Português para estrangeiros/Modo indicativo (parte 2)

Modo indicativo - parte 2 (Indicative mood - part 2)
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Nesta página veremos os demais tempos do modo indicativo. Relembrando:
  • Modo indicativo - exprime uma simples ação;
  • Modo subjuntivo - indica hipótese, dúvida;
  • Modo imperativo - indica uma ordem;
  • Formas nominais - formam tempos compostos.
Os tempos verbais do modo indicativo que já estudamos foram o pretérito imperfeito, o presente e o futuro do presente. Os tempos que estudaremos agora são o pretérito perfeito, o pretérito mais-que-perfeito e o futuro do pretérito. Esses tempos apresentam as mesmas características dos tempos que já estudamos, exceto o futuro do pretérito, este tempo forma as frases subjuntivas e pode também, em alguns casos, formar frases indicativas. Relembrando:
  • Frases indicativas afirmativas - Indicam uma realidade ou irrealidade;
  • Frases indicativas interrogativas completas - Perguntam da realidade ou irrealidade;
  • Frases indicativas interrogativas incompletas - Perguntam sobre a realidade ou irrealidade;
  • Frases subjuntivas - Dizem de uma possibilidade;
  • Frases subjuntivas interrogativas - Questionam sobre uma possibilidade.
Acontece que estas frases necessitam de uma conjunção subordinativa, que são diferentes das coordenativas. Primeiramente, nesta página, aprenderemos os tempos simples, que utilizam frases indicativas (as que estamos acostumados a ver até aqui), e depois, e depois os tempos simples conjuncionais, que utilizam as frases subjuntivas.
Pretérito perfeito
Diferente do pretérito imperfeito, este tempo exprime algo completo, que se sabe quando começou e acabou. Com o advérbio sempre, se equivale ao pretérito imperfeito. Veja a conjugação deste tempo, abaixo, exemplos de cada etapa da formação (verbos parar, viver e abrir):
  • A primeira pessoa do singular é formada com o acréscimo da desinência ao radical:
-ar: + ei (parei)
-er: + i (vivi)
-ir: + i (abri)
  • A terceira pessoa do singular é também formada com o acréscimo da desinência ao radical:
-ar: + ou (parou)
-er: + eu (viveu)
-ir: + iu (abriu)
  • As demais pessoas são formadas com o acrescento da desinência ao tema, sem alteração da vogal temática:
2ª pessoa do singular: + ste (paraste, viveste, abriste)
1ª pessoa do plural: + mos (paramos, vivemos, abrimos)
2ª pessoa do plural: + stes (parastes, vivestes, abriram)
3ª pessoa do plural: + ram (parastes, vivestes, abriram)
Pretérito mais-que-perfeito
Seu sentido é idêntico ao do pretérito perfeito, porém, a ação iniciou-se e terminou em um passado mais distante que a do perfeito. Por muitos falantes é considerado um tempo formal:
  • Após o tema acrescenta-se a desinência, não havendo mudança da vogal temática. Na primeira e segunda pessoa do plural há acento agudo sobre a vogal temática nas conjugações -ar e -ir, na conjugação -er o acento será o circunflexo:
1ª e 3ª pessoa do singular: + ra (parara, vivera, abrira)
2ª pessoa do singular: + ras (pararas, viveras, abriras)
1ª pessoa do plural: + ramos (paráramos, vivêramos, abríramos)
2ª pessoa do plural: + reis (paráreis, vivêreis, abríreis)
3ª pessoa do plural: + ram (pararam, viveram, abriram)
Futuro do pretérito
Como já dissemos antes, este tempo é utilizado para formar frases subjuntivas, este é o verbo da oração principal. Nas frases indicativas ele é o verbo da oração subordinada. Veja que sua formação é tão simples quanto à do futuro do presente:
  • Após o infinitivo impessoal acrescenta-se a desinência:
1ª e 3ª pessoa do singular: + ia (pararia, viveria, abriria)
2ª pessoa do singular: + ias (pararias, viverias, abririas)
1ª pessoa do plural: + íamos (pararíamos, viveríamos, abriíamos)
2ª pessoa do plural: + íeis (pararíeis, viveríeis, abriríeis)
3ª pessoa do plural: + iam (parariam, viveriam, abririam)
Agora veremos como se formam as frases em que o futuro do pretérito é utilizado:
  • Frase indicativa: é a frase formada por dois advérbios de tempo, um para o passado e outro para o futuro:
Eu falei ontem que amanhã eu iria à sua casa .
Nestas frases vemos a presença do pretérito perfeito (pode ser qualquer pretérito, desde que o advérbio possua mesma significação que o tempo verbal, indicando rotina, perfeição, etc), falei, e do futuro do pretérito, iria. Note que a oração é objetiva direta, e o verbo falar, direto. Veja que os advérbios possuem mesma semântica de perfeição (utilizou-se o pretérito perfeito porque sabe-se quando a ação ocorreu, ocorreu ontem. Utiliza-se o futuro do pretérito porque o objeto direto recai sobre um outro tempo verbal, o futuro. Visto que os fatos ocorreram no passado, utiliza-se o futuro do passado, ou seja, o futuro do pretérito. É necessário que a oração seja subordinada porque há um verbo no objeto direto).
  • Frase subjuntiva: é quando o futuro do pretérito perde seu sentido e indica a circunstância de condição. Veja:
Iríamos a pé se não fosse tão longe.
Aqui encontramos o futuro do pretérito, iríamos. As frases subjuntivas são caracterizadas pela presença de um verbo no modo subjuntivo, neste caso, o verbo fosse. A conjunção neste caso é subordinativa adverbial, a conjunção se. Aprenderemos sobre estas frases nas próximas páginas.
Faça exercícos sobre modo indicativo (parte 2) aqui.