Pedras preciosas/Conclusão

Por milênios, as pedras preciosas vêm sendo símbolo de riqueza, poder e prestígio. Adornam coroas de reis e rainhas, servem como reserva de valor para cidadãos abastados, compõe o patrimônio de famílias reais e embelezam colos, rostos e mãos de mulheres.

Globo, coroa e cetro pertencentes ao tesouro imperial austríaco
Pintura de E. Lenepveu de 1889 retratando a coroação do rei Carlos II da França
Mulher com joias laranjas

Mesmo na religião, o território espiritual por excelência, estes objetos materiais têm lugar destacado: a Bíblia informa que os antigos sacerdotes hebreus deveriam usar roupas cravejadas de pedras preciosas (sárdio, topázio, esmeralda, carbúnculo, safira, diamante, jacinto, ágata, ametista, berilo, ônix e jaspe)[1], o livro de Jó diz que a sabedoria é mais preciosa que a safira, o ônix e o topázio[2] e o budismo define seus três bens mais preciosos como "as três joias do budismo" (o Buda, a doutrina budista e a comunidade de monges budistas).[3]

Estampa de Nossa Senhora de Guadalupe, escola cusquenha, século XVIII
Símbolo das três joias do budismo

Hoje em dia, grande parte das joias já pode ser fabricada artificialmente. Ainda assim, permanece o encanto e a mística das gemas naturais, como atemporal símbolo de riqueza, beleza e harmonia. O que motiva paradoxalmente guerras na luta por sua posse, como ocorre atualmente na região do Congo. A questão da violência por trás da exploração de pedras preciosas é abordada no filme estadunidense Blood Diamond ("Diamante de sangue"), de 2006[4].

Mineração de diamantes em Serra Leoa, o cenário retratado no filme Blood diamond
Crianças-soldados congolesas

Referências

  1. A Bíblia de Jerusalém. São Paulo: Edições Paulinas, 1981. pp.108
  2. A Bíblia de Jerusalém. São Paulo: Edições Paulinas, 1981. pp.626-627
  3. http://www.shurendo.org/budismoshin/kikyoshiki/astresjoiasdobudismo.htm
  4. http://www.adorocinema.com/filmes/diamante-de-sangue/