Logística/Sistemas de distribuição/Tamanho da frota

Introdução

Num contexto de variabilidade na quantidade de procura dos clientes num determinado ciclo de tempo, os distribuidores que operam frotas de veículos precisam de decidir não só qual o número e a capacidade dos veículos a ter em frota própria, bem como qual o número e a capacidade dos veículos a contratar numa base <<ad hoc>>. Normalmente, com a procura dos clientes a variar de dia para dia, o ciclo de encomendas é de uma semana. No entanto, em alguns sistemas de distribuição onde as entregas são feitas semanalmente, o ciclo pode 'arrastar-se' até vários meses, ou mesmo um ano.

Neste artigo, de acordo com os pressupostos iniciais inerentes aos veículos disponíveis para fazer parte da frota, são consideradas duas facetas do problema geral de encontrar o tamanho ideal da frota.

Todos os veículos pressupõem-se ter a mesma capacidade predeterminada na análise no primeiro problema. Para encontrar o tamanho ideal da frota, neste contexto, é então efectuada a minimização dos custos totais, fixos e variáveis, dos veículos próprios e dos contratados. De modo a determinar a capacidade do veículo pode-se recorrer, por exemplo, à derivação do custo mínimo total de entrega para diferentes valores de capacidade do veículo, escolhendo aquele que produzir a capacidade de <<minimorum>> mínima. Existem, no entanto, aquando da escolha da capacidade do veículo, outras considerações a ter em conta, tais como dificuldades no acesso aos clientes devido a portões ou estradas estreitas, a natureza do produto em distribuição, entre outros. Deste modo, pode-se frequentemente isolar, como uma questão separada, a decisão relativa à capacidade dos veículos da frota.


Pressupostos e objectivos

A solução ideal para o número de veículos, e suas rotas, necessários para abastecer os clientes deve variar de período para período, caso o número de clientes e respectiva procura variar também de período para período (ver exemplo da Figura X). Mesmo para determinado período, tal como é exemplificado na Tabela X e na Figura Y, a solução ideal para o número de veículos necessários não significa ser a solução para minimizar a quilometragem total. Neste último exemplo verifica-se que a distância em linha recta total das rotas óptimas é menor para 3 veículos (distância total de 263, tal como exemplificado na Figura Yb), apesar de 2 veículos (distância total de 337, tal como exemplificado na Figura Ya) serem suficientes para satisfazer a procura. A adição de um 4º veículo por sua vez já não irá reduzir a distância, mas na verdade aumentar a mesma.


Referência EILON, Samuel; WATSON-GANDY, C. D. T.; CHRISTOFIDES, Nicos - Distribution Management: Mathematical Modelling and Pratical Analysis. Londres: Griffin, 1971. ISBN 978-0-85264-191-0