Guia dos Trouxas para Harry Potter/Personagens/Dolores Umbridge


Dolores Jane Umbridge
  • sexo = feminino
  • cabelos = cacheados pintados de cinza
  • olhos = desconhecido
  • família = desconhecida, mas afirma que seus parentes são da família sangue puro Selwyn.
  • lealdade = Ministério da Magia

Visão Geral editar

Dolores Jane Umbridge estreou na série como professora de DCAT, no quinto livro. Durante o decorrer do livro, ela consegue criar e ocupar o cargo de Grande Inquisidora de Hogwarts, e mais tarde se declara Diretora da Escola de Hogwarts. No sétimo livro, descobrimos que ela se tornou Subsecretária Senior do Ministério da Magia. Ela é descrita como, se parecendo com um grande sapo pálido, meio corcunda, com um rosto largo e flácido, um pescoço muito curto, e a boca larga e fina. Os olhos dela são grandes, redondos e meio saltados. Ela sempre usa um laço no alto da cabeça.

A Ordem da Fênix editar

Dolores Umbridge é vista pela primeira vez, no capitulo 8, quando Harry é chamado para responder perante o Wizengamot, por ter feito magia sendo menor de idade. Sentada ao lado direito de Cornelius Fudge, ela faz alguns comentários na intenção de confundir Harry.

Depois Umbridge é escolhida pelo Ministério da Magia como a nova professora de DCAT de Hogwarts (como espiã do Ministério). Inesperadamente, ela profere um longo e aborrecido discurso na Festa de Boas Vindas (capitulo 11), em que ela diz que acha que, os métodos de ensino da escola precisam ser examinados e talvez revisados. Nas suas aulas, ela ensina apenas usando um livro totalmente fora de moda, Teoria Mágica Defensiva, de Wilbert Slinkhard, que se preocupa apenas em negociar e conciliar as Artes Mágicas, nunca em usar a Defesa.

Ela se atém à linha de notícias do Ministério, que afirma que Lord Voldemort não voltou e que os avisos de Harry Potter, nada mais são do que desejo de chamar atenção para si mesmo. Quando Harry decide discutir as afirmações do Ministério, ela lhe aplica um castigo. (livro cinco, capitulo 13) com a pena da tortura cujas linhas se inscrevem profundamente na mão do garoto.

Para reagir ao curso de DCAT que Dolores ministra e que não serve para nada, Hermione convence Harry a oferecer um curso prático de Defesa. A reunião para organizar esse curso acontece no Cabeça de Javali, em Hogsmeade. Aparentemente, em reação a isso, e obviamente instigado por Umbridge, um Decreto Educacional é criado, através dele são proibidas todas as organizações de alunos e também encontros de alunos, não autorizados. A associação de defesa está determinada a se encontrar de qualquer maneira, e no primeiro encontro, respondendo ao fato de que a matéria DCAT perdeu seu significado, com medo de que o Professor Dumbledore estivesse criando um exército para atacar o Ministério, o grupo de defesa se nomeia a Armada de Dumbledore.

Com a ajuda do Ministério, Umbridge se torna o juiz final da disciplina dos alunos. Após uma briga depois de um jogo de Quadribol, ela obriga a Professora McGonagall a banir Harry, Fred e George do Quadribol para sempre. Novamente com o apoio do Ministério, a Professora Umbridge nomeia a si própria, a Grande Inquisidora, uma posição que a torna responsável por examinar todos os professores e seus métodos. Logo, ela pega a Professora Trelawney e Hagrid, os nomeando como incompetentes.

Umbridge consegue mandar Trelawney embora, e tenta fazê-la abandonar Hogwarts. O Professor Dumbledore aceita a demissão de Trelawney, mas avisa que ela vai permanecer no castelo porque ele ainda tem autoridade para isso. Passando por cima da insistência de Umbridge para encontrar outro professor, Dumbledore anuncia que já tem quem a substitua, e apresenta o novo professor de Adivinhação, o Centauro Firenze.

Umbridge ouve falar de existência da Associação de Defesa, e tenta capturar seus membros; somente Harry é pego mas ela recupera a lista dos membros. Baseado no nome Armada de Dumbledore, escrito no cabeçalho da lista dos membros, o Professor Dumbledore é acusado de estar conspirando contra o Ministério. Os Aurores que foram trazidos para a escola como guarda costas de Fudge, tentam prender Dumbledore, mas falham, e Dumbledore desaparece da escola.

Umbridge se proclama Diretora. Embora use o título, sua autoridade é ignorada; ela não consegue abrir o gabinete do Diretor, que está selado, e os funcionários mal a reconhecem. Quando Pirraça resolve perturbá-la, aparentemente está sendo apoiado pelos professores. No entanto, são Fred e George Weasley, que lideram a revolta mais espetacular, criando uma confusão sem precedentes através do castelo, antes de pular em suas vassouras (livro cinco, capitulo 29) e irem embora de vez.

Um pouco depois disso, Umbridge decide que tem informações suficientes para mandar Hagrid embora, mas sente necessidade de trazer um esquadrão de Aurores para apoiá-la. O resultado dessa batalha de magia resulta na Professora McGonagall terminar tão machucada a ponto de precisar ser internada em St. Mungo, e acaba com o exame N.O.M. que Harry estava prestando na Torre de Astronomia.

Embora trabalhe para o Ministério da Magia, Umbridge age de forma ilegal, como quando usa Maldições Imperdoáveis em Harry, numa tentativa de descobrir com quem ele estava se comunicando através da lareira dela. Enquanto ela decidia usar a Maldição Cruciatus em Harry, ela comenta que foi ela quem mandou os Dementadores aparecerem na Rua dos Alfeneiros (livro cinco, capitulo 1). Quando Hermione a engana para ir até a Floresta Proibida, em busca de uma arma que não existia, Umbridge insulta os Centauros, que ficam furiosos e a carregam embora, gritando feito louca. Quando Dumbledore é recolocado como Diretor, vai pessoalmente à Floresta para resgatá-la. Ela está tão traumatizada psicologicamente que precisa ser internada.

O Enigma do Príncipe editar

Quando visita os Weasleys, no Natal, Rufus Scrimgeour comenta que Dolores Umbridge disse a ele que Harry queria ser Auror. Harry fica furioso em saber que Umbridge ainda trabalha no Ministério. Umbridge é vista novamente no final, no funeral de Albus Dumbledore junto com outros membros do Ministério.

As Relíquias da Morte editar

Vamos descobrir que o medalhão verdadeiro de Salazar Slytherin, foi substituído pelo encontrado no final do sexto livro, e estava sendo guardado por Monstro, ao invés de ter sido jogado fora. Mundungus Fletcher o tinha roubado e estava tentando vendê-lo junto com outras peças, quando Umbridge o pegou. Umbridge abusando de sua autoridade no Ministério exigiu o medalhão como propina, em troca de não levar Mundungus preso, por vender coisas sem licença. Para recuperar o medalhão, Harry, Ron e Hermione invadem o Ministério da Magia, disfarçados com a Poção Polisuco. Ron logo é chamado por Yaxley para resolver o problema da chuva no seu escritório. Harry e Hermione encontram Umbridge no andar de cima; Hermione é levada para as salas da corte para anotar os procedimentos da Comissão de Registro dos Nascidos Trouxa. Quando Harry percebe que sua busca no escritório da Umbridge não dá em nada, ele se esconde sob a Capa da Invisibilidade e vai até a corte onde Umbridge está se divertindo, enviando bruxos e bruxas nascidos Trouxas, para Azkaban “por roubarem varinhas dos bruxos de sangue puro”. Umbridge se recosta e Harry observa que ela está usando o medalhão, o garoto fica enojado. Ele estupora Umbridge, e então, Yaxley, dá tempo para Hermione agarrar o medalhão. Harry e Hermione então, libertam os bruxos nascidos Trouxas que permaneciam lá, os levam até o Atrium e mandam que abandonem o Ministério.

A autora, numa entrevista dada após a publicação desse livro, revela que Umbridge foi enviada para Azkaban por maltratar os Nascidos Trouxas.

Pontos Fortes editar

Para nós, é difícil julgar a qualidade de sua magia, uma vez que vimos muito pouco; alguns dizem que ela é poderosa, mas definitivamente não como a Professora McGonagall ou o Professor Flitwick, uma vez que Flitwick conseguiu remover o pântano criado pelos gêmeos Weasley, rapidamente, enquanto Umbridge tentou o dia todo, aparentemente sem sucesso.

Ela parece ter uma personalidade forte, no entanto, uma vez que ela foi e é assistente sênior de pelo menos, dois Ministros (Cornelius Fudge e Pius Thicknesse), e é respeitada no Ministério. Sob Thicknesse, ela consegue uma posição de autoridade significativa, embora não seja uma Comensal da Morte; parece que os postos mais altos sob Thicknesse foram entregues aos Comensais da Morte, e as razões são óbvias.

Pontos Fracos editar

Umbridge tem uma auto imagem muito frágil, que ela disfarça, sendo pomposa, agindo oficialmente e tem uma dependência de acessórios extras, como o medalhão, que ela extorquiu de Mundungus Fletcher, e mais tarde afirma que faz parte de sua herança, que prova que ela descende de uma antiga família de bruxos. Tudo isso é acompanhado pelo seu racismo, que parece ser baseado no medo que ela tem de seres que possam estar fora de sua compreensão ou controle.

Relacionamentos com Outros Personagens editar

Umbridge detesta Harry Potter. Durante o quinto livro, sua implicância contra Harry em particular, e com a Casa Gryffindor no geral é evidente. Usando seu poder recém adquirido sob os Decretos Educacionais do Ministério, ela bane todas as atividades extra curriculares e reuniões, até que sejam aprovadas pela Alta Inquisidora (ela própria); isso significa que os times de Quadribol das Casas acabaram. O time da Slytherin foi imediatamente reaprovado, enquanto o da Gryffindor levou quase um mês para ser reaceito, desde que sua capitã, Angelina Johnson fez o pedido.

A maior parte dos professores de Hogwarts a despreza, especialmente aqueles que nós vimos no livro cinco. Argus Filch gosta dela, e ficou muito animado quando ela recria os castigos corporais para os alunos.

Umbridge afirma seu relacionamento com a família Selwin. Isso jamais foi provado, e ela usa o medalhão de Slytherin (por causa de sua antiguidade e do S gravado nele), embora não tenha a menor idéia de sua procedência e nem mesmo de sua história, para comprovar suas ligações com as raízes Selwin.

Análise editar

No capitulo 17 do primeiro livro, o Professor Quirrell diz a Harry, que uma das lições que ele aprendeu com “seu mestre” era que “não existe o certo ou errado, somente poder”. Dolores Umbridge parece ter aceitado esse ditado e baseado sua vida nele. Umbridge caracteriza os piores aspectos do poder político. Ela é grosseira, cruel, brutal, corrupta e não tem moral ou ética. Ela é mostrada usando qualquer meio para manter seu poder pessoal e o poder político de seus chefes. Ela tenta cometer assassinato (através do ataque do Dementador a Harry), pede propina, tortura crianças para alcançar suas metas. Umbridge não tolera ninguém que discorde de seus pontos de vista ou das mentiras que seu Ministro espalha. Ela precisa exercer controle total sobre todos e tudo a sua volta. Na perspectiva dela, opinião livre, divergência, diversidade e diversos pontos de vista, não podem ser tolerados. Claramente, Umbridge representa as qualidades de um governo totalitário. Ela lidera não pelo consenso e respeito, mas sim pelo medo e intimidação. De fato, enquanto ela está dominando Hogwarts, o Ministério, como um todo, está controlando a imprensa e a informação, para lançarem apenas notícias a seu favor. O poder dado a Umbridge por Fudge, para consolidar sua força política e esmagar seus possíveis inimigos é familiar a todos nós. Não é diferente do abuso que os membros da administração Nixon cometeram durante Watergate. Seus crimes finais são “limpeza étnica” de nascidos Trouxas, iguais as perseguições nazistas que levaram ao Holocausto (também muitas que aconteceram e ainda acontecem no Oriente Médio e em outras partes do mundo). A autora nos relembra como é fácil para uma pessoa como Umbridge crescer, quando um governo perde sua responsabilidade.

Durante o livro cinco, Umbridge foi desprezada e detestada por sua política feroz, seus decretos educacionais e sua fome de poder. Mesmo assim, ela teve o total apoio de Fudge e do Ministério. Isso dá ênfase à corrupção e estupidez no Governo (também presente no livro seis, através de Rufus Scrimgeour). Com isso, temos também uma amostra do poder e como ele pode ser mal utilizado.

Perguntas editar

  1. Como será que Dolores Umbridge se sentiu, quando, no livro cinco, os funcionários de Hogwarts a trataram mal (especialmente no início do ano) ?
  2. Por que Umbridge é mantida como funcionária do Ministério da Magia?
  3. Por que Umbridge tem medo dos “mestiços” – centauros, gigantes, etc..?
  4. Por que Umbridge manda Dementadores atrás de Harry (livro cinco, capitulo 32)?
  5. Por que o Ministério da Magia não percebem que Umbridge mandou os Dementadores atrás de Harry? Ou eles simplesmente ignoraram o fato?

Spoiler editar

Aviso aos leitores de nível intermediário: Seguem detalhes que vocês podem não querer ler em seu nível atual de leitura.

Visão Completa editar

Seria muito interessante para um estudante, examinar o caráter da Umbridge. É importante notar que, embora ela não seja aliada de Voldemort e portanto, nominalmente não esteja do lado do mal que Harry está enfrentando, ela é um dos personagens mais odiados da série toda. O leitor até aceita o fato de Rita Skeeter fuçar a sujeira e espalhá-la, como parte do trabalho dela. Voldemort é, claramente a fonte da intolerância que torna sombrio o último livro da série, e mesmo assim, ele não é desprezado como Umbridge. O estudante deve examinar como a autora consegue isso, destacando a motivação da Umbridge para seus atos. A chave de tudo, é claro, é motivação, qual o objetivo de Umbridge? É óbvio,de imediato, que o primeiro objetivo é poder para si mesma; ela usa o poder para ganhar força e conseguir mais poder. Vemos esse mesmo tipo de comportamento em Draco Malfoy, e podemos perceber que esse mesmo processo resultou na subida de Voldemort ao poder; ainda que nenhum desses personagens inspirem o mesmo tipo de ódio que a comunidade de fans parece dedicar a Umbridge.

Qual será a razão para isso? Suspeitamos que grande parte disso se deva ao fato da impossibilidade de Harry de lutar. Contra o Ministério, Harry não tem poder, e isso fica pior porque os aliados de Harry também não tem como enfrentar Umbridge. É claro que o fato da motivação dela ser puramente auto-promoção dentro do Ministério, o sistema político torna uma situação horrível, muito pior.