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Os primeiros seres humanos a ocuparem o atual território suazilandês foram caçadores-coletores falantes de línguas do ramo khoisan, há 200 000 anos atrás.

Pinturas rupestres feitas pelos povos de línguas khoisan em Nsangwini

A expansão banta, a partir do início da era cristã, atingiu o território suazilandês alguns séculos depois, expulsando os povos de línguas khoisan e introduzindo na região o ferro e a agricultura. No século XIX, os ancestrais bantos do atual povo suazi chegaram à região, procedentes do sul do atual Moçambique, fugindo de conflitos com o também banto reino zulu da região da atual província sul-africana de KwaZulu-Natal. Na época, os suazis eram liderados pelo rei Sobhuza I, que faleceu em 1836. Seu filho, Mswati II, fez com que o nome de seu povo passasse a ser suazi. No final do século XIX e início do século XX, os britânicos assumiram paulatinamente o controle do país.

Rei zulu Shaka (1781-1828)
Zulus
Bandeira da Suazilândia entre 1894 e 1902

Em 1963, os britânicos concederam autonomia limitada ao país. Em 1967, foi proclamado o reino da Suazilândia, uma monarquia constitucional sob proteção britânica. Em 1968, foi proclamada a total independência do país, sob o reinado do rei Sobhuza II. Na década de 1970, no entanto, o rei Sobhuza II dissolveu por duas vezes o parlamento. O regime tornou-se progressivamente mais autoritário, proibindo a existência de partidos políticos e punindo qualquer forma de oposição ao regime. Na década seguinte, a expansão do turismo gerou crescimento econômico para o país. Ao mesmo tempo, no entanto, o surgimento da epidemia mundial de AIDS revelou-se mais severa no continente africano, especialmente na Suazilândia, que detém atualmente o maior índice no mundo de contaminação pelo vírus HIV: 26,1% da população está contaminada[1].

Bandeira da Suazilândia

O rei Mswati III assumiu o trono em 1986, quatro anos após a morte de seu pai, o rei Sobhuza II. O governo suazilandês passou a apoiar o regime racista sul-africano. Porém, na década de 1990, com a queda do regime sul-africano do apartheid, cresceram no país os protestos contra a falta de democracia[2][3].

Rei Mswati III em trajes típicos, durante cerimônia em 2006 na qual ele escolheria sua nova esposa
Rei Mswati III em visita aos Estados Unidos em 2009

As más condições de vida da população no início do século XXI fizeram crescer os protestos populares contra os elevados gastos da família real suazilandesa[4].

Referências