História da Europa/Antecedentes da História da Europa: diferenças entre revisões

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O filho de Martel, Pepino III o Breve, depois de pedir apoio ao Papa, desfez-se das "marionetes" merovíngias. O papado deu permissão a Pepino para depor os merovíngios de forma a assegurar o apoio franco dos Estados papais, e proteção contra incursões lombardas. Pepino foi declarado ''rex Dei gratia'', "rei pela graça de Deus", estabelecendo assim um poderoso precedente para o Absolutismo europeu, no sentido de que se declarava que alguém era rei pela vontade do Deus cristão.
 
(Ambos Pepino II e Pepino III foram conhecidos como Penino, o Jovem, já que Pepino I foi Pepino, o Velho. Contudo, Pepino III também é conhecido como Pepino, o Breve, então este é o nome que será usado aqui.)
 
[[Imagem:Karl den store krons av leo III.jpg|thumb|left|''Coroação de Carlos Magno''.]] Pepino, o Breve foi o fundador da dinastia carolíngia, que experimentou seu clímax sob o reinado de Carlos Magno, "Carlos, o Grande". Carlos Magno também foi o primeiro rei coroado Imperador do Sacro Império Romano -- suposto sucessor dos Césares e protetor da Igreja Católica. Carlos Magno, cujo império expandido através da conquista para englobar a maior parte das modernas Alemanha e França, criou algo como um renascimento para o mundo intelectual no reino franco. Carlos Magno apoiou monastérios e fazia monges reproduzirem a Bíblia, em manuscritos com iluminuras, em salas chamadas ''scriptoria''. Para as mulheres, a confecção de roupas era um dos poucos modos de expandir seus horizontes intelectuais e de fazer algo além de dar à luz e trabalhar nos campos.
 
Os filhos de Carlos Magno seguiram a tradição germânica depois da morte dele e dividiram o reino entre si durante o século IX. Surgiram os "reinos francos do Leste e Oeste", os quais nos séculos seguintes seriam chamados França e Alemanha (a última, conhecida como Sacro Império Romano-Germânico). Por essa época, as pacíficas<!--settled--> regiões da Europa Ocidental estavam sob<!--came crescentesunder--> ataques crescente ataque de vikings ou Homens do Norte, bandos independentes de guerreiros navegadores da Dinamarca e Escandinávia dos quais os deuses incluíam Thor e Odin, e cujos ataques a ricas cidades e igrejas cristãs eram apenas uma característica de suas redes de comércio, que abarcavam o Atlântico e a Europa, de Newfoundland a Bizâncio. A atividade viking continuou até que a Noruega e a Suécia relutantemente aceitaram o cristianismo nos séculos XI e XII. A Inglaterra, a Irlanda e a Normandia francesa viram sólido assentamento viking neste período, com importantes consequências históricas.
 
[[Imagem:Bayeux Tapestry WillelmDux.jpg|thumb|right|180px|A Batalha de Hastings, tapeçaria de Bayeux.]] Na Espanha, um reinado visigodo floresceu até o século VIII, quando a região foi invadida pelos mouros. A Espanha ficaria sob controle, e em franco movimento de resistência contra os mouros até 1492, o final do movimento de unificação conhecido como Reconquista. A Itália começara a se dividir em pequenos reinados governados de maneiras e por reis diferentes. O pensamento do papado iria exercer grande impacto sobre a maioria do povo na Europa. A aprovação do golpe de Pepino, o Breve, também interessava ao Papa na medida em que garantia o apoio franco aos estados papais e protegia-os das incursões lombardas.
 
A Europa Oriental escassamente povoada e mais distante das fronteiras romanas experimentou numerosas invasões e migrações entre os séculos VI e X. De seu lar no sul da Rússia, povos eslavos dirigiram-se para o Oeste no início das migrações germânicas, assentando-se nos Balcãs, na Boêmia, na Polônia e no Leste da Alemanha e dividindo sua lealdade entre os sucessores romanos. Os poloneses e tchecos adotaram o Catolicismo<!--Latin Christianity-->, enquanto os reis sérvios e russos aceitaram o rito Ortodoxo. Os magiares, uma tribo de guerreiros montados, etnicamente aparentados aos hunos, entraram na Europa a partir das estepes russas no século IX, travaram uma série de guerras com os imperadores germânicos que sucederam Carlos Magno e finalmente estabeleceram-se na Hungria como um reino católico<!--Latin-Christian--> (seu rei, Estevão, alcançou a santidade). Os povos da região Báltica, como os letões e os prussianos, permaneceram em grande medida intocados pela expansão cristã durante a Idade Média.
<!-- Eastern Europe, more thinly populated and more remote from the Roman borders, experienced numerous invasions and migrations during the 6th to 10th centuries. From their homeland in southern Russia, Slavic peoples expanded westward in the wake of the Germanic migrations, settling in the Balkans, Bohemia, Poland and eastern Germany and dividing their allegiances among Rome's successors. The Poles and Czechs adopted Latin Christianity, while the Serbian and Russian kings accepted the Greek Byzantine rite. The Magyars, a tribe of mounted warriors ethnically akin to the Huns, entered Europe from the Russian steppes in the 9th century, fought a series of wars with the German emperors who succeeded Charlemagne, and eventually made their home in Hungary as a Latin-Christian kingdom (their king, Stephen, achieving sainthood). The peoples of the Baltic region, such as the Letts and Prussians, remained largely untouched by the Christian expansion during the early Middle Ages.-->
 
A Inglaterra permaneceu dominada por três diferentes reinados depois da invasão anglo-saxônica-juta. Sob ameaça de uma invasão dos danenses, o rei Alfredo unificou boa parte da nação em fins do século IX. Em 10 de outubro de 1066, Guilherme, o Bastardo (depois Guilherme, o Conquistador) iniciou a invasão dos normandos sobre a Inglaterra, com a Batalha de Hastings. Guilherme dividiu o país em condados, e confiou a autoridade de cada condado a um funcionário, o ''sheriff''. Um descendente de Guilherme, João Sem Terra, sofreu várias derrotas na política externa e numa querela com o Papa. Aproveitando-se disso, em 1215 o povo britânico forçou João Sem Terra a assinar a ''Magna Carta'', que instituiu o Parlamento Britânico (ou ''Grande Conselho''); mas era premissa do rei convocá-lo ou não. Além disso, a Magna Carta também impedia o rei de decretar novos impostos sem autorização do Grande Conselho e regulava os julgamentos de nobres e habitantes das cidades por seus pares.