Introdução à Sociologia/Principais Autores

Augusto Comte (1798-1857) editar

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Isidore Auguste Marie François Xavier Comte, filósofo e matemático francês, foi o fundador do Positivismo e pai da Sociologia, criou uma nova ciência para estudar a humanidade, chamou-a de física social, em 1828. Em 1839, mudou o termo para Sociologia.

Em 1826, começou a elaborar as lições do Curso de Filosofia Positiva.

Em 1842, publicou sua grande obra: Curso de Filosofia Positiva, constituída de seis volumes. A partir de 1846, toda sua obra passou a ter um sentido religioso, deixou de ser católico e fundou a Religião da Humanidade, mudando as teorias reacionárias da Igreja da época.

Para Comte, a Sociologia procura estudar e compreender a sociedade, para organizá-la e reformá-la depois. Os estudos da sociedade deveriam ser feitos com espírito científico e objetividade.

Positivismo é a doutrina criada por Augusto Comte que sugere a observação científica da realidade, cujo conhecimento viabilizaria o estabelecimento de leis universais para o progresso da sociedade e dos indivíduos. Comte acreditava ser possível observar a vida social por meio de um modelo científico, interpretando a história da humanidade, e a partir dessa análise, criar um processo permanente de melhoria e evolução. Para Comte o homem passa por três estágios na vida: estado teológico, estado metafísico e estado positivo – a lei dos três estados. No estado teológico ou fictício a explicação dos fatos decorre de vontades análogas à nossa (a tempestade, por exemplo, será explicada por um capricho da natureza do dos ventos). Este estado evolui do fetichismo ao politeísmo e posteriormente ao monoteísmo.

No estado metafísico o homem projeta espontaneamente sua própria psicologia sobre a natureza.

Já no estado positivo, contenta-se em descrever fatos, não procurando muitas explicações. Baseia-se nas leis positivas da natureza que nos permite, quando um fenômeno é dado, prever o próximo fenômeno e eventualmente agindo sobre o primeiro transformar o segundo.

Para Comte, a lei dos três estados não é somente verdadeira para a história da nossa espécie, ela é também para o desenvolvimento de cada indivíduo: A criança dá explicações teológicas ao mundo, o adolescente é metafísico, ao passo que o adulto chega a uma concepção positivista das coisas.

O lema da Bandeira Nacional “Ordem e Progresso”, criado por Benjamin Constant, é de inspiração comtista.

Friedrich Engels (1820-1895)e Karl Marx (1818-1883)Os dois pensadores alemães contribuíram para o desenvolvimento da Sociologia ao salientar que as relações sociais decorriam, na realidade, dos modos de produção, que seriam os fatores de transformação das sociedades. Dos processos de constituição dos modos de produção resultariam a formação das classes sociais e as lutas provenientes dessa diferenciação. editar

Émile Durkheim (1858-1917) editar

Considerado por muitos estudiosos o fundador da Sociologia como ciência independente das demais Ciências sociais, o francês preconizou o estudo dos fatos sociais como "coisas" e, se utilizando de rigor científico, determinou um objeto e uma metodologia de trabalho próprios dos estudos sociológicos.

Max Weber (1864-1920) editar

Com uma ênfase maior na constituição subjetiva da sociedade, o teórico alemão observou a Sociologia como sendo o estudo de interações significativas entre indivíduos que formam uma teia de relações sociais, tendo como objetivo último a compreensão da conduta social.

Pierre Bourdieu (1930-2002) editar

As teorizações deste autor se centralizaram na tarefa de compreender os mecanismos de reprodução social que legitimam as formas de dominação. Para isso, o filósofo retirou os fatores econômicos do centro das análise da sociedades e utilizou variantes como a produção simbólica e cultural, que expressam gostos de classe e estilos de vida, estando, portanto, nas raízes das distinções sociais.

Erving Goffman (1922-1982) editar

Teórico de origem canadense que postulou que os papéis sociais tem a ver com a forma como cada indivíduo concebe sua auto-imagem. Para tanto, Goffman estudou com atenção as "instituições totais", locais nos quais os indivíduos eram isolados da sociedade e tinham suas atividades normalizadas e espacialmente concentradas, tais como prisões e conventos.

Paulo Freire (1921-1997) editar

O educador brasileiro se destacou por seu trabalho na área da educação popular, voltada tanto para a escolarização, quanto para a formação da consciência. Paulo Freire delineou a chamada Pedagogia da libertação, na qual relacionou a visão marxista do Terceiro Mundo e das classes oprimidas na tentativa de construir uma nova forma de conscientização política.

Florestan Fernandes (1920-1995) editar

De intensa atuação em diferentes campos das ciências sociais, o sociólogo brasileiro abriu caminho para a profissionalização dos sociólogos ao defender a participação e a interferência dos intelectuais nos problemas nacionais, inaugurando um novo estilo de pensar a realidade social, por meio da qual se torna possível reinterpretar a sociedade e a história, bem como a Sociologia anteriormente produzida. Também é considerado o fundador da Sociologia Crítica no Brasil.

Herbert Spencer editar

Os princípios da sociologia. Desenvolveu uma teoria de organização do homem, apresentando vasta série de dados históricos e etnográficos para fundamentá-las.

Gabriel Tarde editar

Na definição sociedade é uma coleção de seres com tendências a se imitarem entre si, ou que, sem se imitarem, suas qualidades comuns são cópias antigas.

Georg Simmel editar

Simmel concluiu que a realidade social é extremante complexa, e até certo ponto caótica em relação aos significados.

Pitirim Sorokin editar

Levou a cabo um estudo profundo do que diferentes povos consideraram como valiosos durante a história. Dividiu em duas categorias: empírica e idealista.

Karl Mannheim editar

Acreditava que no futuro,o homem iria superar o domínio que os processos históricos exercem sobre eles.