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O reconhecimento óptico de caracteres, optical character recognition (OCR), é a tecnologia que permite converter imagens digitalizadas, marcas, caracteres, ilustrações ou textos manuscritos, para um formato digital perceptível pelo computador, como é o código ASCII, representado na Figura 1 (Tanchoco, [2000]c). Segundo Tompkins et al. (2003, p. 283), os sistemas de reconhecimento óptico de caracteres têm a capacidade de identificar e interpretar os códigos alfanuméricos, para que os seus utilizadores possam consultar a informação guardada nos dados.

Figura 1 - Caracteres do código ASCII.

Tal como os códigos de barras, as etiquetas de reconhecimento óptico de caracteres são identificadas através de scanners portáteis (Tompkins et al., 2003, p. 283). Os scanners de reconhecimento óptico de caracteres (ver Figura 1 e Figura 2), têm a capacidade de converter textos impressos em imagens bitmap, enquanto que o programa de reconhecimento óptico de caracteres permite converter as imagens bitmap, em ficheiros digitais compostos por caracteres ASCII (Tanchoco, [2000]c). Estes ficheiros digitais são, posteriormente, importados para processadores de texto, bases de dados ou aplicações de processamento gráfico. Este equipamento serve de apoio de arquivo de documentos impressos, em papel.

Comparando com as outras tecnologias de identificação e reconhecimento automático, o reconhecimento óptico de caracteres permite:

  • Combinar dados de entrada no sistema;
  • Reduzir possíveis erros do operador na inserção de dados;
  • Diminuir o tempo de processamento de inserção de dados;
  • A leitura dos dados por parte dos utilizadores;
  • Capacidade de corrigir processos de digitalização.

A leitura dos sistemas de reconhecimento óptico de caracteres é mais lenta, que os sistemas de identificação de codificação por barras (Tompkins et al., 2003, p. 283). Comparando com outra tecnologia de identificação automática de dados - o código de barras, o reconhecimento óptico de caracteres é mais adequado em aplicações de entrada de dados que possuem grandes quantidades de caracteres, como é o caso do processamento de texto e de pagamentos, onde é necessário inserir informações, como o montante, data e nome de quem efectua o pagamento, no sistema (Tanchoco , [2000c]). Além disso, estes equipamentos permitem armazenar mais informação; seis vezes mais que os códigos de barras. Todavia, o código de barras é aplicado em processos repetitivos de identificação de itens, que possuem pouca informação.

Segundo Tompkins et al. (2003, p. 283), a falta de rigor no controlo da impressão de caracteres influenciava o desempenho dos sistemas de reconhecimento óptico de caracteres e, portanto, estes sistemas não cumpriam com o objectivo pretendido. Um pequeno problema que acontece durante a impressão dos caracteres, como uma mancha de tinha ou um carácter não impresso, pode tornar a etiqueta ilegível.