Prove-se a lei de corte para a soma em
N
{\displaystyle \mathbb {N} }
:
x
+
a
=
y
+
a
⇒
x
=
y
{\displaystyle x+a=y+a\Rightarrow x=y}
Vamos mostrar que é válido que
s
e
x
,
y
,
a
∈
N
e
x
+
a
=
y
+
a
,
l
o
g
o
x
=
y
{\displaystyle se\;x,y,a\in \mathbb {N} \;e\;x+a=y+a,\;logo\;x=y}
. Fazendo indução sobre a.
Mostrar válido para a = 1, ou seja,
x
+
1
=
y
+
1
⇒
1
s
(
x
)
=
s
(
y
)
⇒
x
=
y
{\displaystyle x+1=y+1\Rightarrow _{1}s(x)=s(y)\Rightarrow x=y}
.
A primeira implicação acima é pela definição de sucessão, e a segunda é pela identidade da sucessão.
Suponhamos válido para a = k, ou seja,
x
+
k
=
y
+
k
⇒
x
=
y
{\displaystyle x+k=y+k\Rightarrow x=y}
.
Mostrar válido para a = k+1:
x
+
k
+
1
=
y
+
k
+
1
⇒
1
s
(
x
+
k
)
=
s
(
y
+
k
)
⇒
2
x
+
k
=
y
+
k
⇒
3
x
=
y
{\displaystyle x+k+1=y+k+1\Rightarrow _{1}s(x+k)=s(y+k)\Rightarrow _{2}x+k=y+k\Rightarrow _{3}x=y}
.
A igualdade 1 pela definição de sucessor, a igualdade 2 é pela identidade da sucessão e a igualdade 3 é pela hipótese de indução ser válida para a=k.
Prove-se a lei de corte para a multiplicação em
N
{\displaystyle \mathbb {N} }
:
x
⋅
a
=
y
⋅
a
⇒
x
=
y
{\displaystyle x\cdot a=y\cdot a\Rightarrow x=y}
Vamos mostrar que é válido que
s
e
x
,
y
,
a
∈
N
e
x
⋅
a
=
y
⋅
a
,
l
o
g
o
x
=
y
{\displaystyle se\;x,y,a\in \mathbb {N} \;e\;x\cdot a=y\cdot a,\;logo\;x=y}
. Fazendo indução sobre a.
Mostrar válido para a = 1, ou seja,
x
⋅
1
=
y
⋅
1
⇒
x
=
y
{\displaystyle x\cdot 1=y\cdot 1\Rightarrow x=y}
(a implicação é garantida pela definição).
Suponhamos válido para a = k, ou seja,
x
⋅
k
=
y
⋅
k
⇒
x
=
y
{\displaystyle x\cdot k=y\cdot k\Rightarrow x=y}
.
Mostrar válido para a = k+1:
x
⋅
(
k
+
1
)
=
y
⋅
(
k
+
1
)
⇔
1
x
⋅
k
+
x
⋅
1
=
y
⋅
k
+
y
⋅
1
⇔
2
y
⋅
k
+
x
=
y
⋅
k
+
y
⇔
x
=
y
{\displaystyle x\cdot (k+1)=y\cdot (k+1)\Leftrightarrow _{1}x\cdot k+x\cdot 1=y\cdot k+y\cdot 1\Leftrightarrow _{2}y\cdot k+x=y\cdot k+y\Leftrightarrow x=y}
A dupla implicação 1 é garantida pela propriedade distributiva, a dupla implicação 2 é pela hipótese de indução e a dupla implicação 3 é pela lei do corte da soma.
Mostre que nos naturais não existe solução para as equações:
x
+
n
=
n
+
x
=
n
,
n
∈
N
{\displaystyle x+n=n+x=n,n\in \mathbb {N} }
. Isso mostra que em
N
{\displaystyle \mathbb {N} }
não existe o elemento neutro para a soma.
Prova
Vamos analisar a equação:
x
+
n
=
n
{\displaystyle x+n=n}
. Pela lei da tricotomia, x = 1, x > 1 ou x < 1.
Tome x = 1, assim
1
+
n
=
n
⇒
s
(
n
)
=
n
{\displaystyle 1+n=n\Rightarrow s(n)=n}
. Mas, n não pode ser igual ao seu sucessor, logo é absurdo tomarmos x = 1.
Tome x > 1, assim
∃
m
∈
N
,
t
a
l
q
u
e
1
+
m
+
n
=
n
⇒
m
+
s
(
n
)
=
n
⇒
n
>
s
(
n
)
{\displaystyle \exists m\in \mathbb {N} ,tal\;que\;1+m+n=n\Rightarrow m+s(n)=n\Rightarrow n>s(n)}
, absurso n ser maior que o seu sucessor, logo é absurdo tomarmos x > 1.
Tome x < 1, mas não existe número natural menor que 1, logo é absurdo tomarmos x < 1.
Portanto x + n = n não têm solução nos naturais. logo não existe o elemento neutro para a soma.
Teorema: Axioma da adição ou sucessor de uma adição:
∀
m
,
n
∈
N
,
m
+
(
n
+
1
)
=
(
m
+
n
)
+
1
{\displaystyle \forall m,n\in \mathbb {N} ,m+(n+1)=(m+n)+1}
.
Assim vamos fazer indução sobre n em
(
m
+
n
)
+
1
=
n
+
(
n
+
1
)
{\displaystyle (m+n)+1=n+(n+1)}
.
quando n = 1, temos que
∀
m
∈
N
,
(
m
+
1
)
+
1
=
m
+
(
1
+
1
)
⇒
m
+
2
=
m
+
2
{\displaystyle \forall \;m\in \mathbb {N} ,(m+1)+1=m+(1+1)\Rightarrow m+2=m+2}
.
Supomos verdadeira para n = k, ou seja,
(
m
+
k
)
+
1
=
m
+
(
k
+
1
)
,
o
u
s
e
j
a
,
s
(
m
+
k
)
=
m
+
s
(
k
)
{\displaystyle (m+k)+1=m+(k+1),\;ou\;seja,\;s(m+k)=m+s(k)}
.
Queremos provar que é válido para n = k+1, isto é,
(
m
+
(
k
+
1
)
)
+
1
=
m
+
(
(
k
+
1
)
+
1
)
,
o
u
s
e
j
a
,
s
(
m
+
s
(
k
)
)
=
m
+
s
(
s
(
k
)
)
{\displaystyle (m+(k+1))+1=m+((k+1)+1),\;ou\;seja,\;s(m+s(k))=m+s(s(k))}
Por hipótese,
s
(
m
+
k
)
=
m
+
s
(
k
)
{\displaystyle s(m+k)=m+s(k)}
. Pela identidade da sucessão temos que
s
(
m
+
s
(
k
)
)
=
s
(
s
(
m
+
k
)
)
{\displaystyle s(m+s(k))=s(s(m+k))}
.
Mas
s
(
s
(
m
+
k
)
)
=
s
(
(
m
+
k
)
+
1
)
=
(
(
m
+
k
)
+
1
)
+
1
=
(
m
+
(
k
+
1
)
)
+
1
=
(
m
+
s
(
k
)
)
+
1
=
m
+
(
s
(
k
)
+
1
)
=
m
+
s
(
s
(
k
)
)
{\displaystyle s(s(m+k))=s((m+k)+1)=((m+k)+1)+1=(m+(k+1))+1=(m+s(k))+1=m+(s(k)+1)=m+s(s(k))}
.
Logo
s
(
m
+
s
(
k
)
)
=
s
(
s
(
m
+
k
)
)
=
m
+
s
(
s
(
k
)
)
{\displaystyle s(m+s(k))=s(s(m+k))=m+s(s(k))}
Teorema: Associatividade da adição:
∀
m
,
n
,
p
∈
N
,
m
+
(
n
+
p
)
=
(
m
+
n
)
+
p
{\displaystyle \forall m,n,p\in \mathbb {N} ,m+(n+p)=(m+n)+p}
.
Fixemos m,n naturais. Provaremos que é válido para todo p natural. Fazendo indução sobre p, temos:
para p = 1, provamos no teorema acima, isto é, que m + (n+1) = (m+n)+1.
supomos válido para p = k, isto é,
m
+
(
n
+
k
)
=
(
m
+
n
)
+
k
{\displaystyle m+(n+k)=(m+n)+k}
.
Provaremos que é válido para p = k+1, ou seja,
m
+
(
n
+
(
k
+
1
)
)
=
(
m
+
n
)
+
(
k
+
1
)
{\displaystyle m+(n+(k+1))=(m+n)+(k+1)}
.
Assim,
m
+
(
n
+
(
k
+
1
)
)
=
1
m
+
(
(
n
+
k
)
+
1
)
=
2
(
m
+
(
n
+
k
)
)
+
1
=
3
(
(
m
+
n
)
+
k
)
+
1
=
4
(
m
+
n
)
+
(
k
+
1
)
{\displaystyle m+(n+(k+1))=^{1}m+((n+k)+1)=^{2}(m+(n+k))+1=^{3}((m+n)+k)+1=^{4}(m+n)+(k+1)}
.
onde as igualdades 1, 2 e 4 ocorrem pelo axioma da adição e a 3 pela hipótese.
Comutatividade da adição:
∀
m
,
n
∈
N
,
m
+
n
=
n
+
m
{\displaystyle \forall m,n\in \mathbb {N} ,m+n=n+m}
.
Fixemos m natural. Provaremos que é válido para todo n natural. Fazendo indução sobre n, temos:
para n = 1, temos que m + 1 = 1 + m. (m e 1 são comutáveis)
supomos válido para n = k, isto é,
m
+
k
=
k
+
m
{\displaystyle m+k=k+m}
.
Provaremos que é válido para n = k+1, ou seja,
m
+
(
k
+
1
)
=
(
k
+
1
)
+
m
{\displaystyle m+(k+1)=(k+1)+m}
.
Assim,
m
+
(
k
+
1
)
=
1
(
m
+
k
)
+
1
=
2
(
k
+
m
)
+
1
=
3
k
+
(
m
+
1
)
=
4
k
+
(
1
+
m
)
=
5
(
k
+
1
)
+
m
{\displaystyle m+(k+1)=^{1}(m+k)+1=^{2}(k+m)+1=^{3}k+(m+1)=^{4}k+(1+m)=^{5}(k+1)+m}
onde as igualdades 1, 3 e 5 ocorrem pela associatividade da adição, a igualdade 2 ocorre pela hipótese e a igualdade 4 ocorre pelo comuto de 1 e m.
Teorema: Associatividade da multiplicação:
∀
m
,
n
,
p
∈
N
,
m
⋅
(
n
⋅
p
)
=
(
m
⋅
n
)
⋅
p
{\displaystyle \forall m,n,p\in \mathbb {N} ,m\cdot (n\cdot p)=(m\cdot n)\cdot p}
.
Fixemos m,n naturais. Provaremos que é válido para todo p natural. Fazendo indução sobre p, temos:
para p = 1, temos que
m
⋅
(
n
⋅
1
)
=
m
⋅
n
=
(
m
⋅
n
)
⋅
1
{\displaystyle m\cdot (n\cdot 1)=m\cdot n=(m\cdot n)\cdot 1}
. (por definição de multiplicação por 1)
supomos válido para p = k, isto é,
m
⋅
(
n
⋅
k
)
=
(
m
⋅
n
)
⋅
k
{\displaystyle m\cdot (n\cdot k)=(m\cdot n)\cdot k}
.
Provaremos que é válido para p = k+1, ou seja,
m
⋅
(
n
⋅
(
k
+
1
)
)
=
(
m
⋅
n
)
⋅
(
k
+
1
)
{\displaystyle m\cdot (n\cdot (k+1))=(m\cdot n)\cdot (k+1)}
.
Assim,
m
⋅
(
n
⋅
(
k
+
1
)
)
=
1
m
⋅
(
(
n
⋅
k
)
+
n
)
=
2
(
m
⋅
(
n
⋅
k
)
)
+
m
⋅
n
=
3
(
(
m
⋅
n
)
⋅
k
)
+
m
⋅
n
=
4
(
m
⋅
n
)
⋅
(
k
+
1
)
{\displaystyle m\cdot (n\cdot (k+1))=^{1}m\cdot ((n\cdot k)+n)=^{2}(m\cdot (n\cdot k))+m\cdot n=^{3}((m\cdot n)\cdot k)+m\cdot n=^{4}(m\cdot n)\cdot (k+1)}
.
onde as igualdades 1, 2 e 4 ocorre pela distributividade e a igualdade 3 ocorre pela hipótese de indução.
Comutatividade de 1 e m na multiplicação: Para quaisquer
m
∈
N
,
{\displaystyle m\in \mathbb {N} ,}
tem-se que
m
⋅
1
=
1
⋅
m
{\displaystyle m\cdot 1=1\cdot m}
.
Mostraremos por indução sobre m que a relação acima é válida para todo m natural.
Para m = 1, temos Para quaisquer
1
⋅
1
=
1
⋅
1
{\displaystyle 1\cdot 1=1\cdot 1}
, verdadeiro.
Supomos ser válido para m = k, ou seja,
k
⋅
1
=
1
⋅
k
{\displaystyle k\cdot 1=1\cdot k}
.
Provaremos ser válido para m = k + 1:
1
⋅
(
k
+
1
)
=
1
1
⋅
k
+
1
⋅
1
=
2
k
⋅
1
+
1
⋅
1
=
3
(
k
+
1
)
⋅
1
{\displaystyle 1\cdot (k+1)=^{1}1\cdot k+1\cdot 1=^{2}k\cdot 1+1\cdot 1=^{3}(k+1)\cdot 1}
.
onde a igualdade 1 é dada pela definição de multiplicação, a igualdade 2 é devida a hipótese e a igualdade 3 é devida a distributividade dos naturais.
Comutatividade da Multiplicação: Para quaisquer
m
,
n
∈
N
,
{\displaystyle m,n\in \mathbb {N} ,}
tem-se
m
⋅
n
=
n
⋅
m
{\displaystyle m\cdot n=n\cdot m}
.
Fixando m natural, faremos indução sobre n, mostraremos que a relação acima é válida para todo n natural.
para n = 1, temos
m
⋅
1
=
1
⋅
m
{\displaystyle m\cdot 1=1\cdot m}
, que foi verificado ser verdadeiro no axioma anterior.
Supomos válido para n=k, ou seja,
m
⋅
k
=
k
⋅
m
{\displaystyle m\cdot k=k\cdot m}
.
vamos provar que é válido para n=k+1:
m
⋅
(
k
+
1
)
=
1
m
⋅
k
+
m
⋅
1
=
2
k
⋅
m
+
1
⋅
m
=
3
(
k
+
1
)
⋅
m
{\displaystyle m\cdot (k+1)=^{1}m\cdot k+m\cdot 1=^{2}k\cdot m+1\cdot m=^{3}(k+1)\cdot m}
.
onde as igualdades 1 e 3 ocorrem pela definição de multiplicação e a igualdade 2 ocorre pelas hipóteses de indução para quando n=1 e para quando n = k.
Distributividade: Para quaisquer
m
,
n
,
p
∈
N
,
{\displaystyle m,n,p\in \mathbb {N} ,}
tem-se
m
⋅
(
n
+
p
)
=
m
⋅
n
+
m
⋅
p
{\displaystyle m\cdot (n+p)=m\cdot n+m\cdot p}
.
Fixamos m,n como sendo naturais quaisquer e provaremos por indução sobre p. Pela definição é válido para p = 1, isto é,
m
⋅
(
n
+
1
)
=
m
⋅
n
+
m
⋅
1
{\displaystyle m\cdot (n+1)=m\cdot n+m\cdot 1}
.
Supomos válido para p = k, ou seja,
m
⋅
(
n
+
k
)
=
m
⋅
n
+
m
⋅
k
{\displaystyle m\cdot (n+k)=m\cdot n+m\cdot k}
.
Provemos ser válido para n = k+1:
m
⋅
(
n
+
(
k
+
1
)
)
=
1
m
⋅
(
(
n
+
k
)
+
1
)
=
2
m
⋅
(
n
+
k
)
+
m
=
3
(
m
⋅
n
+
m
⋅
k
)
+
m
=
4
m
⋅
n
+
(
m
⋅
k
+
m
⋅
1
)
=
5
m
⋅
n
+
m
⋅
(
k
+
1
)
{\displaystyle m\cdot (n+(k+1))=^{1}m\cdot ((n+k)+1)=^{2}m\cdot (n+k)+m=^{3}(m\cdot n+m\cdot k)+m=^{4}m\cdot n+(m\cdot k+m\cdot 1)=^{5}m\cdot n+m\cdot (k+1)}
.
onde a igualdade 1 ocorre pela definição de adição, as igualdades 2 e 5 ocorrem pela definição de multiplicação, a igualdade 3 pela hipótese e a igualdade 4 pela associatividade da adição.
Mostre que
s
(
p
)
>
p
,
∀
p
∈
N
{\displaystyle s(p)>p,\forall \;p\in \mathbb {N} }
Vamos mostrar por indução sobre n, que
s
(
p
)
>
p
,
∀
p
∈
N
{\displaystyle s(p)>p,\forall \;p\in \mathbb {N} }
Devemos mostrar que é válido para p = 1, ou seja,
s
(
1
)
>
1
{\displaystyle s(1)>1}
. Mas
s
(
1
)
=
2
e
2
>
1
{\displaystyle s(1)=2\;e\;2>1}
.
Suponhamos que é válido para p = k, ou seja,
s
(
k
)
>
k
,
∀
k
∈
N
{\displaystyle s(k)>k,\forall \;k\in \mathbb {N} }
.
Como
k
+
n
=
s
(
k
)
=
k
+
1
⇒
1
s
(
k
+
n
)
=
s
(
k
+
1
)
⇒
2
k
+
n
+
1
=
s
(
k
+
1
)
⇒
3
k
+
1
+
n
=
s
(
k
+
1
)
⇒
4
{\displaystyle k+n=s(k)=k+1\Rightarrow _{1}s(k+n)=s(k+1)\Rightarrow _{2}k+n+1=s(k+1)\Rightarrow _{3}k+1+n=s(k+1)\Rightarrow _{4}}
⇒
4
∃
n
∈
N
,
t
a
l
q
u
e
s
(
k
+
1
)
>
k
+
1.
{\displaystyle \Rightarrow _{4}\exists \;n\in \mathbb {N} ,tal\;que\;s(k+1)>k+1.}
onde a implicação 1 é pela identidade de sucessão, a implicação 2 é pela sucessão de um natural, a implicação 3 é pela comutatidade da adição e a implicação 4 é pela definição de desigualdade.
Mostre que
s
m
+
1
(
p
)
>
s
m
(
p
)
,
∀
m
,
p
∈
N
{\displaystyle s^{m+1}(p)>s^{m}(p),\forall \;m,p\in \mathbb {N} }
Vamos provar por indução sobre m:
Vamos mostrar que é válido para m = 1, ou seja
s
1
+
1
(
p
)
>
s
1
(
p
)
{\displaystyle s^{1+1}(p)>s^{1}(p)}
.
Como
s
(
p
)
>
p
⇒
∃
n
∈
N
,
{\displaystyle s(p)>p\Rightarrow \exists \;n\in \mathbb {N} ,}
tal que
s
(
p
)
=
n
+
p
⇒
s
(
s
(
p
)
)
=
s
(
n
+
p
)
⇒
s
1
+
1
(
p
)
=
n
+
p
+
1
=
n
+
s
(
p
)
⇒
s
2
(
p
)
>
s
1
(
p
)
{\displaystyle s(p)=n+p\Rightarrow s(s(p))=s(n+p)\Rightarrow s^{1+1}(p)=n+p+1=n+s(p)\Rightarrow s^{2}(p)>s^{1}(p)}
Suponha válido para m = k, ou seja,
s
k
+
1
(
p
)
>
s
k
(
p
)
,
∀
k
,
p
∈
N
{\displaystyle s^{k+1}(p)>s^{k}(p),\forall \;k,p\in \mathbb {N} }
Mostrar válido para m = k + 1, ou seja,
s
k
+
2
(
p
)
>
s
k
+
1
(
p
)
,
∀
k
,
p
∈
N
{\displaystyle s^{k+2}(p)>s^{k+1}(p),\forall \;k,p\in \mathbb {N} }
Como
s
k
+
1
(
p
)
>
s
k
(
p
)
⇒
1
∃
n
∈
N
,
t
a
l
q
u
e
s
k
+
1
(
p
)
=
n
+
s
k
(
p
)
⇒
2
s
(
s
k
+
1
(
p
)
)
=
s
(
n
+
s
k
(
p
)
)
⇒
3
{\displaystyle s^{k+1}(p)>s^{k}(p)\Rightarrow _{1}\exists \;n\in \mathbb {N} ,tal\;que\;s^{k+1}(p)=n+s^{k}(p)\Rightarrow _{2}s(s^{k+1}(p))=s(n+s^{k}(p))\Rightarrow _{3}}
⇒
3
s
k
+
1
+
1
(
p
)
=
n
+
s
k
(
p
)
+
1
=
n
+
s
(
s
k
(
p
)
)
⇒
4
s
k
+
2
(
p
)
=
n
+
s
k
+
1
(
p
)
⇒
5
s
k
+
2
(
p
)
>
s
k
+
1
(
p
)
{\displaystyle \Rightarrow _{3}s^{k+1+1}(p)=n+s^{k}(p)+1=n+s(s^{k}(p))\Rightarrow _{4}s^{k+2}(p)=n+s^{k+1}(p)\Rightarrow _{5}s^{k+2}(p)>s^{k+1}(p)}
.
onde as implicações 1 e 5 são pela definição de desigualdade, a implicação 2 pela identidade de sucessão, a implicação 3 é pela definição de sucessor e a implicação 4 é pela definição de k-sucessor.
Mostre que em
N
,
m
⋅
n
=
1
⇒
m
=
n
=
1
{\displaystyle \mathbb {N} ,m\cdot n=1\Rightarrow m=n=1}
Pela tricotomia em m e n, ocorre uma das três "m<1 ou m=1 ou m>1" e uma das três "n<1 ou n=1 ou n>1" .
o caso m <1 e n<1 não é possível, pois 1 é o menor natural.
o caso m > 1 implica que existe k natural, tal que, m=1+k. Assim
m
⋅
n
=
(
1
+
k
)
⋅
n
=
1
⋅
n
+
k
⋅
n
⇒
m
⋅
n
>
k
⋅
n
{\displaystyle m\cdot n=(1+k)\cdot n=1\cdot n+k\cdot n\Rightarrow m\cdot n>k\cdot n}
. Como
k
⋅
n
∈
N
⇒
k
⋅
n
≥
1
⇒
m
⋅
n
>
1.
{\displaystyle k\cdot n\in \mathbb {N} \Rightarrow k\cdot n\geq 1\Rightarrow m\cdot n>1.}
Similarmente
n
>
1
⇒
m
⋅
n
>
1.
{\displaystyle n>1\Rightarrow m\cdot n>1.}
Resta o caso que m=1 e n=1.
Sejam o conjunto
Γ
=
N
×
N
{\displaystyle \Gamma =\mathbb {N} \times \mathbb {N} }
e o conjunto de classes de equivalência
Z
=
{
[
(
m
,
n
)
]
:
(
m
,
n
)
∈
Γ
}
{\displaystyle \mathbb {Z} =\{[(m,n)]:(m,n)\in \Gamma \}}
, onde
(
m
,
n
)
∼
(
p
,
q
)
⟺
m
+
q
=
n
+
p
{\displaystyle (m,n)\sim (p,q)\Longleftrightarrow m+q=n+p}
.
Mostre que as operações binárias:
⊕
:
Z
×
Z
↦
Z
,
o
n
d
e
[
(
m
,
n
)
]
⊕
[
(
p
,
q
)
]
=
[
(
m
+
p
,
n
+
q
)
]
{\displaystyle \oplus :\mathbb {Z} \times \mathbb {Z} \mapsto \mathbb {Z} ,onde\;[(m,n)]\oplus [(p,q)]=[(m+p,n+q)]}
e
⊗
:
Z
×
Z
↦
Z
,
o
n
d
e
[
(
m
,
n
)
]
⊗
[
(
p
,
q
)
]
=
[
(
m
p
+
n
q
,
m
q
+
n
p
)
]
{\displaystyle \otimes :\mathbb {Z} \times \mathbb {Z} \mapsto \mathbb {Z} ,onde\;[(m,n)]\otimes [(p,q)]=[(mp+nq,mq+np)]}
Não dependem do representante da classe, isto é, se
[
(
m
,
n
)
]
=
[
(
m
′
,
n
′
)
]
e
[
(
p
,
q
)
]
=
[
(
p
′
,
q
′
)
]
{\displaystyle [(m,n)]=[(m',n')]\;e\;[(p,q)]=[(p',q')]}
então
[
(
m
,
n
)
]
⊕
[
(
p
,
q
)
]
=
[
(
m
′
,
n
′
)
]
⊕
[
(
p
′
,
q
′
)
]
{\displaystyle [(m,n)]\oplus [(p,q)]=[(m',n')]\oplus [(p',q')]}
e
[
(
m
,
n
)
]
⊗
[
(
p
,
q
)
]
=
[
(
m
′
,
n
′
)
]
⊗
[
(
p
′
,
q
′
)
]
{\displaystyle [(m,n)]\otimes [(p,q)]=[(m',n')]\otimes [(p',q')]}
Prova:
Como
[
(
m
,
n
)
]
=
[
(
m
′
,
n
′
)
]
e
[
(
p
,
q
)
]
=
[
(
p
′
,
q
′
)
]
,
⇔
m
+
n
′
=
n
+
m
′
e
p
+
q
′
=
q
+
p
′
⇔
m
+
n
′
+
p
+
q
′
=
n
+
m
′
+
q
+
p
′
⇔
{\displaystyle [(m,n)]=[(m',n')]\;e\;[(p,q)]=[(p',q')],\Leftrightarrow \;m+n'=n+m'\;e\;p+q'=q+p'\Leftrightarrow m+n'+p+q'=n+m'+q+p'\Leftrightarrow }
⇔
m
+
p
+
n
′
+
q
′
=
n
+
q
+
m
′
+
p
′
⇔
[
(
m
+
p
,
n
+
q
)
]
=
[
(
m
′
+
p
′
,
n
′
+
q
′
)
]
⇔
[
(
m
,
n
)
]
⊕
[
(
p
,
q
)
]
=
[
(
m
′
,
n
′
)
]
⊕
[
(
p
′
,
q
′
)
]
{\displaystyle \Leftrightarrow m+p+n'+q'=n+q+m'+p'\Leftrightarrow [(m+p,n+q)]=[(m'+p',n'+q')]\Leftrightarrow [(m,n)]\oplus [(p,q)]=[(m',n')]\oplus [(p',q')]}
.
Temos que
[
(
m
,
n
)
]
=
[
(
m
′
,
n
′
)
]
e
[
(
p
,
q
)
]
=
[
(
p
′
,
q
′
)
]
,
⇔
m
+
n
′
=
n
+
m
′
e
p
+
q
′
=
q
+
p
′
{\displaystyle [(m,n)]=[(m',n')]\;e\;[(p,q)]=[(p',q')],\Leftrightarrow \;m+n'=n+m'\;e\;p+q'=q+p'}
.
Multiplicando a primeira igualdade por p e q, e a segunda por m' e n':
Teremos que
m
p
+
n
′
p
=
n
p
+
m
′
p
,
m
q
+
n
′
q
=
n
q
+
m
′
q
e
m
′
p
+
m
′
q
′
=
m
′
q
+
m
′
p
′
,
n
′
p
+
n
′
q
′
=
n
′
q
+
n
′
p
′
{\displaystyle mp+n'p=np+m'p,mq+n'q=nq+m'q\;e\;m'p+m'q'=m'q+m'p',n'p+n'q'=n'q+n'p'}
Somando as duas primeiras igualdades com o membro oposto e as duas últimas com o membro oposto.
Teremos que
m
p
+
n
′
p
+
n
q
+
m
′
q
=
n
p
+
m
′
p
+
m
q
+
n
′
q
e
m
′
p
+
m
′
q
′
+
n
′
q
+
n
′
p
′
=
m
′
q
+
m
′
p
′
+
n
′
p
+
n
′
q
′
{\displaystyle mp+n'p+nq+m'q=np+m'p+mq+n'q\;e\;m'p+m'q'+n'q+n'p'=m'q+m'p'+n'p+n'q'}
.
Assim
[
(
m
p
+
n
q
,
n
p
+
m
q
)
]
=
[
(
m
′
p
+
n
′
q
,
n
′
p
+
m
′
q
)
]
=
[
(
m
′
p
+
n
′
q
,
m
′
q
+
n
′
p
)
]
=
[
(
m
′
p
′
+
n
′
q
′
,
m
′
q
′
+
n
′
p
′
)
]
{\displaystyle [(mp+nq,np+mq)]=[(m'p+n'q,n'p+m'q)]=[(m'p+n'q,m'q+n'p)]=[(m'p'+n'q',m'q'+n'p')]}
Logo
[
(
m
q
+
n
p
,
m
p
+
n
q
)
]
=
[
(
m
′
q
′
+
n
′
p
′
,
m
′
p
′
+
n
′
q
′
)
]
⇔
[
(
m
,
n
)
]
⊗
[
(
p
,
q
)
]
=
[
(
m
′
,
n
′
)
]
⊗
[
(
p
′
,
q
′
)
]
{\displaystyle [(mq+np,mp+nq)]=[(m'q'+n'p',m'p'+n'q')]\Leftrightarrow [(m,n)]\otimes [(p,q)]=[(m',n')]\otimes [(p',q')]}
.
Prove a existência do elemento neutro
θ
{\displaystyle \theta }
para a soma
⊕
{\displaystyle \oplus }
em
Z
{\displaystyle \mathbb {Z} }
, isto é,
x
⊕
θ
=
θ
⊕
x
=
x
,
∀
x
∈
Z
{\displaystyle x\oplus \theta =\theta \oplus x=x,\forall \;x\in \mathbb {Z} }
Prova:
Como
x
,
θ
∈
Z
,
l
o
g
o
x
=
[
(
y
,
z
)
]
,
θ
=
[
(
α
,
β
)
]
{\displaystyle x,\theta \in \mathbb {Z} ,logo\;x=[(y,z)],\theta =[(\alpha ,\beta )]}
.
Como
x
⊕
θ
=
[
(
y
,
z
)
]
⊕
[
(
α
,
β
)
]
=
[
(
y
+
α
,
z
+
β
)
]
{\displaystyle x\oplus \theta =[(y,z)]\oplus [(\alpha ,\beta )]=[(y+\alpha ,z+\beta )]}
e
θ
⊕
x
=
[
(
α
,
β
)
]
⊕
[
(
y
,
z
)
]
=
[
(
α
+
y
,
β
+
z
)
]
{\displaystyle \theta \oplus x=[(\alpha ,\beta )]\oplus [(y,z)]=[(\alpha +y,\beta +z)]}
Assim
x
⊕
θ
=
x
⇒
[
(
y
+
α
,
z
+
β
)
]
=
[
(
y
,
z
)
]
⇒
(
y
+
α
,
z
+
β
)
∼
(
y
,
z
)
⇒
y
+
α
+
z
=
z
+
β
+
y
⇒
α
=
β
⇒
θ
=
[
(
α
,
α
)
]
{\displaystyle x\oplus \theta =x\Rightarrow [(y+\alpha ,z+\beta )]=[(y,z)]\Rightarrow (y+\alpha ,z+\beta )\sim (y,z)\Rightarrow y+\alpha +z=z+\beta +y\Rightarrow \alpha =\beta \Rightarrow \theta =[(\alpha ,\alpha )]}
Determine
t
∈
N
{\displaystyle t\in \mathbb {N} }
, tal que
[
(
t
,
1
)
]
=
[
(
α
,
α
)
]
]
⇒
(
t
,
1
)
∼
(
α
,
α
)
⇒
t
+
α
=
1
+
α
⇒
t
=
1
⇒
[
(
1
,
1
)
]
{\displaystyle [(t,1)]=[(\alpha ,\alpha )]]\Rightarrow (t,1)\sim (\alpha ,\alpha )\Rightarrow t+\alpha =1+\alpha \Rightarrow t=1\Rightarrow [(1,1)]}
é o elemento neutro para a soma.
Prove a existência do elemento Neutro
π
{\displaystyle \pi }
para o produto
⊗
e
m
Z
{\displaystyle \otimes \;em\;\mathbb {Z} }
, isto é,
x
⊗
π
=
π
⊗
x
=
x
,
∀
x
∈
Z
{\displaystyle x\otimes \pi =\pi \otimes x=x,\forall \;x\in \mathbb {Z} }
Prova:
Sejam
x
,
π
∈
Z
,
t
a
l
q
u
e
x
=
[
(
y
,
z
)
]
,
π
=
[
(
α
,
β
)
]
{\displaystyle x,\pi \in \mathbb {Z} ,tal\;que\;x=[(y,z)],\pi =[(\alpha ,\beta )]}
.
Façamos
x
⊗
π
=
[
(
y
,
z
)
]
⊗
[
(
α
,
β
)
]
=
[
(
y
⋅
α
+
z
⋅
β
,
y
⋅
β
+
z
⋅
α
)
]
{\displaystyle x\otimes \pi =[(y,z)]\otimes [(\alpha ,\beta )]=[(y\cdot \alpha +z\cdot \beta ,y\cdot \beta +z\cdot \alpha )]}
e
π
⊕
x
=
[
(
α
,
β
)
]
⊗
[
(
y
,
z
)
]
=
[
(
α
⋅
y
+
β
⋅
z
,
α
⋅
z
+
β
⋅
y
)
]
{\displaystyle \pi \oplus x=[(\alpha ,\beta )]\otimes [(y,z)]=[(\alpha \cdot y+\beta \cdot z,\alpha \cdot z+\beta \cdot y)]}
Assim
x
⊗
π
=
x
⇒
[
(
y
⋅
α
+
z
⋅
β
,
y
⋅
β
+
z
⋅
α
)
]
=
[
(
y
,
z
)
]
⇒
(
y
⋅
α
+
z
⋅
β
,
y
⋅
β
+
z
⋅
α
)
∼
(
y
,
z
)
⇒
{\displaystyle x\otimes \pi =x\Rightarrow [(y\cdot \alpha +z\cdot \beta ,y\cdot \beta +z\cdot \alpha )]=[(y,z)]\Rightarrow (y\cdot \alpha +z\cdot \beta ,y\cdot \beta +z\cdot \alpha )\sim (y,z)\Rightarrow }
⇒
y
⋅
α
+
z
⋅
β
+
z
=
y
⋅
β
+
z
⋅
α
+
y
⇒
y
⋅
α
+
z
⋅
(
β
+
1
)
=
y
⋅
(
β
+
1
)
+
z
⋅
α
⇒
α
=
β
+
1
⇒
π
=
[
(
β
+
1
,
β
)
]
{\displaystyle \Rightarrow y\cdot \alpha +z\cdot \beta +z=y\cdot \beta +z\cdot \alpha +y\Rightarrow y\cdot \alpha +z\cdot (\beta +1)=y\cdot (\beta +1)+z\cdot \alpha \Rightarrow \alpha =\beta +1\Rightarrow \pi =[(\beta +1,\beta )]}
Determine t, tal que
[
(
2
,
t
)
]
=
[
(
α
+
1
,
α
)
]
]
⇒
(
2
,
t
)
∼
(
α
+
1
,
α
)
⇒
t
+
α
+
1
=
2
+
α
⇒
t
=
1
⇒
[
(
2
,
1
)
]
{\displaystyle [(2,t)]=[(\alpha +1,\alpha )]]\Rightarrow (2,t)\sim (\alpha +1,\alpha )\Rightarrow t+\alpha +1=2+\alpha \Rightarrow t=1\Rightarrow [(2,1)]}
é o elemento neutro para a multiplicação.
Associativa para a
⊕
e
m
Z
{\displaystyle \oplus \;em\;\mathbb {Z} }
: Sejam
x
,
y
,
z
∈
Z
,
x
⊕
(
y
⊕
z
)
=
(
x
⊕
y
)
⊕
z
{\displaystyle x,y,z\in \mathbb {Z} ,x\oplus (y\oplus z)=(x\oplus y)\oplus z}
Prova:
Sejam
x
=
[
(
a
,
b
)
]
,
y
=
[
(
c
,
d
)
]
,
z
=
[
(
e
,
f
)
]
∈
Z
,
{\displaystyle x=[(a,b)],y=[(c,d)],z=[(e,f)]\in \mathbb {Z} ,}
Assim
x
⊕
(
y
⊕
z
)
=
(
x
⊕
y
)
⊕
z
⇔
[
(
a
,
b
)
]
⊕
(
[
(
c
,
d
)
]
⊕
[
(
e
,
f
)
]
)
=
(
[
a
,
b
]
⊕
[
(
c
,
d
)
]
)
⊕
[
(
e
,
f
)
]
⇔
{\displaystyle x\oplus (y\oplus z)=(x\oplus y)\oplus z\Leftrightarrow [(a,b)]\oplus ([(c,d)]\oplus [(e,f)])=([a,b]\oplus [(c,d)])\oplus [(e,f)]\Leftrightarrow }
⇔
[
(
a
,
b
)
]
⊕
[
(
c
+
e
,
d
+
f
)
]
=
[
(
a
+
c
,
b
+
d
)
]
⊕
[
(
e
,
f
)
]
⇔
[
(
a
+
(
c
+
e
)
,
b
+
(
d
+
f
)
)
]
=
[
(
(
a
+
c
)
+
e
,
(
b
+
d
)
+
f
)
]
⇔
{\displaystyle \Leftrightarrow [(a,b)]\oplus [(c+e,d+f)]=[(a+c,b+d)]\oplus [(e,f)]\Leftrightarrow [(a+(c+e),b+(d+f))]=[((a+c)+e,(b+d)+f)]\Leftrightarrow }
⇔
(
a
+
(
c
+
e
)
,
b
+
(
d
+
f
)
)
]
∼
[
(
(
a
+
c
)
+
e
,
(
b
+
d
)
+
f
)
⇔
a
+
(
c
+
e
)
+
b
+
(
d
+
f
)
=
(
a
+
c
)
+
e
+
(
b
+
d
)
+
f
{\displaystyle \Leftrightarrow (a+(c+e),b+(d+f))]\sim [((a+c)+e,(b+d)+f)\Leftrightarrow a+(c+e)+b+(d+f)=(a+c)+e+(b+d)+f}
.
Como os naturais são associativos para a adição, a soma
⊕
{\displaystyle \oplus }
em Z é associativa.
Associativa para a
⊗
e
m
Z
{\displaystyle \otimes \;em\;\mathbb {Z} }
: Sejam
x
,
y
,
z
∈
Z
,
x
⊗
(
y
⊗
z
)
=
(
x
⊗
y
)
⊗
z
{\displaystyle x,y,z\in \mathbb {Z} ,x\otimes (y\otimes z)=(x\otimes y)\otimes z}
Prova:
Sejam
x
=
[
(
a
,
b
)
]
,
y
=
[
(
c
,
d
)
]
,
z
=
[
(
e
,
f
)
]
∈
Z
,
{\displaystyle x=[(a,b)],y=[(c,d)],z=[(e,f)]\in \mathbb {Z} ,}
Assim
x
⊗
(
y
⊗
z
)
=
(
x
⊗
y
)
⊗
z
⇔
[
(
a
,
b
)
]
⊗
(
[
(
c
,
d
)
]
⊗
[
(
e
,
f
)
]
)
=
(
[
a
,
b
]
⊗
[
(
c
,
d
)
]
)
⊗
[
(
e
,
f
)
]
⇔
{\displaystyle x\otimes (y\otimes z)=(x\otimes y)\otimes z\Leftrightarrow [(a,b)]\otimes ([(c,d)]\otimes [(e,f)])=([a,b]\otimes [(c,d)])\otimes [(e,f)]\Leftrightarrow }
⇔
[
(
a
,
b
)
]
⊗
[
(
c
e
+
d
f
,
c
f
+
d
e
)
]
=
[
(
a
c
+
b
d
,
a
d
+
b
c
)
]
⊗
[
(
e
,
f
)
]
⇔
{\displaystyle \Leftrightarrow [(a,b)]\otimes [(ce+df,cf+de)]=[(ac+bd,ad+bc)]\otimes [(e,f)]\Leftrightarrow }
⇔
[
(
a
(
c
e
+
d
f
)
+
b
(
c
f
+
d
e
)
,
a
(
c
f
+
d
e
)
+
b
(
c
e
+
d
f
)
)
]
=
[
(
(
a
c
+
b
d
)
e
+
(
a
d
+
b
c
)
f
,
(
a
c
+
b
d
)
f
+
(
a
d
+
b
c
)
e
)
]
⇔
{\displaystyle \Leftrightarrow [(a(ce+df)+b(cf+de),a(cf+de)+b(ce+df))]=[((ac+bd)e+(ad+bc)f,(ac+bd)f+(ad+bc)e)]\Leftrightarrow }
⇔
(
a
(
c
e
+
d
f
)
+
b
(
c
f
+
d
e
)
,
a
(
c
f
+
d
e
)
+
b
(
c
e
+
d
f
)
)
∼
(
(
a
c
+
b
d
)
e
+
(
a
d
+
b
c
)
f
,
(
a
c
+
b
d
)
f
+
(
a
d
+
b
c
)
e
)
⇔
{\displaystyle \Leftrightarrow (a(ce+df)+b(cf+de),a(cf+de)+b(ce+df))\sim ((ac+bd)e+(ad+bc)f,(ac+bd)f+(ad+bc)e)\Leftrightarrow }
⇔
a
(
c
e
+
d
f
)
+
b
(
c
f
+
d
e
)
+
(
a
c
+
b
d
)
f
+
(
a
d
+
b
c
)
e
=
a
(
c
f
+
d
e
)
+
b
(
c
e
+
d
f
)
+
(
a
c
+
b
d
)
e
+
(
a
d
+
b
c
)
f
⇔
{\displaystyle \Leftrightarrow a(ce+df)+b(cf+de)+(ac+bd)f+(ad+bc)e=a(cf+de)+b(ce+df)+(ac+bd)e+(ad+bc)f\Leftrightarrow }
⇔
a
c
e
+
a
d
f
+
b
c
f
+
b
d
e
+
a
c
f
+
b
d
f
+
a
d
e
+
b
c
e
=
a
c
f
+
a
d
e
+
b
c
e
+
b
d
f
+
a
c
e
+
b
d
e
+
a
d
f
+
b
c
f
{\displaystyle \Leftrightarrow ace+adf+bcf+bde+acf+bdf+ade+bce=acf+ade+bce+bdf+ace+bde+adf+bcf}
Como os naturais são associativos para a adição e multiplicação, a multiplicação
⊕
{\displaystyle \oplus }
em Z é associativa.
Comutativa para a
⊕
e
m
Z
{\displaystyle \oplus \;em\;\mathbb {Z} }
:
x
⊕
y
=
y
⊕
x
∈
Z
{\displaystyle x\oplus y=y\oplus x\in \mathbb {Z} }
Prova:
Sejam
x
=
[
(
a
,
b
)
]
,
y
=
[
(
c
,
d
)
]
∈
Z
,
{\displaystyle x=[(a,b)],y=[(c,d)]\in \mathbb {Z} ,}
Assim
x
⊕
y
=
y
⊕
x
⇔
[
(
a
,
b
)
]
⊕
[
(
c
,
d
)
]
=
[
(
c
,
d
)
]
⊕
[
(
a
,
b
)
]
⇔
[
(
a
+
c
,
b
+
d
)
]
=
[
(
c
+
a
,
d
+
b
)
]
⇔
(
a
+
c
,
b
+
d
)
∼
(
c
+
a
,
d
+
b
)
⇔
{\displaystyle x\oplus y=y\oplus x\Leftrightarrow [(a,b)]\oplus [(c,d)]=[(c,d)]\oplus [(a,b)]\Leftrightarrow [(a+c,b+d)]=[(c+a,d+b)]\Leftrightarrow (a+c,b+d)\sim (c+a,d+b)\Leftrightarrow }
⇔
(
a
+
c
)
+
(
d
+
b
)
=
(
c
+
a
)
+
(
b
+
d
)
{\displaystyle \Leftrightarrow (a+c)+(d+b)=(c+a)+(b+d)}
.
Como os naturais são comutativos para a adição, a soma
⊕
{\displaystyle \oplus }
em Z é comutativa.
Comutativa para a
⊗
e
m
Z
{\displaystyle \otimes \;em\;\mathbb {Z} }
:
x
⊗
y
=
y
⊗
x
∈
Z
{\displaystyle x\otimes y=y\otimes x\in \mathbb {Z} }
Prova:
Sejam
x
=
[
(
a
,
b
)
]
,
y
=
[
(
c
,
d
)
]
∈
Z
,
{\displaystyle x=[(a,b)],y=[(c,d)]\in \mathbb {Z} ,}
Assim
x
⊗
y
=
y
⊗
x
⇔
[
(
a
,
b
)
]
⊗
[
(
c
,
d
)
]
=
[
(
c
,
d
)
]
⊗
[
(
a
,
b
)
]
=⇔
[
(
a
c
+
b
d
,
a
d
+
b
c
)
]
=
[
(
c
a
+
d
b
,
c
b
+
d
a
)
]
⇔
{\displaystyle x\otimes y=y\otimes x\Leftrightarrow [(a,b)]\otimes [(c,d)]=[(c,d)]\otimes [(a,b)]=\Leftrightarrow [(ac+bd,ad+bc)]=[(ca+db,cb+da)]\Leftrightarrow }
⇔
(
a
c
+
b
d
,
a
d
+
b
c
)
∼
(
c
a
+
d
b
,
c
b
+
d
a
)
⇔
{\displaystyle \Leftrightarrow (ac+bd,ad+bc)\sim (ca+db,cb+da)\Leftrightarrow }
⇔
(
a
c
+
b
d
)
+
(
c
b
+
d
a
)
=
(
a
d
+
b
c
)
+
(
c
a
+
d
b
)
{\displaystyle \Leftrightarrow (ac+bd)+(cb+da)=(ad+bc)+(ca+db)}
.
Como os naturais são comutativos e associativos para a adição e multiplicação, a multiplicação
⊗
{\displaystyle \otimes }
em Z é comutativa.