Design de Mídias Participativas/Fundamentação Teórica/Inteligência Coletiva/Estética: diferenças entre revisões

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Enfim, resta-nos dizer que uma estética dessa natureza teria sua órbita girando em torno de um devir muito próximo do termo ''Desmundo'' (anagrama ou neologismo utilizado como título de longa-metragem; produção franco-brasileira do início da nossa década |2000|, que retrata de modo contundente as desventuras do começo da colonização portuguesa em terras tupiniquins). Visto que a literariedade e a polifonia de nossa identidade cultural brasileira (alicerces dela própria) tem lugar preponderante nas mutações identitárias que pululam no cotidiano pós-moderno da contemporaneidade, pode-se discorrer a cerca de uma poética desdobrada em si mesma na origem fundatória, cujos desenvolvimentos a posteriori, esses sim, extremamente ricos em seu individualismo participativo e em sua doce anarquia; falam por si.
 
O processo de percepção visual, subentende vários processos transcorridos concomitantemente que geram, ao cabo de alguns segundos (por vezes nem mesmo um segundo), uma imagem e, mais do que isso, um texto.
 
Como apredizado por si só, demanda tempo, o papel do mediador/instrutor será o de criar o caos necessário, e quando digo caos, digo desordem, digo brainstorm, digo embaralhamento de idéias e conceitos; a fim de que, não só, seja palpável o acúmulo de conhecimento, mas também e, sobretudo que esse acúmulo gere reflexão e questionamento.
 
O caos possui um texto subjacente? Se partirmos do pressuposto de caos +cosmos = caosmos, teremos um giro de 360 graus ao invés de um giro de 180 graus e, uma lógica diversa da lógica circular, uma lógica profunda, uma ecologia profunda (de sistemas?). Holística, ócio criativo, sociabilidade ecológica e humana, a própria inteligência coletiva apenas tem condições de serem apreendidas por alguém que possui a alfabetização necessária em determinado conceito inerente ao meio utilizado, para deixar de utilizar o termo lingüagem. E porque deixar de utilizar o termo? Pois bem, seres vivos; animais (o homem inclusive, vale lembrar), vegetais, minerais e tudo que nos cerca é percebido por cinco sentidos humanos, levado à nosso cortéx cerebral a partir da cognicção que experimentamos.
Daí decorre que o entusiasmo exacerbado pelas tecnologias do virtual é válido se, e apenas se, tomarmos como medida essa cognição humana.
 
A ecologia social ou sociobiologia de Murray Bookchin nos mostra coisa bem diversa da que temos em voga. A cooperação entre as espécies e não a competição criaria ambientes necessários à sobrevivência e à própria seleção natural. Gerir esse conceito, é formar um juízo de valor contrário a tudo o que temos assistido nos últimos séculos, todavia é um insight do qual não temos escapatória caso queiramos continuar habitando este planeta.
 
A otimização das competências apenas será alcançada quando percebermos que o questionar a si e aos outros, o questionar a própria ecologia de sistemas é eterno e por consegüinte, realiza-se num devir, muitas vezes relegando à segundo plano tanto o bom-senso quanto o senso comum e utilizando-se do... humor. Sim, o velho e surrado bom humor.
 
A formação de um juízo de valor alternativo ao que assistimos hoje na mídia, passa não somente pelo caos, pelo brainstorming, mas, mais do que isso, necessariamente pelo bom humor, pelo bom relacionamento entre as pessoas e não pelo bom relacionamento com o Homem, conceito abstrato e,em termos da estética da qual necessitamos, despido de valor.
 
 
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