Os Países Baixos possuem elementos culturais bem característicos e associados imediatamente ao país, como:

Loja de tamancos de madeira em Amsterdã
Moças usando tamancos de madeira na ilha Marken, na Holanda do Norte, na virada do século XIX para o XX
Bomba d'água eólica do século XVI no dique Kinder, na província da Holanda do Sul
  • tamancos de madeira. Em neerlandês, klonpen. Foram desenvolvidos como uma eficiente proteção contra o clima frio e úmido e contra o terreno originalmente pantanoso do país. Sapatos de couro ou de pano não resistiriam a essas condições naturais[1].
  • bombas d'água movidas a vento. Eram usadas, antigamente, para drenar os terrenos alagados cercados pelos diques, através de parafusos de arquimedes que puxavam, por meio mecânico, a água para fora dos terrenos alagados. A partir da década de 1970, a mesma função passou a ser realizada por bombas elétricas. Porém as bombas movidas a vento permaneceram como um símbolo nacional dos Países Baixos.
  • chapéus femininos brancos e pontudos com abas triangulares.
  • cultivo de tulipas. A tulipa (Tulipa sp.) é a flor nacional do país, embora não seja nativa, pois é originária da Turquia, de onde foi trazida em 1560 pelo naturalista suíço Conrad von Gesnere[2].

O país possui duas línguas oficiais: o neerlandês e o frísio, sendo que este último só é falado na província da Frísia. Na porção americana do país, são falados, além do neerlandês, o inglês e o papiamento. O papiamento é uma língua caribenha derivada do português que era falado pelos escravos importados das colônias portuguesas no Brasil e na África.

A religião predominante no país é o cristianismo, dividido igualmente entre católicos e protestantes. É grande a proporção de neerlandeses sem religião (aproximadamente trinta por cento).

O alimento básico da cozinha neerlandesa é a batata, que é acompanhada geralmente por carne e vegetais. As cidades de Edam, na Holanda do Norte e de Gouda, na Holanda do Sul, são famosas pelos seus queijos. Também são típicos a panqueca (pannenkoek) e o melado de maçã (appelstroop), que é usado como cobertura das panquecas[3].

O esporte mais popular no país é o futebol, seguido pela patinação no gelo (nas modalidades artística e de velocidade) e pelo tênis[4]. A bicicleta é um popular meio de transporte no país.

O país é famoso pelos seus grandes pintores. Nos séculos XV e XVI, destacou-se Hieronymus Bosch, com quadros fortemente influenciados pela religiosidade gótica. No século XVI, destacou-se Pieter Bruegel, o Velho, famoso pelos seus quadros retratando a vida no campo. Apesar de ter nascido na cidade neerlandesa de Breda, Bruegel passou grande parte de sua vida nas cidades flamengas de Antuérpia e Bruxelas, razão pela qual muitos historiadores da arte o consideram um pintor flamengo. No século XVII, destacaram-se os pintores do estilo barroco: Rembrandt, Vermeer, Franz Post, Albert Eckhout e Jan Steen. No século XIX, surgiu Van Gogh e sua pintura pós-impressionista. No século XX, destacou-se Mondrian e sua pintura modernista.

No campo da filosofia, destacou-se Bento de Espinoza, filósofo do século XVII defensor do racionalismo e que teve, como sua maior obra, a Ética, de 1677.

Na literatura, destacou-se Erasmo de Roterdã, que viveu nos séculos XV e XVI e que defendeu a reforma do cristianismo de sua época. Sua maior obra foi Elogio da loucura, escrita em 1509.

O país desenvolve, desde 1972, uma política de tolerância ao uso da maconha. Tal política tem o objetivo de diminuir o consumo de drogas mais daninhas, como a cocaína, o LSD, o ópio, a heroína, as anfetaminas e o ecstasy[5].

A prostituição é legalizada no país[6]. Uma das principais atrações turísticas de Amsterdã é o Distrito da Luz Vermelha, que é um bairro especializado em prostituição, shows eróticos e sex shops[7].

Como a porção europeia do país situa-se na foz de vários rios, as cidades costumam ser cortadas por muitos canais, os quais são intensamente utilizados como vias de transporte pela população. Amsterdã é conhecida, por este fato, como a "Veneza do Norte". Amsterdã também é a capital do país, segundo a constituição neerlandesa. Porém os principais órgãos do poder situam-se em Haia.

O país é uma monarquia, embora o rei (atualmente, rainha Beatriz) detenha poderes limitados, como o de servir de árbitro neutro entre os partidos políticos.

Uma das festas populares mais celebradas pelos neerlandeses é a noite de São Nicolau no dia 5 de dezembro. Nessa noite, os pais costumam deixar doces e presentes nos sapatos que as crianças deixam ao pé da lareira ou na porta de casa. Segundo a tradição, os presentes teriam sido deixados por São Nicolau, um velhinho com longas barbas brancas que percorre o país acompanhado de seu pequeno ajudante, um negro chamado Pedro Negro (em neerlandês, Zwarte Piet). A celebração de São Nicolau (em neerlandês, Sinterklaas) teria sido a principal fonte de inspiração para a criação do Papai Noel estadunidense (em inglês, Santa Claus).

Referências