A função principal das tampas é evitar a perda do produto e dos ingredientes principais e proporcionar uma barreira de forma que não haja contacto do conteúdo da embalagem com gases, vapor de água e outros contaminantes (Nairn et al., 2009, p. 269-272). Existem dois métodos de vedação: os sujeitos a fricção, como por exemplo, as rolhas e os fechos com efeito de rosca. Uma vedação adequada depende do tipo de produto, fecho, recipiente, selagem desejada, resistência do revestimento, uniformidade da superfície a vedar e tensão ou binário com que é fechada a tampa. O método utilizado com maior frequência é o da rosca.
Ao longo dos tempos, a selecção de tampas para fechar embalagens divide-se em dois períodos: o das rolhas de cortiça e o das tampas de rosca. A rolha de cortiça começou a ser utilizada há cerca de 25 séculos, sendo mais utilizada até aos meados do século XIX para vedar embalagens de alimentos, bebidas e medicamentos através de fricção. A cortiça é um material compressível, elástico, muito impermeável ao ar e água, e com baixa condutividade térmica. São encontrados antecedentes da rolha de cortiça, no tempo do Império Romano. Num outro período de tempo, após a Revolução Industrial, procurou-se utilizar materiais com maior sofisticação técnica. Para tal e com recurso à energia eléctrica, foi possível produzir materiais mais complexos em menos tempo.
Existem duas maneiras de controlar o acesso ao produto: tampas invioláveis e com protecção para as crianças. As tampas das invioláveis, podem ser metálicas ou de plástico, ou até uma combinação das duas. Podem ser quebradas de modo a abrir a embalagem; podem ser removidas parcialmente, ficando a parte inviolável no gargalo da garrafa; ou ter um botão de detecção de vácuo. Outras tampas invioláveis são as folhas de papel, metálicas ou selagens de plástico na boca do recipiente. As embalagens com protecção para as crianças de idade inferior a cinco anos, baseiam-se em mecanismos envolvendo capacidades motoras superiores às das crianças.
Através dos fechos dos recipientes é feita uma parte da comunicação dos produtos, uma vez que oferecem boa posição de visibilidade. A comunicação pode ser efectuada através de aspectos estéticos, tipográficos e também através de símbolos gráficos. A forma, a textura da superfície e a cor são três aspectos importantes a ser considerados no sector estético da embalagem, uma vez que o design da embalagem contribui para publicitar o produto. No sector tipográfico da embalagem é disponibilizada informação relacionada com a identificação da marca, composição de ingredientes e algumas recomendações ao consumidor. Este tipo de informação pode ser impressa, estampada ou moldada no recipiente. A informação que surge através de símbolos gráficos realça o logótipo da marca ou do produto. Podem também ser encontradas setas de orientação de como manusear as embalagens. O código de barras de leitura óptica é um exemplo de informação gráfica.
Segundo Morris et al. (2009, p. 1089), a vedação das embalagens flexíveis e semi-rigidas ocorre por transferência de calor, e podem ser utilizadas resinas termoplásticas durante o seu fabrico. O processo implica a aplicação de uma fonte de calor sujeita a uma dada pressão durante um determinado tempo de forma a originar migração de moléculas de uma superfície para a outra permitindo a união das mesmas.