A cultura nepalesa é muito influenciada pela cultura indiana. Oitenta por cento dos nepaleses seguem a religião hindu. As principais festas populares nepalesas são cultos em homenagem a divindades hindus, como as festas de Tihar (em honra à deusa hindu Laxmi) e Dashain (em homenagem à deusa hindu Durga)[1]. A culinária nepalesa também segue a Índia: pratos típicos indianos como o dal (sopa de lentilhas) e o frango ao curry são comuns. Existe uma minoria budista expressiva, constituída por dez por cento da população. Eles se concentram no norte do país e compartilham algumas festas com os hindus, como a celebração em honra ao deus Vixnu.

Menino nepalês em frente a altar de Laxmi, na festa de Tihar
Dal

O fundador do budismo, Buda, é tido como uma das encarnações de Vixnu, o deus hindu da conservação. A proximidade com a Índia gera uma minoria de aproximadamente quatro por cento de muçulmanos. A população quirate pratica sua própria religião, o mundhun. A língua oficial do país é o nepalês, língua do tronco indo-europeu. Porém idiomas dos países vizinhos, como o maitili, o bojpuri (ambos da Índia), o tibetano e o dzongca (idioma do Butão) também são falados[2]. A população vive basicamente no campo, o que contribui para a preservação das tradições nepalesas, pois, tradicionalmente, as populações rurais são mais conservadoras que as populações urbanas. O Nepal é constituído por uma grande diversidade de grupos étnicos. Um dos mais característicos é o dos gurcas, povo mongol famoso por suas virtudes guerreiras. Os gurcas até hoje formam regimentos especiais nos exércitos britânico e indiano. Sua arma tradicional é o cucri, uma faca curva[3].

No final do século 20, a monja budista nepalesa Ani Choying Drolma ganhou notoriedade mundial ao cantar canções budistas e denunciar a opressão das mulheres na machista sociedade nepalesa tradicional[4].

Referências