraó feita em granito rosa, que hoje está no Musseu Egípcio. <br>
[[Image:PepiI-KneelingStatuette BrooklynMuseum.png|thumb|200px|right|Estátua de Pepi I]]
'''Pepi I''' – esse era o nome de nascimento do faraó, seu nome de trono era Mery-re que significa '''Amado de Ra'''. No principio de seu reinado, ele usou o nome de trono de Nefersahor, só depois mudou para Mery-re. <br>
É possível que Pepi I não tenha assumido o trono logo após a morte de seu pai, Teti. Algumas listas incluem o nome de um faraó ''Userkara'', entre Teti e Pepi I.<br>
Pepi I era provavelmente filho de Teti com a rainha Iput I. <br>
Existem muitas teorias a respeito de uma possível conspiração, da morte por assassinato do faraó Teti, de um faraó usurpador Userkara, e de uma conspiração no harém de Pepi I. <br>
Aparentemente ele casou tardiamente com Ankhnesmerire I e Ankhnesmerire II. Da primeira teve Merenre e da segunda esposa teve Pepi II, que reinariam no Egito até o final da sexta dinastia. <br>
Pelo menos quatro estátuas deste faraó sobreviveram, inclusive uma feita em cobre (ver em Artes), junto com esta estátua foi encontrada também feita em cobre, uma estátua de seu filho e futuro faraó Merenre. <br>
Temos indicações de que no reinado de Pepi I, houve uma crescente influência e enriquecimento dos nobres. Pelas tumbas bem decoradas destes nobres e suas inscrições, sabemos que eles ostentavam privilégios advindos da sua amizade com o faraó. <br>
Pepi I deixou muitas inscrições embora se acredite que suas construções foram incorporadas em projetos posteriores. Ele construiu sua pirâmide ao sul de Saqara e o Texto da Pirâmide encontrado nas paredes, foi o primeiro a ser encontrado pelos egiptólogos, embora não o primeiro a ser gravado numa pirâmide.<br> Ele também está registrado por seus decretos encontrados em Dahshure e Coptos. Foi mencionado nas biografias de Weni em sua tumba em Abydos, por Djaw na tumba também em Abydos. Por Ibi em sua tumba em Deir el-Gabrawi, por Meryankhptahmeryre em sua tumba em Gizé, por Qar em sua tumba em Edfu e pela biografia numa tumba em Saqara de uma pessoa desconhecida.
[[Image:Egypte louvre 276 boite.jpg|thumb|200px|left|Caixa com o nome de Merenre I]]
'''Merenre''' – chamado por vezes de Merenre I. Ele era o filho mais velho, vivo, de Pepi I e sucedeu seu pai. Deve ter subido ao trono muito jovem e provavelmente morreu inesperadamente ainda jovem, talvez entre seu quinto e nono ano de reinado. <br>
Merenre era o seu nome de trono, que significa '''Amado de Ra'''. Seu nome de nascimento era Nemty-em-sa-f, que significa '''Nemty é sua proteção'''. Seu nome Hórus era Ankh-khau. Sua mãe era Ankhnesmerire I (Ankhesenpepi I). <br>
Embora ele tenha deixado poucos monumentos, os estudiosos sabem que ele viajou até Assuã e à Primeira Catarata, no quinto ano de seu reinado para receber tributos de chefes núbios. Merenre continuou a proteger as fronteiras e procurou consolidar o governo central, além de prosseguir no comércio e relações diplomáticas como seus antecessores. Na tumba do governador de Assua, há um registro de que ele foi responsável por quatro expedições à Núbia e ainda mais longe, ao sul, durante o reinado de Merenre e de seu irmão Pepi II. <br>
Há uma estátua de cobre de Merenre (já mencionada acima) com seu pai Pepi I e também uma pequenina esfinge do faraó no Museu Nacional da Escócia em Edimburgo. Merenre também tem seu nome numa caixa (de marfim de hipopótamo) que está no Museu do Louvre (foto) e inscrições em pedra perto de Assuã, decretos do faraó encontrados no templo de Menkawre e nas biografias de Uni (Weni) e Djaw em Abydos. Na tumba de Harkhuf em Elefantina, na tumba de Ibi em Deir-el-Gabrawi, na tumba de Qar em Edfu e na de um desconhecido em Saqara. Ele também é mencionado em inscrições na tumba de Maru em Gizé, numa parede de pedra em Deir-el-Bahari em Luxor (antiga Tebas). <br>
Merenre deve ter sido sepultado em sua pirâmide ao sul de Saqara, que talvez nem tenha sido completada, dado que ele morreu repentinamente e jovem. O sarcófago de granito negro foi encontrado em 1881 por ''Maspero'' (Gaston Maspero 1846–1916, egiptólogo francês) e a múmia em seu interior, se era mesmo a de Merenre, é a múmia real completa, mais velha já encontrada. Na verdade é a múmia de um jovem que ainda tinha a madeixa de cabelo lateral que representava a juventude. Pode ser que esta múmia, pelas características, seja da 18ª dinastia, mas ela ainda não foi examinada com as técnicas mais modernas, está no Museu Egípcio do Cairo.
 
[[Image:AnkhnesmeryreII-and-Son-PepiII BrooklynMuseum.png| thumb|150px|right|Pepi II e sua mãe]]
'''Pepi II''' – é possível que este faraó tenha subido ao trono com seis anos de idade e há registros de que reinou por noventa e quatro anos, embora alguns egiptólogos acreditem que foi por sessenta e quatro anos. <br>
Ele foi não o último, mas o último faraó importante do Antigo Império. <br>
O nome de nascimento de Pepi Ii era Pepi como o de seu pai. Seu nome de trono era Neferkare que significa '''Bela é a alma de Ra.''' Sua mãe era Ankhnesmerire II (Ankhesenpepi), que era irmã de seu irmão mais velho Merenre e provavelmente foi a regente durante a sua juventude. Há uma estátua dela segurando Pepi II quando criança (ele já usa o nemes e o uraeus, símbolos do poder). Pepi II teve muitas esposas e há uma certa confusão em nomeá-las, mas, provavelmente teve, pelo menos um filho, chamado Merenre como seu irmão. <br>
Prosseguiu na mesma linha política de seus antecessores, desenvolvendo ligações também com o sul da África. Manteve as relações comerciais com Biblos. <br>
Como seu reinado deve ter sido muito longo, talvez a idade tenha dificultado em muito seu governo. Pela tumbas descobertas, está evidente o poder e a riqueza dos nobres e altos oficiais. Enquanto que a tumba de Pepi II é bem inferior à de seus predecessores. <br>
A administração do pais estava comprometida, Pepi II escolheu um vizir para o alto Egito e outro para o baixo Egito, descentralizando o poder. À medida que o faraó envelhecia, O poder dos governantes das províncias aumentava. <br>
Pepi II deve ter sido seguido no trono, por seu filho Merenre II, mas talvez, por apenas um ano. <br>
Seu complexo mortuário e sua pirâmide estão ao sul de Saqara, bem como as pequenas pirâmides de suas esposas. <br>
O faraó está registrado na estátua com sua mãe, num decreto encontrado em Abydos e em três decretos em Coptos. Também é mencionado nas tumbas de Djau em Abydos e na de Ibi em Deir el-Gabrawi. Também há pequenos itens encontrados em Biblos.