Introdução à arqueologia/Finalmente, o inicio

Finalmente, o inicio

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Diz a lenda, ou a tradição que a primeira escavação arqueológica foi levada a cabo por Nabonidus, o rei da Babilônia, que reinou entre 555-539 a.C.

A grande contribuição de Nabonidus foi descobrir a pedra fundamental de um edifício dedicado a Naram-Sim, o neto de Sargão.

Ainda no passado, muito passado, podemos anotar que durante o Novo Império no Egito [1550-1070 a.C.] existe a história da escavação e recuperação da esfinge de Gizé. Lá ainda está a chamada Estela do Sonho que indica que o monumento estava enterrado até o pescoço.

 
em 1871, D Pedro II e a esfinge novamente enterrada

Mas, no próprio Egito temos milhares de histórias de caçadores de tesouros, de pretensos arqueólogos que destruíram muitos sítios e muitas múmias.

Hoje olhamos com para esses fatos com mais isenção porque, afinal eram pessoas despreparadas, que saíam em busca de grandes descobertas e tesouros, fama e fortuna, mas que, sem dúvida, destruíram muito da história da humanidade.

Nos tempos atuais, podemos dizer que o estudo da arqueologia pretende nos ajudar a compreender a história do mundo.

Cada arqueólogo, cada escavação, cada conclusão, cada descoberta, cada datação, são instrumentos para montar o imenso quebra-cabeças da história.

A responsabilidade é enorme, porque o efeito de cada estudo, de cada interpretação envolve pessoas e lugares e talvez uma mudança em tudo o que se acreditava antes.

Embora hoje, exista a possibilidade de novos instrumentos baseados na tecnologia que surpreende a cada momento (veja link abaixo).

 
trabalhando em Boteshwar, Bangladesh

Portanto, nada de Lara Croft, nada de Indiana Jones, nem tudo é tão belo e aventureiro, é um trabalho muito minucioso e de muito pouco glamour, em lugares as vezes sem conforto algum, sujeito a insetos e doenças.

Mas, os arqueólogos são repórteres do passado, vamos lendo a história que eles escrevem sempre com ansiedade e espanto.