Sendo um jogo de corrida, o objetivo do gamão é que o jogador coloque todas as suas peças no seu campo-casa e as retire antes que seu adversário.

Para conseguir isto há duas atitudes distintas a ser adotadas, basicamente:

  1. Fazer casas fechadas, de modo a tolher o avanço das peças adversárias e
  2. Comer as peças que o adversário for obrigado a deixar no caminho, forçando-o a retornar para o início.

Entretanto, como o desenrolar do jogo pode demonstrar, pode ser que a melhor estratégia seja exatamente o oposto do que foi dito: imagine uma situação de partida em que o adversário tenha conseguido um avanço rápido de suas peças, sem expô-las a captura e, por conta dos dados, o jogador tenha progredido menos. Neste caso, para impedir que o adversário prossiga até a retirada de suas peças todas, o jogador opta por expor ao máximo suas peças a serem comidas.

Com isto ele poderá, ao ser obrigado a repor sua peça comida no campo-casa inimigo, ter ocasião de por sua vez comer peças que aquele já havia colocado dentro de seu campo-casa e porventura esteja expostas (desprotegidas). Isto o forçará, portanto, a um atraso considerável, pois a peça comida terá de ser reposta no início do jogo. Muitas vezes partidas praticamente ganhas são revertidas com essa estratégia de exposição - o que proporciona a chamada "virada de mesa" - uma expressão que, originária do gamão, tem uso corrente.

Durante a partida essas duas estratégias básicas podem alterar, algo que muitas vezes é determinado pelos dados. A repetição de pontos, pontos ruins (que limitam a possibilidade de movimentos, por exemplo), podem alterar a vantagem para o adversário de modo que um jogador que tenha optado por uma estratégia de maior "segurança" (sem expor peças "solteiras") tenha que expor-se. Como o fator sorte está presente, nem sempre o jogo está perdido...