História da Europa/Antecedentes da História da Europa: diferenças entre revisões
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O mais significativo dos atos de Constantino como Imperador foi converter-se ao Cristianismo já no leito de morte. Embora o Império tenha se mudado para Constantinopla, o novo papado permaneceu em Roma, como profetizado <!--invisioned--> por São Pedro, primeiro papa simbólico. Em certo aspecto o poder do Papa se tornou equivalente ao poder do Imperador ocidental. Ainda assim, a capital secular do Império Ocidental era Ravena. Lideranças fracas e problemas advindos das invasões bárbaras levaram à queda de Roma em 410, sob os visigodos. O Império Ocidental foi destruído mesmo em 476 em Ravena. O restante Império Oriental era agora chamado de Império Bizantino, por causa do nome da capital. Até a reunificação, já no século XIX, a Itália jamais seria novamente um estado unificado.
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Com o declínio do poder romano, tribos de além da fronteira moveram-se para dentro delas para preencher este vácuo. Os visigodos formaram um novo reino na Ibéria, enquanto os vândalos, por fim, se estabeleceram na África norte. A Grã-Bretanha romana, que tinha convidado guerreiros anglo-saxões para suas terras para ajudar a repelir os ataques de outros bárbaros, se deu conta de que os anglo-saxões decidiram ficar. A própria Itália pós-romana caiu sob influência dos ostrogodos, cujo mais influente rei, Teodorico, foi saudado como um novo imperador pelo Senado romano e teve boas relações com o papa cristão, mas manteve a sede de seu poder em Ravena no norte da Itália. O sul da Itália e da Sicília ficariam sob a influência do Imperador Bizantino por vários séculos durante este período.
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A província da Gália, que fora a mais próspera das províncias romanas do Ocidente, tornou-se possessão dos francos. A sociedade galo-romana e seus líderes acabariam se assimilando aos francos, contando com os guerreiros deles para proteção e cimentando relações de casamento com clãs francos. O novo Reino Franco incluía muito do leste da Alemanha e norte da França modernas, seu poder nesta região tornou-se claro através de vitórias sobre os visigodos e outros bárbaros rivais. A palavra que o alemão usa para a França hoje em dia, ''Frankreich'', é uma homenagem ao reino franco de outros tempos.
A dinastia merovíngia, que recebeu esse nome a partir do lendário rei tribal Meroveu, foi a primeira a governar o reino franco. Seu governante mais habilidoso e poderoso, Clóvis, converteu-se ao cristianismo Católico em 496 como promessa por ter vencido uma batalha. O último soberano do reinado merovíngio unificado foi Clóvis, que converteu-se ao cristianismo como promessa por ter vencido uma batalha. Aquando da morte de Clóvis, ele dividiu seu reinado entre seus vários filhos, os quais, com sua rivalidade causaram uma sangrenta guerra civil de um século. Alguns como Chilperico, eram loucos, e nenhum estava disposto a abrir mão de terras ou poder para uma reunificação do reino. A fortuna dos merovíngios declinou e eles perderam importância.
[[Imagem:Karl den store krons av leo III.jpg|thumb|left|''Coroação de Carlos Magno''.]]
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(Ambos Pepino II e Pepino III foram conhecidos como Penino, o Jovem, já que Pepino I foi Pepino, o Velho. Contudo, Pepino III também é conhecido como Pepino, o Breve, então este é o nome que será usado aqui.)
Pepino, o Breve foi o fundador da dinastia carolíngia, que experimentou seu clímax sob o reinado de Carlos Magno, "Carlos, o Grande". Carlos Magno também foi o primeiro rei coroado Imperador do Sacro Império Romano
Os filhos de Carlos Magno seguiram a tradição germânica depois da morte dele e dividiram o reino entre si durante o século IX. Surgiram os "reinos francos do Leste e Oeste", os quais nos séculos seguintes seriam chamados França e Alemanha (a última, conhecida como Sacro Império Romano-Germânico). Por essa época, as pacíficas<!--settled--> regiões da Europa Ocidental estavam sob<!--came under--> crescente ataque de vikings ou Homens do Norte, bandos independentes de guerreiros navegadores da Dinamarca e Escandinávia dos quais os deuses incluíam Thor e Odin e cujos ataques a ricas cidades e igrejas cristãs eram apenas uma característica de suas redes de comércio que abarcavam o Atlântico e a Europa, de Newfoundland a Bizâncio. A atividade viking continuou até que a Noruega e a Suécia relutantemente aceitaram o cristianismo nos séculos XI e XII. A Inglaterra, a Irlanda e a Normandia francesa viram sólido assentamento viking neste período, com importantes consequências históricas.
Na Espanha, um reinado visigodo eletivo floresceu, com conflitos contínuos, até 711, quando a maior parte da Espanha caiu rapidamente sob os invasores mouros. Um grande império mouro, chamado Califado de Córdoba, floresceu culturalmente e por armas. Nas montanhas do norte, pequenos reinos cristãos, Galiza, Astúrias, Navarra e Aragão, persistiram. A fronteira com o Reino Franco, chamada Marca Hispânica, incluía Barcelona desde 801 — a origem do Principado da Catalunha. Os mouros perderam seu último reino espanhol, Granada, em 1492, quando o rei de Aragão, Fernando, casou-se com a rainha de Castela, Isabel, em 1469. A união dinástica, levando à Carlos V, manteve as fronteiras internas e diferentes nacionalidades, leis e instituições de cada um dos antigos reinos até o século XVIII. Navarra foi anexada em 1515 e ainda mantém suas próprias leis e impostos<!--fiscality--> como o País Basco. A Itália começaria a se dividir em reinados menores governados de várias maneiras diferentes. Contudo, o pensamento do papado ainda seria capaz de exercer grande impacto sobre a maioria do povo europeu.
A Europa Oriental escassamente povoada e mais distante das fronteiras romanas experimentou numerosas invasões e migrações entre os séculos VI e X. De seu lar no sul da Rússia, povos eslavos dirigiram-se para o Oeste no início das migrações germânicas, assentando-se nos Balcãs, na Boêmia, na Polônia e no Leste da Alemanha e dividindo sua lealdade entre os sucessores romanos. Os poloneses e tchecos adotaram o Catolicismo<!--Latin Christianity-->, enquanto os reis sérvios e russos aceitaram o rito Ortodoxo. Os magiares, uma tribo de guerreiros montados, etnicamente aparentados aos hunos, entraram na Europa a partir das estepes russas no século IX, travaram uma série de guerras com os imperadores germânicos que sucederam Carlos Magno e finalmente estabeleceram-se na Hungria como um reino católico<!--Latin-Christian--> (seu rei, Estevão, alcançou a santidade). Os povos da região Báltica, como os letões e os prussianos, permaneceram em grande medida intocados pela expansão cristã durante a Baixa Idade Média.
A
Em 1215 o povo Britânico forçou o rei John a assinar a Magna Carta. O rei John era particularmente despótico. Ele tratava mal seus vassalos, matou seu sobrinho, Arthur, e trouxe a ira da Igreja contra o país na forma de um Interdito (nenhum serviço da Igreja era prestado: sem casamentos, funerais ou missas. Era a forma do Papa de dizer à Inglaterra para ir para o inferno). Os vassalos dele por fim uniram-se contra ele. Enquanto ele estava fora caçando, eles o cercaram e deram-lhe a opção de assinar a Magna Carta ou ser morto. A Magna Carta instituiu o Parlamento Britânico, diminuindo assim o poder de um monarca, mas era direito do rei convocá-lo ou não.
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[[Imagem:Codex Suprasliensis.jpg|thumb|right|160px|Página do ''Codex Suprasliensis'', manuscrito em cirílico.]]
Na Rússia, um reinado foi estabelecido em Kiev, incorporando tanto povos eslavos quanto elementos escandinavos.
== Artes românica e gótica ==
[[Image:CentralAisleStSernin.JPG|thumb|right|Românico: nave da Igreja de St. Sernin.]] As artes ''românica'' e ''gótica'' eram mais evidentes na arquitetura de Igrejas e nas iluminuras de manuscritos. As igrejas românicas geralmente têm um teto plano feito em madeira, ou uma abóbada cilíndrica terminando em um arco redondo. (A última forma era mais resistente ao fogo do que tetos de madeira, propensos a incediarem-se pelos monges quando eles acendiam fogos dentro das igrejas para certos rituais). As igrejas românicas em geral também tinham tetos mais baixos que os das igrejas góticas, usavam muito menos vitrais coloridos e, por conta dessas duas características, não precisavam de arcobotantes. As igrejas românicas, como o nome deixa implícito, tentavam parecer com a grande Basílica Imperial de Roma. Isso é evidente nas colunas internas, que são largas e com ranhuras em forma de meia-cana.
[[Imagem:Notre Dame Altar July 2005.jpg|thumb|left|Gótico: nave da catedral de Notre Dame.]] Igrejas góticas, que predominavam nas cidades do Norte e Ocidente da Europa, eram
[[Imagem:KellsFol029rIncipitMatthew.gif|thumb|right|Uma página do Livro de Kells.]] As iluminuras dos manuscritos também era uma forma de expressão artística popular nas artes românica e gótica. Iluminuras são transcrições da Bíblia adornadas por monges nas ''scriptoria''. Esses adornos geralmente tinham uma característica regional. O ''Livro de Kells'', um manuscrito irlandês com iluminuras, tinha um aspecto bastante carregado de arabescos, o qual era comum na arte pagã irlandesa.
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::(Excerpt from The Song of Roland detailing a victory of Charlemagne.)
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Poesia e música eram perpetradas por um grupo de músicos viajantes chamados trovadores. Estes trovadores dariam notícias de toda a Europa enquanto viajavam cantando e contando histórias. Uma dessas canções famosas foi a ''Canção de Rolando'' (baseada no ataque à retaguarda do exército de Carlos Magno pelos bascos enquanto
== Poder papal na Idade Média ==
O ''papado'' era em muitos sentidos a instituição mais poderosa na
O Papa também tentou controlar a Europa por meios políticos
Isto deve ser visto em contexto, considerando-se a natureza do poder papal. O poder real derivava da posse da terra que era essencial para recrutar exércitos de cavaleiros. O papado detinha menos recursos diretos e, para complicar as coisas, estes não podiam ser passados por herança. Isto significava que um Papa próximo da morte só poderia enriquecer sua família doando a propriedade da Igreja, desviando assim recursos da corte papal em vez de ampliá-los. Consequentemente, o Papa tinha que basear-se em outras formas de poder e sua autoridade espiritual era sempre uma alternativa importante para dirigir o controle territorial.
Movimentos religiosos de caráter intelectual eram dirigidos principalmente
== A sociedade na Idade Média ==
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