Guia dos Trouxas para Harry Potter/Livros/O Cálice de Fogo/Capítulo 6


Capítulo 6
A Chave do Portal
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Aviso: Seguem detalhes do enredo.

Sinopse editar

É muito cedo na manhã seguinte quando Harry é acordado por Mrs. Weasley. Ele, Ron, Ginny, Hermione, Fred e George vão viajar com Mr. Weasley, enquanto Percy, Bill e Charlie vão encontrá-los no local da Copa. Fred e George queriam aparatar, como os irmãos mais velhos, mas ainda não tem licença para isso, e sem treinamento, eles provavelmente ficariam “desmembrados” – deixando partes do corpo para trás. Ginny e Hermione reclamam porque é tão cedo, mas Mr. Weasley explica que precisam andar um bocado. Harry imagina se eles vão andar até o local da Copa. Mr. Weasley começa a explicar, mas Mrs. Weasley, que tinha descoberto caramelos incha-lingua escondidos nos bolsos de George, interrompe a explicação. Ela confisca todos os caramelos que estavam escondidos nos bolsos e nos punhos e nas calças, com o feitiço Accio. Na hora de irem embora, Mrs. Weasley, que não vai, continua de mau humor, e nem ela e nem os gêmeos se despedem.

Durante a caminhada na manhã fria, Mr. Weasley explica o grande problema logístico que foi, conseguir um local para aproximadamente cem mil bruxos se reunirem. O Ministério da Magia criou um estádio numa floresta, enfeitiçando-o para não chamar atenção dos Trouxas. Transportar tantas pessoas sem ser notado foi outro problema, de modo que o Ministério determinou que os bruxos chegassem aos locais de acampamento em volta do estádio algumas semanas antes, sendo que, aqueles que tinham os ingressos mais baratos deveriam chegar antes e esperar. Além disso, duzentas chaves de portal foram espalhadas através da Grã Bretanha para aqueles que não pudessem ou não quisessem aparatar. Eles vão usar uma chave de portal que fica em Stoatshead Hill. Em Stoatshead Hill, eles encontram Cedric Diggory e seu pai, Amos. Mr. Diggory faz bastante espalhafato porque, seu filho foi o apanhador do único jogo de Quadribol em que o time de Harry perdeu (livro três) embora Cedric fosse mais modesto. Mr. Diggory menciona que os Lovegoods já foram, e os Fawcetts não conseguiram ingressos. Mr. Weasley confere seu relógio e todos colocam a mão numa velha bota. Quando a contagem chega a zero, Harry se sente jogado rapidamente num turbilhão de ar, aterrisando direto no chão. Uma voz anuncia “Cinco e sete vindo de Stoatshead Hill.

Análise editar

Embora a Copa do Mundo de Quadribol possa parecer uma distração interessante e divertida para abrir a história, sua importância é crítica em introduzir um tema em curso, a cooperação mútua, que é aqui enfatizado. A Copa do Mundo é muito mais do que um simples evento esportivo – é uma forma de unir os bruxos de diversos países. Organizar esse enorme evento internacional é uma grande aventura, requer extenso planejamento, colaboração e coordenação entre a população mágica do mundo inteiro. Esse é, provavelmente, o empreendimento mais difícil de ser escondido dos Trouxas, embora, como será visto, há falhas ocasionais de segurança. E, embora haja as rivalidades habituais entre os times e os fãs, é a paixão em comum pelo esporte que une a comunidade mágica, num evento pacífico que promove o reconhecimento global, a compreensão e harmonia. Harry saboreia essa experiência, ainda que não perceba que, se Voldemort tem que ser derrotado, deverá haver um esforço, uma união similar para isso, ao invés de ser o esforço de uma única pessoa.

Aqui compreendemos melhor Cedric Diggory, que conhecemos no livro anterior e que vai ter papel importante nessa história toda. Cedric, pretence à Hufflepuff, acredita firmemente na honestidade e na justiça, a tal ponto que se ofereceu para jogar novamente a partida contra a Gryffindor (livro três); ele achou que a vitória da Hufflepuff foi inválida porque os dementadores interferiram. Seu senso ético forte, vai ter um forte papel nessa história. Podemos ver claramente a diferença entre Cedric e seu pai, Amos, e pode ser interessante comparar as personalidades. É possível que Cedric e Amos sejam mostrados como um contraste dos sentimentos de Harry com relação a seu pai, James. Cedric e Amos são pessoas bem diferentes; embora ambos sejam competitivos, Cedric acredita firmemente que a competição justa e honrada é primordial, enquanto que Amos tende mais para a visão dos Slytherins, que vantagens são para serem aproveitadas. Harry pode observar aqui, que pais e filhos podem ser bem diferentes uns dos outros, mas, muito em breve, ele vai falhar em aplicar essa lição a si próprio.

Também vimos o feitiço Accio, que é usado para atrair coisas. Harry vai achar isso muito útil mais tarde, e isso será repetido durante a série. É a atenção de Rowling para os detalhes que faz dos livros de Harry Potter uma aventura tão intrigante. Cem mil bruxos estão sendo esperados para assistir à Copa do Mundo de Quadribol. Exatamente quantas pessoas vão viajar para esse tipo de evento, sem assustar os Trouxas ou revelar a existência do mundo dos bruxos? A apresentação de Harry à chave de portal mostra uma das maneiras dos bruxos viajarem, no entanto como os leitores já viram, existem outros métodos, cada um com suas limitações. A explicação da autora como esse quebra cabeças é planejado, embora não seja importante para a história em si, mostra que ela compreende as necessidades de seus personagens e também torna a história mais complexa, mais bem tramada e crível. Podemos reparar que o número de bruxos esperado para esse evento, pode nos levar a algumas conclusões sobre a população mágica no mundo. Vamos imaginar que o número de bruxos no mundo inteiro poderia ser de trezentos mil ou talvez, um milhão.

Nota – Apenas como curiosidade, no mundo Trouxa, em 2012, só havia onze estádios capazes de suportar cem mil espectadores, seis deles nos Estados Unidos.

As famílias Lovegood e Fawcett são mencionadas mas não aparecem no livro. A autora em geral, introduz personagens, objetos ou lugares pelo nome, antes deles aparecerem, coisa que só vai acontecer alguns livros depois. Sirius foi mencionado no primeiro livro, antes de aparecer no livro três num papel importantíssimo. Rowling talvez queira que seus leitores tenham uma primeira indicação, de que alguns personagens que podem parecer insignificantes podem se tornar importantes mais tarde no decorrer da história.

Perguntas editar

Revisão editar

  1. Por que Mrs. Weasley fica furiosa ao encontrar um caramel no bolso de George?
  2. Como o Ministério mantém em segredo dos Trouxas, a chegada de mais ou menos cem mil bruxos?
  3. Por que Mr. Diggory faz tanto barulho por causa de Cedric?

Estudos Adicionais editar

  1. Por que Mrs. Weasley não foi?
  2. Considerando as dificuldades logísticas, por que a comunidade mágica decide ir em peso, a esse grande evento internacional?

Visão Completa editar

Spoiler editar

Aviso aos leitores de nível intermediário: Seguem detalhes que vocês podem não querer ler em seu nível atual de leitura.

A Chave de Portal que os bruxos usam para viajar de um lugar para o outro, se torna um objeto que vai, inesperadamente transportar Harry e Cedric Diggory até uma situação mortal. Criar Chaves de Portal é algo aparentemente regulado pelo Ministério. Talvez seja por isso que as Chaves de Portal são usadas apenas sete vezes na série toda: quatro vezes nesse livro (indo a Copa e voltando, indo para o cemitério e de volta), duas vezes no livro cinco (do escritório de Dumbledore para Grimmauld Place, e do Ministério para o escritório de Dumbledore) e uma vez apenas no último livro (da casa de Ted Tonks para a Toca – embora aparentemente existam cinco ou seis outras Chaves de Portal que não foram vistas nesse episódio). A Rede de Flu e Desaparatar parecem ser os meios de transporte mais comuns, embora, como Mr. Weasley falou, muitos bruxos evitem Desaparatar porque podem se desmembrar, que é um risco sempre.

Baseados em nada mais do que o nome, imaginamos que "os Lovegoods" que foram mencionados nesse capitulo, se referem a personagens que veremos nos próximos livros. Luna Lovegood, a estranha colega de escola, que será membro da Armada de Dumbledore, será apresentada no livro cinco. A família é formada por Luna e seu pai viúvo, Xenophilius que vai aparecer no último livro. Os Lovegoods serão convidados para o casamento de Bill e Fleur, que vai ser parte importante do último livro. Ambos os personagens têm papeis importantes nesse livro. O fato de apresentar o nome deles nesse capitulo, parece indicar que a casa dos Lovegood fica à distância de uma caminhada de Stoatshead Hill, e, portanto também da Toca; isso será importante no último livro, uma vez que significa que Ron sabe onde fica.

A família Fawcett não tem nenhum papel importante, apenas existe um aluno identificado apenas como Fawcett, que tem um pequeno papel no livro dois.

Conexões editar

  • Mencionar os Lovegoods aqui, explica que a casa deles, como dos Fawcetts e dos Diggorys, fica a uma distância que se pode ir a pé a partir da Toca. Quando for necessário conversar com Xeno Lovegood no sétimo livro, é apenas porque a casa deles fica próxima à Toca e Ron pode encontrá-la. O comentário cuidadoso sobre a família Lovegood nesse ponto, indica que a trama foi, pelo menos, desenvolvida o bastante para exigir a existência do Pasquim, e sua posição anti-Ministério nos próximos livros. Isso também sugere que a autora já havia determinado que Harry precisaria visitar Xeno no livro final.