Pacotes, sacos e saquetas
A forma mais antiga de embalagem e uma que continua a crescer em utilização com popularidade renovada, é talvez o pacote. O pacote tem sido descrito como uma embalagem pré-formada, criada a partir de um tubo de papel, película de plástico, têxteis ou materiais não cosidos com uma ou ambas as extremidades fechadas e uma abertura para enchimento com o produto (Hanlon et al., 1998, p. 129-131).
Os pacotes têm uma extremidade aberta ou são fechados em ambas as extremidades e enchidos por uma pequena abertura no lado de uma das extremidades, chamada de válvula. Há também pacotes com fechos montados na superfície lateral. Estes, geralmente, são usados em conjunto com um cartão ou uma caixa de cartão canelado (bag-in-box). De notar também que as estruturas de alguns pacotes têm dobras laterais que permitem um maior enchimento com a mesma largura e altura.
Os pacotes de consumíveis têm uma unidade normalizada de produto e servem como embalagem de armazenamento ao nível do retalho. Estes pequenos pacotes, em geral, estão limitados a pesos até 9 kg (20 lb). Os pacotes industriais maiores, nomeadamente de 23 kg (50 lb) ou mais, chamam-se sacos.
Um modelo específico é o fardo, geralmente uma bolsa inferior ou uma estrutura de abrir, usada para conter vários pacotes mais pequenos com o produto.
A saqueta é uma embalagem pequena e flexível, feita de papel, plástico ou materiais laminados, que é formada, enchida e fechada numa única máquina. Mesmo sendo geralmente verdade, estas definições têm sido ligeiramente modificadas pelo desenvolvimento de máquinas que formam, enchem e selam saquetas de plástico de tamanho industrial a partir de rolos e por máquinas que enchem e selam pequenos pacotes pré-formados de papel e plástico que são construídos como saquetas.
O pacote desempenha, em geral, todas as funções básicas de contenção de embalagem, protecção e comunicação com o menor custo possível. É feito numa gama de tamanhos e materiais com maior diversidade do que qualquer outra forma de embalagem. É usado para praticamente qualquer tipo de produto, desde líquidos e pós até sólidos e, portanto, oferece uma versatilidade que não se encontra em qualquer outro tipo de embalagem.
O pacote teve o seu início sob a forma de peles de animais costuradas e bexigas utilizadas pelo homem primitivo para o transporte de água, vinho, queijo e outros produtos de subsistência. Em tempos mais recentes, com o aparecimento dos têxteis e depois papéis e folhas de plástico produzidas em máquinas de alta velocidade, os pacotes tornaram-se tão comuns que são artigos correntes nas casas e na indústria. Estima-se que a utilização anual, nos EUA, de todos os papéis, plásticos e folhas neste tipo de embalagens flexíveis foi de cerca de 2,7 mil milhões de kg (6 mil milhões de libras) em 1995. Deste total, os pacotes de películas representaram cerca de 1,9 mil milhões de kg (4,2 mil milhões de libras), o papel utiliza mais 680 milhões de kg (1,5 mil milhões de libras) e a folha metálica utiliza os restantes 106 milhões de kg (235 milhões de libras). O número de pacotes, obviamente, perfaz muitos milhões por ano.
Enquanto os pacotes têxteis foram largamente ultrapassados por outros materiais, a serapilheira e o algodão ainda são usados para produzir sacos para sementes, cereais e produtos granulados. Para a exportação de produtos mais sensíveis à humidade, como o açúcar, o tecido pode ser laminado a polietileno (PE) para ter propriedades de barreira adicionais, mas o mais provável é ser usado com um forro.
Mais recentemente, as escolhas dos materiais têm aumentado, incluindo os não-tecidos, onde as fibras de plástico são comprimidas e unidas, num processo semelhante ao da calandragem. Outro desenvolvimento recente é o uso de fios de plástico, especialmente de polipropileno (PP), para sacos flexíveis gigantes, que têm as dimensões das paletes, mas variam em altura de 30,5 cm (12 in) até cerca de 183 cm (6 ft) com capacidades até 2722 kg (6000 lb). Com forma rectilínea ou tubular, os grandes pacotes podem ter tanto um topo aberto ou fechado, equipados com um bico de enchimento cosido. O fundo pode ser sólido e é cortado para retirar o produto ou equipado com um bico de descarga cosido ou mesmo uma tampa inferior que se abre totalmente, fechada com laços. Os laços no topo possibilitam o transporte nos garfos das empilhadoras. Se forem transportados e movimentados correctamente, os grandes pacotes podem ficar em pé sozinhos e ser armazenados nas prateleiras de um armazém.
A estrutura do pacote pode ser poroso, revestido ou forrado com película, em função das exigências da barreira. Alguns modelos têm forros removíveis de película, resistentes, que podem conter líquidos. Dependendo do produto para o qual são usados e da natureza dos forros, os sacos podem ser reutilizáveis. No entanto, a maioria são embalagens sem retorno que ocupam menos espaço nas áreas de disposição, em comparação com as embalagens rígidas. Apesar de relativamente recente, os sacos de grande dimensão já são usados para uma grande variedade de alimentos, químicos e produtos farmacêuticos e o negócio está a crescer mais de 20 por cento ao ano, de acordo com os fornecedores.