Prove-se a lei de corte para a soma em
N
,
x
+
a
=
y
+
a
⇒
x
=
y
{\displaystyle \mathbb {N} ,x+a=y+a\Rightarrow x=y}
Considere
X
=
{
a
∈
N
:
x
+
a
=
y
+
a
⇒
x
=
y
:
∀
x
,
y
∈
N
}
e
P
(
a
)
:
x
+
a
=
y
+
a
⇒
x
=
y
{\displaystyle X=\{a\in \mathbb {N} :x+a=y+a\Rightarrow x=y:\forall \;x,y\in \mathbb {N} \}\;e\;P(a):x+a=y+a\Rightarrow x=y}
.
Mostrar que
P
(
a
)
{\displaystyle P(a)}
ocorre para todo a natural, equivale a mostrar que
X
=
N
{\displaystyle X=\mathbb {N} }
. Para isso usaremos o 4º axioma de Peano, pelo qual diz que se
1
∈
X
e
a
∈
X
⇒
a
+
1
∈
X
,
{\displaystyle 1\in X\;e\;a\in X\Rightarrow a+1\in X,}
logo
X
=
N
{\displaystyle X=\mathbb {N} }
.
Assim, vamos mostrar que
1
∈
X
{\displaystyle 1\in X}
, ou seja, que P(1) é válida. Como
P
(
1
)
:
x
+
1
=
y
+
1
⇒
1
s
(
x
)
=
s
(
y
)
⇒
2
x
=
y
{\displaystyle P(1):x+1=y+1\Rightarrow _{1}s(x)=s(y)\Rightarrow _{2}x=y}
.
A implicação 1 é pela definição de sucessão, e a implicação 2 é pela identidade da sucessão.
Suponhamos que
k
∈
X
{\displaystyle k\in X}
, ou seja,
P
(
k
)
:
x
+
k
=
y
+
k
⇒
x
=
y
{\displaystyle P(k):x+k=y+k\Rightarrow x=y}
é válida.
Devemos mostrar que
k
+
1
∈
X
{\displaystyle k+1\in X}
, ou seja,
P
(
k
+
1
)
:
x
+
k
+
1
=
y
+
k
+
1
⇒
x
=
y
{\displaystyle P(k+1):x+k+1=y+k+1\Rightarrow x=y}
é válida.
Como
P
(
k
+
1
)
:
x
+
k
+
1
=
y
+
k
+
1
⇒
3
s
(
x
+
k
)
=
s
(
y
+
k
)
⇒
4
x
+
k
=
y
+
k
⇒
5
x
=
y
{\displaystyle P(k+1):x+k+1=y+k+1\Rightarrow _{3}s(x+k)=s(y+k)\Rightarrow _{4}x+k=y+k\Rightarrow _{5}x=y}
.
A igualdade 3 pela definição de sucessor, a igualdade 4 é pela identidade da sucessão e a igualdade 5 é pela hipótese de indução ser válida para a=k.
Portanto, pelo 4º axioma de Peano,
X
=
N
{\displaystyle X=\mathbb {N} }
, ou seja, P(a) é válida para todo a natural.
Prove-se a lei de corte para a multiplicação em
N
{\displaystyle \mathbb {N} }
:
x
⋅
a
=
y
⋅
a
⇒
x
=
y
{\displaystyle x\cdot a=y\cdot a\Rightarrow x=y}
Considere
X
=
{
a
∈
N
:
x
⋅
a
=
y
⋅
a
⇒
x
=
y
:
∀
x
,
y
∈
N
}
e
P
(
a
)
:
x
⋅
a
=
y
⋅
a
⇒
x
=
y
{\displaystyle X=\{a\in \mathbb {N} :x\cdot a=y\cdot a\Rightarrow x=y:\forall \;x,y\in \mathbb {N} \}\;e\;P(a):x\cdot a=y\cdot a\Rightarrow x=y}
.
Mostrar que
P
(
a
)
{\displaystyle P(a)}
ocorre para todo a natural, equivale a mostrar que
X
=
N
{\displaystyle X=\mathbb {N} }
. Para isso usaremos o 4º axioma de Peano, pelo qual diz que se
1
∈
X
e
a
∈
X
⇒
a
+
1
∈
X
,
{\displaystyle 1\in X\;e\;a\in X\Rightarrow a+1\in X,}
logo
X
=
N
{\displaystyle X=\mathbb {N} }
.
Assim, vamos mostrar que
1
∈
X
{\displaystyle 1\in X}
, ou seja, que P(1) é válida. Como
P
(
1
)
:
x
⋅
1
=
y
⋅
1
⇒
1
x
=
y
{\displaystyle P(1):x\cdot 1=y\cdot 1\Rightarrow _{1}x=y}
.
A implicação 1 é garantida pela definição de multiplicação.
Vamos supor que
k
∈
X
{\displaystyle k\in X}
, ou seja,
P
(
k
)
:
x
⋅
k
=
y
⋅
k
⇒
x
=
y
{\displaystyle P(k):x\cdot k=y\cdot k\Rightarrow x=y}
é válida.
Devemos mostrar que
k
+
1
∈
X
{\displaystyle k+1\in X}
, ou seja,
P
(
k
+
1
)
:
x
⋅
(
k
+
1
)
=
y
⋅
(
k
+
1
)
⇒
x
=
y
{\displaystyle P(k+1):x\cdot (k+1)=y\cdot (k+1)\Rightarrow x=y}
é válida.
Assim
P
(
k
+
1
)
:
x
⋅
(
k
+
1
)
=
y
⋅
(
k
+
1
)
⇒
2
x
⋅
k
+
x
=
y
⋅
k
+
y
{\displaystyle P(k+1):x\cdot (k+1)=y\cdot (k+1)\Rightarrow _{2}x\cdot k+x=y\cdot k+y}
A implicação 2 é garantida pela propriedade distributiva.
nesse
Portanto, pelo 4º axioma de Peano,
X
=
N
{\displaystyle X=\mathbb {N} }
, ou seja, P(a) é válida para todo a natural.
Mostre que nos naturais não existe solução para as equações:
x
+
n
=
n
+
x
=
n
,
n
∈
N
{\displaystyle x+n=n+x=n,n\in \mathbb {N} }
. Isso mostra que em
N
{\displaystyle \mathbb {N} }
não existe o elemento neutro para a soma.
Prova
Primeiro devemos saber quais as equações que temos:
x
+
n
=
n
+
x
=
n
⇒
x
+
n
=
n
,
n
+
x
=
n
,
x
+
n
=
n
+
x
{\displaystyle x+n=n+x=n\Rightarrow x+n=n,n+x=n,x+n=n+x}
Dizer que uma dessas equações têm solução nos naturais, significa dizer que x pode assumir um valor natural que satisfaça as equações e dizer que não têm solução significa dizer que é absurdo x poder assumir algum valor natural.
Vamos analisar as equações acima, pela lei da tricotomia. Fixando n natural, temos que
x
=
1
,
x
>
1
o
u
x
<
1
{\displaystyle x=1,x>1\;ou\;x<1}
.
Tome
x
=
1
{\displaystyle x=1}
, assim em
n
+
x
=
n
{\displaystyle n+x=n}
, temos que
n
+
1
=
n
⇒
1
s
(
n
)
=
n
{\displaystyle n+1=n\Rightarrow _{1}s(n)=n}
. Mas, n não pode ser igual ao seu sucessor, logo é absurdo tomarmos
x
=
1
{\displaystyle x=1}
.
A implicação 1 é garantida pela definição de sucessão de um número natural.
Tome
x
<
1
{\displaystyle x<1}
, mas não existe número natural menor que 1, logo é absurdo tomarmos
x
<
1
{\displaystyle x<1}
.
Tome
x
>
1
⇒
2
∃
m
∈
N
,
t
a
l
q
u
e
x
=
1
+
m
{\displaystyle x>1\Rightarrow _{2}\exists \;m\in \mathbb {N} ,tal\;que\;x=1+m}
. Aplicando o valor de x na equação:
n
+
x
=
n
{\displaystyle n+x=n}
nos dá
n
+
1
+
m
=
n
⇒
3
s
(
n
)
+
m
=
n
⇒
4
n
>
s
(
n
)
{\displaystyle n+1+m=n\Rightarrow _{3}s(n)+m=n\Rightarrow _{4}n>s(n)}
Mas é absurdo n ser maior que o seu sucessor, logo é absurdo tomarmos x > 1.
A implicação 2 é resultado da definição de desigualdade:
a
>
b
,
s
e
e
s
o
m
e
n
t
e
s
e
,
∃
m
∈
N
,
t
a
l
q
u
e
a
=
b
+
m
{\displaystyle a>b,se\;e\;somente\;se,\exists \;m\in \mathbb {N} ,tal\;que\;a=b+m}
. A implicação 3 é pela definição de sucessor. A implicação 4 é pela definição de desigualdade.
Portanto as equações não têm solução nos naturais, ou seja, não é possível haver um x natural que satisfaça as equações. Logo não existe o elemento neutro para a soma.
Teorema: Axioma da adição ou sucessor de uma adição:
∀
m
,
n
∈
N
,
m
+
(
n
+
1
)
=
(
m
+
n
)
+
1
{\displaystyle \forall m,n\in \mathbb {N} ,m+(n+1)=(m+n)+1}
.
Considere
X
=
{
n
∈
N
:
m
+
(
n
+
1
)
=
(
m
+
n
)
+
1
:
∀
m
∈
N
}
e
P
(
n
)
:
m
+
(
n
+
1
)
=
(
m
+
n
)
+
1
{\displaystyle X=\{n\in \mathbb {N} :m+(n+1)=(m+n)+1:\forall \;m\in \mathbb {N} \}\;e\;P(n):m+(n+1)=(m+n)+1}
.
Mostrar que
P
(
n
)
{\displaystyle P(n)}
ocorre para todo n natural, equivale a mostrar que
X
=
N
{\displaystyle X=\mathbb {N} }
. Para isso usaremos o 4º axioma de Peano, pelo qual diz que se
1
∈
X
e
n
∈
X
⇒
n
+
1
∈
X
,
{\displaystyle 1\in X\;e\;n\in X\Rightarrow n+1\in X,}
logo
X
=
N
{\displaystyle X=\mathbb {N} }
.
Assim, vamos mostrar que
1
∈
X
{\displaystyle 1\in X}
, ou seja, que P(1) é válida. Como
P
(
1
)
:
(
m
+
1
)
+
1
=
m
+
(
1
+
1
)
⇒
1
s
(
m
+
1
)
=
m
+
2
{\displaystyle P(1):(m+1)+1=m+(1+1)\Rightarrow _{1}s(m+1)=m+2}
. A implicação 1 é garantida pela definição de sucessor e a equação resultante é garantida pela definição de sucessor.
Suponhamos que
k
∈
X
{\displaystyle k\in X}
, ou seja, é válido
P
(
k
)
:
(
m
+
k
)
+
1
=
m
+
(
k
+
1
)
⇒
2
s
(
m
+
k
)
=
m
+
s
(
k
)
{\displaystyle P(k):(m+k)+1=m+(k+1)\Rightarrow _{2}s(m+k)=m+s(k)}
.
A implicação 2 é válida pela definição de sucessor.
Devemos mostrar que
k
+
1
∈
X
{\displaystyle k+1\in X}
, ou seja, é válido que
P
(
k
+
1
)
:
(
m
+
(
k
+
1
)
)
+
1
=
m
+
(
(
k
+
1
)
+
1
)
,
o
u
s
e
j
a
,
s
(
m
+
s
(
k
)
)
=
m
+
s
(
s
(
k
)
)
{\displaystyle P(k+1):(m+(k+1))+1=m+((k+1)+1),\;ou\;seja,\;s(m+s(k))=m+s(s(k))}
.
Por hipótese,
s
(
m
+
k
)
=
m
+
s
(
k
)
{\displaystyle s(m+k)=m+s(k)}
. Pela identidade da sucessão temos que
s
(
s
(
m
+
k
)
)
=
s
(
m
+
s
(
k
)
)
{\displaystyle s(s(m+k))=s(m+s(k))}
.
Mas
s
(
s
(
m
+
k
)
)
=
1
s
(
(
m
+
k
)
+
1
)
=
2
(
(
m
+
k
)
+
1
)
+
1
=
3
(
m
+
(
k
+
1
)
)
+
1
=
4
(
m
+
s
(
k
)
)
+
1
=
5
m
+
(
s
(
k
)
+
1
)
=
6
m
+
s
(
s
(
k
)
)
{\displaystyle s(s(m+k))=_{1}s((m+k)+1)=_{2}((m+k)+1)+1=_{3}(m+(k+1))+1=_{4}(m+s(k))+1=_{5}m+(s(k)+1)=_{6}m+s(s(k))}
.
Logo
s
(
m
+
s
(
k
)
)
=
s
(
s
(
m
+
k
)
)
=
m
+
s
(
s
(
k
)
)
{\displaystyle s(m+s(k))=s(s(m+k))=m+s(s(k))}
e portanto
P
(
k
+
1
)
{\displaystyle P(k+1)}
é válido e assim
k
+
1
∈
X
{\displaystyle k+1\in X}
.
onde as igualdades 1,2,4,6 são devido à definição de sucessor, as igualdades 3,5 são pela hipótese de indução.
Logo
s
(
m
+
s
(
k
)
)
=
s
(
s
(
m
+
k
)
)
=
m
+
s
(
s
(
k
)
)
{\displaystyle s(m+s(k))=s(s(m+k))=m+s(s(k))}
Portanto, pelo 4º axioma de Peano,
X
=
N
{\displaystyle X=\mathbb {N} }
, ou seja, P(n) é válida para todo n natural.
Teorema: Associatividade da adição:
∀
m
,
n
,
p
∈
N
,
m
+
(
n
+
p
)
=
(
m
+
n
)
+
p
{\displaystyle \forall m,n,p\in \mathbb {N} ,m+(n+p)=(m+n)+p}
.
Considere
X
=
{
p
∈
N
:
m
+
(
n
+
p
)
=
(
m
+
n
)
+
p
:
∀
m
,
n
∈
N
}
e
P
(
p
)
:
m
+
(
n
+
p
)
=
(
m
+
n
)
+
p
{\displaystyle X=\{p\in \mathbb {N} :m+(n+p)=(m+n)+p:\forall \;m,n\in \mathbb {N} \}\;e\;P(p):m+(n+p)=(m+n)+p}
.
Mostrar que
P
(
p
)
{\displaystyle P(p)}
ocorre para todo p natural, equivale a mostrar que
X
=
N
{\displaystyle X=\mathbb {N} }
. Para isso usaremos o 4º axioma de Peano, pelo qual diz que se
1
∈
X
e
p
∈
X
⇒
p
+
1
∈
X
,
{\displaystyle 1\in X\;e\;p\in X\Rightarrow p+1\in X,}
logo
X
=
N
{\displaystyle X=\mathbb {N} }
.
Fixemos m,n naturais. Assim, vamos mostrar que
1
∈
X
{\displaystyle 1\in X}
, ou seja, que P(1) é válida. Como
P
(
1
)
:
m
+
(
n
+
1
)
=
1
(
m
+
n
)
+
1
{\displaystyle P(1):m+(n+1)=_{1}(m+n)+1}
. A igualdade 1 é válida pelo teorema anterior, "Axioma da adição".
Suponhamos que
k
∈
X
{\displaystyle k\in X}
, ou seja,
P
(
k
)
:
m
+
(
n
+
k
)
=
(
m
+
n
)
+
k
{\displaystyle P(k):m+(n+k)=(m+n)+k}
é válida.
Devemos mostrar que
k
+
1
∈
X
{\displaystyle k+1\in X}
, ou seja,
P
(
k
+
1
)
:
m
+
(
n
+
(
k
+
1
)
)
=
(
m
+
n
)
+
(
k
+
1
)
{\displaystyle P(k+1):m+(n+(k+1))=(m+n)+(k+1)}
é válida.
Como
P
(
k
+
1
)
:
m
+
(
n
+
(
k
+
1
)
)
=
2
m
+
(
(
n
+
k
)
+
1
)
=
3
(
m
+
(
n
+
k
)
)
+
1
=
4
(
(
m
+
n
)
+
k
)
+
1
=
5
(
m
+
n
)
+
(
k
+
1
)
{\displaystyle P(k+1):m+(n+(k+1))=_{2}m+((n+k)+1)=_{3}(m+(n+k))+1=_{4}((m+n)+k)+1=_{5}(m+n)+(k+1)}
.
onde as igualdades 2, 3 e 5 ocorrem pelo axioma da adição e a 4 pela hipótese de indução.
Portanto, pelo 4º axioma de Peano,
X
=
N
{\displaystyle X=\mathbb {N} }
, ou seja, P(p) é válida para todo p natural.
Teorema: Comutatividade da adição:
∀
m
,
n
∈
N
,
m
+
n
=
n
+
m
{\displaystyle \forall m,n\in \mathbb {N} ,m+n=n+m}
.
Considere
X
=
{
n
∈
N
:
m
+
n
=
n
+
m
:
∀
m
∈
N
}
e
P
(
n
)
:
m
+
n
=
n
+
m
{\displaystyle X=\{n\in \mathbb {N} :m+n=n+m:\forall \;m\in \mathbb {N} \}\;e\;P(n):m+n=n+m}
.
Mostrar que
P
(
n
)
{\displaystyle P(n)}
ocorre para todo n natural, equivale a mostrar que
X
=
N
{\displaystyle X=\mathbb {N} }
. Para isso usaremos o 4º axioma de Peano, pelo qual diz que se
1
∈
X
e
n
∈
X
⇒
n
+
1
∈
X
,
{\displaystyle 1\in X\;e\;n\in X\Rightarrow n+1\in X,}
logo
X
=
N
{\displaystyle X=\mathbb {N} }
.
Fixemos m natural. Assim, vamos mostrar que
1
∈
X
{\displaystyle 1\in X}
, ou seja, que P(1) é válida. Como
P
(
1
)
:
m
+
1
=
1
1
+
m
.
{\displaystyle P(1):m+1=_{1}1+m.}
. A igualdade 1 é válida por que m e 1 são comutáveis.
Suponhamos que
k
∈
X
{\displaystyle k\in X}
, ou seja,
P
(
k
)
:
m
+
k
=
k
+
m
{\displaystyle P(k):m+k=k+m}
é válida.
Devemos mostrar que
k
+
1
∈
X
{\displaystyle k+1\in X}
, ou seja,
P
(
k
+
1
)
:
m
+
(
k
+
1
)
=
(
k
+
1
)
+
m
{\displaystyle P(k+1):m+(k+1)=(k+1)+m}
é válida.
Assim,
m
+
(
k
+
1
)
=
2
(
m
+
k
)
+
1
=
3
(
k
+
m
)
+
1
=
4
k
+
(
m
+
1
)
=
5
k
+
(
1
+
m
)
=
6
(
k
+
1
)
+
m
{\displaystyle m+(k+1)=_{2}(m+k)+1=_{3}(k+m)+1=_{4}k+(m+1)=_{5}k+(1+m)=_{6}(k+1)+m}
onde as igualdades 2, 4 e 6 ocorrem pela associatividade da adição, a igualdade 3 ocorre pela hipótese de indução e a igualdade 5 ocorre por 1 e m ser comutáveis.
Portanto, pelo 4º axioma de Peano,
X
=
N
{\displaystyle X=\mathbb {N} }
, ou seja,
P
(
n
)
{\displaystyle P(n)}
é válida para todo n natural.
Teorema: Associatividade da multiplicação:
∀
m
,
n
,
p
∈
N
,
m
⋅
(
n
⋅
p
)
=
(
m
⋅
n
)
⋅
p
{\displaystyle \forall m,n,p\in \mathbb {N} ,m\cdot (n\cdot p)=(m\cdot n)\cdot p}
.
Considere
X
=
{
p
∈
N
:
m
⋅
(
n
⋅
p
)
=
(
m
⋅
n
)
⋅
p
:
∀
m
,
n
∈
N
}
e
P
(
p
)
:
m
⋅
(
n
⋅
p
)
=
(
m
⋅
n
)
⋅
p
{\displaystyle X=\{p\in \mathbb {N} :m\cdot (n\cdot p)=(m\cdot n)\cdot p:\forall \;m,n\in \mathbb {N} \}\;e\;P(p):m\cdot (n\cdot p)=(m\cdot n)\cdot p}
.
Mostrar que
P
(
p
)
{\displaystyle P(p)}
ocorre para todo p natural, equivale a mostrar que
X
=
N
{\displaystyle X=\mathbb {N} }
. Para isso usaremos o 4º axioma de Peano, pelo qual diz que se
1
∈
X
e
p
∈
X
⇒
p
+
1
∈
X
,
{\displaystyle 1\in X\;e\;p\in X\Rightarrow p+1\in X,}
logo
X
=
N
{\displaystyle X=\mathbb {N} }
.
Fixemos m,n naturais. Assim, vamos mostrar que
1
∈
X
{\displaystyle 1\in X}
, ou seja, que P(1) é válida. Como
P
(
1
)
:
m
⋅
(
n
⋅
1
)
=
1
m
⋅
n
=
2
(
m
⋅
n
)
⋅
1
{\displaystyle P(1):m\cdot (n\cdot 1)=_{1}m\cdot n=_{2}(m\cdot n)\cdot 1}
.
As igualdades 1,2 são devidos à definição de multiplicação.
Suponhamos que
k
∈
X
{\displaystyle k\in X}
, ou seja,
P
(
k
)
:
m
⋅
(
n
⋅
k
)
=
(
m
⋅
n
)
⋅
k
{\displaystyle P(k):m\cdot (n\cdot k)=(m\cdot n)\cdot k}
é válida.
Devemos mostrar que
k
+
1
∈
X
{\displaystyle k+1\in X}
, ou seja,
P
(
k
+
1
)
:
m
⋅
(
n
⋅
(
k
+
1
)
)
=
(
m
⋅
n
)
⋅
(
k
+
1
)
{\displaystyle P(k+1):m\cdot (n\cdot (k+1))=(m\cdot n)\cdot (k+1)}
é válida.
Como
P
(
k
+
1
)
:
m
⋅
(
n
⋅
(
k
+
1
)
)
=
3
m
⋅
(
(
n
⋅
k
)
+
n
)
=
4
(
m
⋅
(
n
⋅
k
)
)
+
m
⋅
n
=
5
(
(
m
⋅
n
)
⋅
k
)
+
m
⋅
n
=
6
(
m
⋅
n
)
⋅
(
k
+
1
)
{\displaystyle P(k+1):m\cdot (n\cdot (k+1))=_{3}m\cdot ((n\cdot k)+n)=_{4}(m\cdot (n\cdot k))+m\cdot n=_{5}((m\cdot n)\cdot k)+m\cdot n=_{6}(m\cdot n)\cdot (k+1)}
.
onde as igualdades 3, 4 e 6 ocorre pela distributividade e a igualdade 5 ocorre pela hipótese de indução.
Portanto, pelo 4º axioma de Peano,
X
=
N
{\displaystyle X=\mathbb {N} }
, ou seja,
P
(
p
)
{\displaystyle P(p)}
é válida para todo p natural.
Teorema: Comutatividade de 1 e m na multiplicação: Para quaisquer
m
∈
N
,
{\displaystyle m\in \mathbb {N} ,}
tem-se que
m
⋅
1
=
1
⋅
m
{\displaystyle m\cdot 1=1\cdot m}
.
Considere
X
=
{
m
∈
N
:
m
⋅
1
=
1
⋅
m
}
e
P
(
m
)
:
m
⋅
1
=
1
⋅
m
{\displaystyle X=\{m\in \mathbb {N} :m\cdot 1=1\cdot m\}\;e\;P(m):m\cdot 1=1\cdot m}
.
Mostrar que
P
(
m
)
{\displaystyle P(m)}
ocorre para todo m natural, equivale a mostrar que
X
=
N
{\displaystyle X=\mathbb {N} }
. Para isso usaremos o 4º axioma de Peano, pelo qual diz que se
1
∈
X
e
m
∈
X
⇒
m
+
1
∈
X
,
{\displaystyle 1\in X\;e\;m\in X\Rightarrow m+1\in X,}
logo
X
=
N
{\displaystyle X=\mathbb {N} }
.
Vamos mostrar que
1
∈
X
{\displaystyle 1\in X}
, ou seja, que P(1) é válida. Como
P
(
1
)
:
1
⋅
1
=
1
⋅
1
{\displaystyle P(1):1\cdot 1=1\cdot 1}
. (verdadeiro)
Suponhamos que
k
∈
X
{\displaystyle k\in X}
, ou seja,
P
(
k
)
:
k
⋅
1
=
1
⋅
k
{\displaystyle P(k):k\cdot 1=1\cdot k}
é válida.
Devemos mostrar que
k
+
1
∈
X
{\displaystyle k+1\in X}
, ou seja,
P
(
k
+
1
)
:
1
⋅
(
k
+
1
)
=
(
k
+
1
)
⋅
1
{\displaystyle P(k+1):1\cdot (k+1)=(k+1)\cdot 1}
é válida.
Como
P
k
+
1
:
1
⋅
(
k
+
1
)
=
1
1
⋅
k
+
1
⋅
1
=
2
k
⋅
1
+
1
⋅
1
=
3
(
k
+
1
)
⋅
1
{\displaystyle P_{k+1}:1\cdot (k+1)=_{1}1\cdot k+1\cdot 1=_{2}k\cdot 1+1\cdot 1=_{3}(k+1)\cdot 1}
.
onde a igualdade 1 é dada pela definição de multiplicação, a igualdade 2 é devida a hipótese de indução e a igualdade 3 é devida a distributividade dos naturais.
Portanto, pelo 4º axioma de Peano,
X
=
N
{\displaystyle X=\mathbb {N} }
, ou seja,
P
(
m
)
{\displaystyle P(m)}
é válida para todo m natural.
Teorema: Comutatividade da Multiplicação: Para quaisquer
m
,
n
∈
N
,
{\displaystyle m,n\in \mathbb {N} ,}
tem-se
m
⋅
n
=
n
⋅
m
{\displaystyle m\cdot n=n\cdot m}
.
Considere
X
=
{
n
∈
N
:
m
⋅
n
=
n
⋅
m
,
:
∀
m
∈
N
}
e
P
(
n
)
:
m
⋅
n
=
n
⋅
m
{\displaystyle X=\{n\in \mathbb {N} :m\cdot n=n\cdot m,:\forall \;m\in \mathbb {N} \}\;e\;P(n):m\cdot n=n\cdot m}
.
Mostrar que
P
(
n
)
{\displaystyle P(n)}
ocorre para todo n natural, equivale a mostrar que
X
=
N
{\displaystyle X=\mathbb {N} }
. Para isso usaremos o 4º axioma de Peano, pelo qual diz que se
1
∈
X
e
n
∈
X
⇒
n
+
1
∈
X
,
{\displaystyle 1\in X\;e\;n\in X\Rightarrow n+1\in X,}
logo
X
=
N
{\displaystyle X=\mathbb {N} }
.
Fixando m natural. Vamos mostrar que
1
∈
X
{\displaystyle 1\in X}
, ou seja, que P(1) é válida. Como
P
(
1
)
:
m
⋅
1
=
1
⋅
m
{\displaystyle P(1):m\cdot 1=1\cdot m}
. (verdadeiro, garantido pelo teorema anterior)
Suponhamos que
k
∈
X
{\displaystyle k\in X}
, ou seja,
P
(
k
)
:
m
⋅
k
=
k
⋅
m
{\displaystyle P(k):m\cdot k=k\cdot m}
é válida.
Devemos mostrar que
k
+
1
∈
X
{\displaystyle k+1\in X}
, ou seja,
P
(
k
+
1
)
:
m
⋅
(
k
+
1
)
=
(
k
+
1
)
⋅
m
{\displaystyle P(k+1):m\cdot (k+1)=(k+1)\cdot m}
é válida.
Como
P
k
+
1
:
m
⋅
(
k
+
1
)
=
1
m
⋅
k
+
m
⋅
1
=
2
k
⋅
m
+
1
⋅
m
=
3
(
k
+
1
)
⋅
m
{\displaystyle P_{k+1}:m\cdot (k+1)=_{1}m\cdot k+m\cdot 1=_{2}k\cdot m+1\cdot m=_{3}(k+1)\cdot m}
.
onde as igualdades 1 e 3 ocorrem pela definição de multiplicação e a igualdade 2 ocorre pelas hipóteses de indução para quando n=1 e para quando n = k.
Portanto, pelo 4º axioma de Peano,
X
=
N
{\displaystyle X=\mathbb {N} }
, ou seja,
P
(
n
)
{\displaystyle P(n)}
é válida para todo n natural.
Teorema: Distributividade: Para quaisquer
m
,
n
,
p
∈
N
,
{\displaystyle m,n,p\in \mathbb {N} ,}
tem-se
m
⋅
(
n
+
p
)
=
m
⋅
n
+
m
⋅
p
{\displaystyle m\cdot (n+p)=m\cdot n+m\cdot p}
.
Considere
X
=
{
p
∈
N
:
m
⋅
(
n
+
p
)
=
m
⋅
n
+
m
⋅
p
:
∀
m
,
n
}
e
P
(
p
)
:
m
⋅
(
n
+
p
)
=
m
⋅
n
+
m
⋅
p
{\displaystyle X=\{p\in \mathbb {N} :m\cdot (n+p)=m\cdot n+m\cdot p:\forall \;m,n\}\;e\;P(p):m\cdot (n+p)=m\cdot n+m\cdot p}
.
Mostrar que
P
(
p
)
{\displaystyle P(p)}
ocorre para todo p natural, equivale a mostrar que
X
=
N
{\displaystyle X=\mathbb {N} }
. Para isso usaremos o 4º axioma de Peano, pelo qual diz que se
1
∈
X
e
p
∈
X
⇒
p
+
1
∈
X
,
{\displaystyle 1\in X\;e\;p\in X\Rightarrow p+1\in X,}
logo
X
=
N
{\displaystyle X=\mathbb {N} }
.
Fixamos m,n como sendo naturais quaisquer. Vamos mostrar que
1
∈
X
{\displaystyle 1\in X}
, ou seja, que P(1) é válida. Como
P
(
1
)
:
m
⋅
(
n
+
1
)
=
m
⋅
n
+
m
⋅
1
{\displaystyle P(1):m\cdot (n+1)=m\cdot n+m\cdot 1}
Suponhamos que
k
∈
X
{\displaystyle k\in X}
, ou seja,
P
(
k
)
:
m
⋅
(
n
+
k
)
=
m
⋅
n
+
m
⋅
k
{\displaystyle P(k):m\cdot (n+k)=m\cdot n+m\cdot k}
é válida.
Devemos mostrar que
k
+
1
∈
X
{\displaystyle k+1\in X}
, ou seja,
P
(
k
+
1
)
:
m
⋅
(
n
+
(
k
+
1
)
)
=
m
⋅
n
+
m
⋅
(
k
+
1
)
{\displaystyle P(k+1):m\cdot (n+(k+1))=m\cdot n+m\cdot (k+1)}
é válida.
Assim:
m
⋅
(
n
+
(
k
+
1
)
)
=
1
m
⋅
(
(
n
+
k
)
+
1
)
=
2
m
⋅
(
n
+
k
)
+
m
=
3
(
m
⋅
n
+
m
⋅
k
)
+
m
=
4
m
⋅
n
+
(
m
⋅
k
+
m
⋅
1
)
=
5
{\displaystyle m\cdot (n+(k+1))=_{1}m\cdot ((n+k)+1)=_{2}m\cdot (n+k)+m=_{3}(m\cdot n+m\cdot k)+m=_{4}m\cdot n+(m\cdot k+m\cdot 1)=_{5}}
=
5
m
⋅
n
+
m
⋅
(
k
+
1
)
{\displaystyle =_{5}m\cdot n+m\cdot (k+1)}
.
onde a igualdade 1 ocorre pela definição de adição, as igualdades 2 e 5 ocorrem pela definição de multiplicação, a igualdade 3 pela hipótese e a igualdade 4 pela associatividade da adição.
Portanto, pelo 4º axioma de Peano,
X
=
N
{\displaystyle X=\mathbb {N} }
, ou seja,
P
(
p
)
{\displaystyle P(p)}
é válida para todo p natural.
Mostre que
s
(
p
)
>
p
,
∀
p
∈
N
{\displaystyle s(p)>p,\forall \;p\in \mathbb {N} }
Considere
X
=
{
p
∈
N
:
s
(
p
)
>
p
}
e
P
(
p
)
:
s
(
p
)
>
p
{\displaystyle X=\{p\in \mathbb {N} :s(p)>p\}\;e\;P(p):s(p)>p}
.
Mostrar que
P
(
p
)
{\displaystyle P(p)}
ocorre para todo p natural, equivale a mostrar que
X
=
N
{\displaystyle X=\mathbb {N} }
. Para isso usaremos o 4º axioma de Peano, pelo qual diz que se
1
∈
X
e
p
∈
X
⇒
p
+
1
∈
X
,
{\displaystyle 1\in X\;e\;p\in X\Rightarrow p+1\in X,}
logo
X
=
N
{\displaystyle X=\mathbb {N} }
.
Assim, vamos mostrar que
1
∈
X
{\displaystyle 1\in X}
, ou seja, que P(1) é válida. Como
P
(
1
)
:
s
(
1
)
>
1
⇒
1
2
>
1
{\displaystyle P(1):s(1)>1\Rightarrow _{1}2>1}
.
onde a implicação 1 é devida ao sucessor de 1.
Suponhamos que
k
∈
X
{\displaystyle k\in X}
, ou seja,
P
(
k
)
:
s
(
k
)
>
k
{\displaystyle P(k):s(k)>k}
é válida.
Devemos mostrar que
k
+
1
∈
X
{\displaystyle k+1\in X}
, ou seja,
P
(
k
+
1
)
:
s
(
k
+
1
)
>
k
+
1
{\displaystyle P(k+1):s(k+1)>k+1}
é válida.
Pela hipótese da indução:
s
(
k
)
>
k
⇒
2
∃
n
∈
N
,
t
a
l
q
u
e
s
(
k
)
=
k
+
n
⇒
3
s
(
s
(
k
)
)
=
s
(
k
+
n
)
⇒
4
s
(
k
+
1
)
=
k
+
n
+
1
⇒
5
s
(
k
+
1
)
=
k
+
1
+
n
⇒
6
s
(
k
+
1
)
>
k
+
1
{\displaystyle s(k)>k\Rightarrow _{2}\exists \;n\in \mathbb {N} ,tal\;que\;s(k)=k+n\Rightarrow _{3}s(s(k))=s(k+n)\Rightarrow _{4}s(k+1)=k+n+1\Rightarrow _{5}s(k+1)=k+1+n\Rightarrow _{6}s(k+1)>k+1}
onde as implicações 2,6 são pela definição de desigualdade, a implicação 3 é pela identidade de sucessores e a implicação 4 é pela definição de sucessores.
Portanto, pelo 4º axioma de Peano,
X
=
N
{\displaystyle X=\mathbb {N} }
, ou seja, P(p) é válida para todo p natural.
Mostre que
s
m
+
1
(
p
)
>
s
m
(
p
)
,
∀
m
,
p
∈
N
{\displaystyle s^{m+1}(p)>s^{m}(p),\forall \;m,p\in \mathbb {N} }
Considere
X
=
{
p
∈
N
:
s
m
+
1
(
p
)
>
s
m
(
p
)
,
∀
m
∈
N
}
e
P
(
p
)
:
s
m
+
1
(
p
)
>
s
m
(
p
)
{\displaystyle X=\{p\in \mathbb {N} :s^{m+1}(p)>s^{m}(p),\forall \;m\in \mathbb {N} \}\;e\;P(p):s^{m+1}(p)>s^{m}(p)}
.
Mostrar que
P
(
p
)
{\displaystyle P(p)}
ocorre para todo p natural, equivale a mostrar que
X
=
N
{\displaystyle X=\mathbb {N} }
. Para isso usaremos o 4º axioma de Peano, pelo qual diz que se
1
∈
X
e
p
∈
X
⇒
p
+
1
∈
X
,
{\displaystyle 1\in X\;e\;p\in X\Rightarrow p+1\in X,}
logo
X
=
N
{\displaystyle X=\mathbb {N} }
.
Assim, vamos mostrar que
1
∈
X
{\displaystyle 1\in X}
, ou seja, que P(1) é válida. Como
P
(
1
)
:
s
1
+
1
(
p
)
>
s
1
(
p
)
⇒
1
s
(
p
+
1
)
>
2
p
+
1
{\displaystyle P(1):s^{1+1}(p)>s^{1}(p)\Rightarrow _{1}s(p+1)>_{2}p+1}
.
onde a implicação 1 é por definição de sucessores e a desigualdade 2 é devido ào teorema da questão anterior: "5a".
Suponhamos que
k
∈
X
{\displaystyle k\in X}
, ou seja,
P
(
k
)
:
s
k
+
1
(
p
)
>
s
k
(
p
)
{\displaystyle P(k):s^{k+1}(p)>s^{k}(p)}
é válida.
Devemos mostrar que
k
+
1
∈
X
{\displaystyle k+1\in X}
, ou seja,
P
(
k
+
1
)
:
s
k
+
2
(
p
)
>
s
k
+
1
(
p
)
{\displaystyle P(k+1):s^{k+2}(p)>s^{k+1}(p)}
é válida.
Como
s
k
+
1
(
p
)
>
s
k
(
p
)
⇒
1
∃
n
∈
N
,
t
a
l
q
u
e
s
k
+
1
(
p
)
=
n
+
s
k
(
p
)
⇒
2
s
(
s
k
+
1
(
p
)
)
=
s
(
n
+
s
k
(
p
)
)
⇒
3
{\displaystyle s^{k+1}(p)>s^{k}(p)\Rightarrow _{1}\exists \;n\in \mathbb {N} ,tal\;que\;s^{k+1}(p)=n+s^{k}(p)\Rightarrow _{2}s(s^{k+1}(p))=s(n+s^{k}(p))\Rightarrow _{3}}
⇒
3
s
k
+
1
+
1
(
p
)
=
n
+
s
k
(
p
)
+
1
=
n
+
s
(
s
k
(
p
)
)
⇒
4
s
k
+
2
(
p
)
=
n
+
s
k
+
1
(
p
)
⇒
5
s
k
+
2
(
p
)
>
s
k
+
1
(
p
)
{\displaystyle \Rightarrow _{3}s^{k+1+1}(p)=n+s^{k}(p)+1=n+s(s^{k}(p))\Rightarrow _{4}s^{k+2}(p)=n+s^{k+1}(p)\Rightarrow _{5}s^{k+2}(p)>s^{k+1}(p)}
.
onde as implicações 1 e 5 são pela definição de desigualdade, a implicação 2 pela identidade de sucessão, a implicação 3 é pela definição de sucessor e a implicação 4 é pela definição de sucessor.
Portanto, pelo 4º axioma de Peano,
X
=
N
{\displaystyle X=\mathbb {N} }
, ou seja, P(p) é válida para todo p natural.
Mostre que em
N
,
m
⋅
n
=
1
⇒
m
=
n
=
1
{\displaystyle \mathbb {N} ,m\cdot n=1\Rightarrow m=n=1}
Pela tricotomia em m, ocorre uma das três "m<1 ou m=1 ou m>1".
Caso m<1. Absurdo, m é natural e 1 é o menor natural
Caso m>1, pela definição de desigualdade, existe k natural, tal que, m=1+k. Como
m
⋅
n
=
1
⇒
(
1
+
k
)
⋅
n
=
1
⇒
n
+
k
⋅
n
=
1
{\displaystyle m\cdot n=1\Rightarrow (1+k)\cdot n=1\Rightarrow n+k\cdot n=1}
. Absurdo, pois estou somando dois termos naturais e o resultado é 1.
Resta o caso em que m=1: Como
m
⋅
n
=
1
⇒
1
⋅
n
=
1
⇒
{\displaystyle m\cdot n=1\Rightarrow 1\cdot n=1\Rightarrow }
n=1.
Portanto </math\; >m=1 e n=1</math>.
Sejam o conjunto
Γ
=
N
×
N
{\displaystyle \Gamma =\mathbb {N} \times \mathbb {N} }
e o conjunto de classes de equivalência
Z
=
{
[
(
m
,
n
)
]
:
(
m
,
n
)
∈
Γ
}
{\displaystyle \mathbb {Z} =\{[(m,n)]:(m,n)\in \Gamma \}}
, onde
(
m
,
n
)
∼
(
p
,
q
)
⟺
m
+
q
=
n
+
p
{\displaystyle (m,n)\sim (p,q)\Longleftrightarrow m+q=n+p}
.
Mostre que as operações binárias:
⊕
:
Z
×
Z
↦
Z
,
o
n
d
e
[
(
m
,
n
)
]
⊕
[
(
p
,
q
)
]
=
[
(
m
+
p
,
n
+
q
)
]
{\displaystyle \oplus :\mathbb {Z} \times \mathbb {Z} \mapsto \mathbb {Z} ,onde\;[(m,n)]\oplus [(p,q)]=[(m+p,n+q)]}
e
⊗
:
Z
×
Z
↦
Z
,
o
n
d
e
[
(
m
,
n
)
]
⊙
[
(
p
,
q
)
]
=
[
(
m
p
+
n
q
,
m
q
+
n
p
)
]
{\displaystyle \otimes :\mathbb {Z} \times \mathbb {Z} \mapsto \mathbb {Z} ,onde\;[(m,n)]\odot [(p,q)]=[(mp+nq,mq+np)]}
Não dependem do representante da classe, isto é, se
[
(
m
,
n
)
]
=
[
(
m
′
,
n
′
)
]
e
[
(
p
,
q
)
]
=
[
(
p
′
,
q
′
)
]
{\displaystyle [(m,n)]=[(m',n')]\;e\;[(p,q)]=[(p',q')]}
então
[
(
m
,
n
)
]
⊕
[
(
p
,
q
)
]
=
[
(
m
′
,
n
′
)
]
⊕
[
(
p
′
,
q
′
)
]
{\displaystyle [(m,n)]\oplus [(p,q)]=[(m',n')]\oplus [(p',q')]}
e
[
(
m
,
n
)
]
⊙
[
(
p
,
q
)
]
=
[
(
m
′
,
n
′
)
]
⊙
[
(
p
′
,
q
′
)
]
{\displaystyle [(m,n)]\odot [(p,q)]=[(m',n')]\odot [(p',q')]}
Prova:
Como
[
(
m
,
n
)
]
=
[
(
m
′
,
n
′
)
]
e
[
(
p
,
q
)
]
=
[
(
p
′
,
q
′
)
]
,
⇔
m
+
n
′
=
n
+
m
′
e
p
+
q
′
=
q
+
p
′
⇔
m
+
n
′
+
p
+
q
′
=
n
+
m
′
+
q
+
p
′
⇔
{\displaystyle [(m,n)]=[(m',n')]\;e\;[(p,q)]=[(p',q')],\Leftrightarrow \;m+n'=n+m'\;e\;p+q'=q+p'\Leftrightarrow m+n'+p+q'=n+m'+q+p'\Leftrightarrow }
⇔
m
+
p
+
n
′
+
q
′
=
n
+
q
+
m
′
+
p
′
⇔
[
(
m
+
p
,
n
+
q
)
]
=
[
(
m
′
+
p
′
,
n
′
+
q
′
)
]
⇔
[
(
m
,
n
)
]
⊕
[
(
p
,
q
)
]
=
[
(
m
′
,
n
′
)
]
⊕
[
(
p
′
,
q
′
)
]
{\displaystyle \Leftrightarrow m+p+n'+q'=n+q+m'+p'\Leftrightarrow [(m+p,n+q)]=[(m'+p',n'+q')]\Leftrightarrow [(m,n)]\oplus [(p,q)]=[(m',n')]\oplus [(p',q')]}
.
Temos que
[
(
m
,
n
)
]
=
[
(
m
′
,
n
′
)
]
e
[
(
p
,
q
)
]
=
[
(
p
′
,
q
′
)
]
,
⇔
m
+
n
′
=
n
+
m
′
e
p
+
q
′
=
q
+
p
′
{\displaystyle [(m,n)]=[(m',n')]\;e\;[(p,q)]=[(p',q')],\Leftrightarrow \;m+n'=n+m'\;e\;p+q'=q+p'}
.
Multiplicando a primeira igualdade por p e q, e a segunda por m' e n':
Teremos que
m
p
+
n
′
p
=
n
p
+
m
′
p
,
m
q
+
n
′
q
=
n
q
+
m
′
q
e
m
′
p
+
m
′
q
′
=
m
′
q
+
m
′
p
′
,
n
′
p
+
n
′
q
′
=
n
′
q
+
n
′
p
′
{\displaystyle mp+n'p=np+m'p,mq+n'q=nq+m'q\;e\;m'p+m'q'=m'q+m'p',n'p+n'q'=n'q+n'p'}
Somando as duas primeiras igualdades com o membro oposto e as duas últimas com o membro oposto.
Teremos que
m
p
+
n
′
p
+
n
q
+
m
′
q
=
n
p
+
m
′
p
+
m
q
+
n
′
q
e
m
′
p
+
m
′
q
′
+
n
′
q
+
n
′
p
′
=
m
′
q
+
m
′
p
′
+
n
′
p
+
n
′
q
′
{\displaystyle mp+n'p+nq+m'q=np+m'p+mq+n'q\;e\;m'p+m'q'+n'q+n'p'=m'q+m'p'+n'p+n'q'}
.
Assim
[
(
m
p
+
n
q
,
n
p
+
m
q
)
]
=
[
(
m
′
p
+
n
′
q
,
n
′
p
+
m
′
q
)
]
=
[
(
m
′
p
+
n
′
q
,
m
′
q
+
n
′
p
)
]
=
[
(
m
′
p
′
+
n
′
q
′
,
m
′
q
′
+
n
′
p
′
)
]
{\displaystyle [(mp+nq,np+mq)]=[(m'p+n'q,n'p+m'q)]=[(m'p+n'q,m'q+n'p)]=[(m'p'+n'q',m'q'+n'p')]}
Logo
[
(
m
q
+
n
p
,
m
p
+
n
q
)
]
=
[
(
m
′
q
′
+
n
′
p
′
,
m
′
p
′
+
n
′
q
′
)
]
⇔
[
(
m
,
n
)
]
⊙
[
(
p
,
q
)
]
=
[
(
m
′
,
n
′
)
]
⊙
[
(
p
′
,
q
′
)
]
{\displaystyle [(mq+np,mp+nq)]=[(m'q'+n'p',m'p'+n'q')]\Leftrightarrow [(m,n)]\odot [(p,q)]=[(m',n')]\odot [(p',q')]}
.
Prove a existência do elemento neutro
θ
{\displaystyle \theta }
para a soma
⊕
{\displaystyle \oplus }
em
Z
{\displaystyle \mathbb {Z} }
, isto é,
x
⊕
θ
=
θ
⊕
x
=
x
,
∀
x
∈
Z
{\displaystyle x\oplus \theta =\theta \oplus x=x,\forall \;x\in \mathbb {Z} }
Prova:
Como
x
,
θ
∈
Z
,
l
o
g
o
x
=
[
(
y
,
z
)
]
,
θ
=
[
(
α
,
β
)
]
{\displaystyle x,\theta \in \mathbb {Z} ,logo\;x=[(y,z)],\theta =[(\alpha ,\beta )]}
.
Como
x
⊕
θ
=
[
(
y
,
z
)
]
⊕
[
(
α
,
β
)
]
=
[
(
y
+
α
,
z
+
β
)
]
{\displaystyle x\oplus \theta =[(y,z)]\oplus [(\alpha ,\beta )]=[(y+\alpha ,z+\beta )]}
e
θ
⊕
x
=
[
(
α
,
β
)
]
⊕
[
(
y
,
z
)
]
=
[
(
α
+
y
,
β
+
z
)
]
{\displaystyle \theta \oplus x=[(\alpha ,\beta )]\oplus [(y,z)]=[(\alpha +y,\beta +z)]}
Assim
x
⊕
θ
=
x
⇒
[
(
y
+
α
,
z
+
β
)
]
=
[
(
y
,
z
)
]
⇒
(
y
+
α
,
z
+
β
)
∼
(
y
,
z
)
⇒
y
+
α
+
z
=
z
+
β
+
y
⇒
α
=
β
⇒
θ
=
[
(
α
,
α
)
]
{\displaystyle x\oplus \theta =x\Rightarrow [(y+\alpha ,z+\beta )]=[(y,z)]\Rightarrow (y+\alpha ,z+\beta )\sim (y,z)\Rightarrow y+\alpha +z=z+\beta +y\Rightarrow \alpha =\beta \Rightarrow \theta =[(\alpha ,\alpha )]}
Determine
t
∈
N
{\displaystyle t\in \mathbb {N} }
, tal que
[
(
t
,
1
)
]
=
[
(
α
,
α
)
]
]
⇒
(
t
,
1
)
∼
(
α
,
α
)
⇒
t
+
α
=
1
+
α
⇒
t
=
1
⇒
[
(
1
,
1
)
]
{\displaystyle [(t,1)]=[(\alpha ,\alpha )]]\Rightarrow (t,1)\sim (\alpha ,\alpha )\Rightarrow t+\alpha =1+\alpha \Rightarrow t=1\Rightarrow [(1,1)]}
é o elemento neutro para a soma.
Prove a existência do elemento Neutro
π
{\displaystyle \pi }
para o produto
⊙
e
m
Z
{\displaystyle \odot \;em\;\mathbb {Z} }
, isto é,
x
⊙
π
=
π
⊙
x
=
x
,
∀
x
∈
Z
{\displaystyle x\odot \pi =\pi \odot x=x,\forall \;x\in \mathbb {Z} }
Prova:
Sejam
x
,
π
∈
Z
,
t
a
l
q
u
e
x
=
[
(
y
,
z
)
]
,
π
=
[
(
α
,
β
)
]
{\displaystyle x,\pi \in \mathbb {Z} ,tal\;que\;x=[(y,z)],\pi =[(\alpha ,\beta )]}
.
Façamos
x
⊙
π
=
[
(
y
,
z
)
]
⊙
[
(
α
,
β
)
]
=
[
(
y
⋅
α
+
z
⋅
β
,
y
⋅
β
+
z
⋅
α
)
]
{\displaystyle x\odot \pi =[(y,z)]\odot [(\alpha ,\beta )]=[(y\cdot \alpha +z\cdot \beta ,y\cdot \beta +z\cdot \alpha )]}
e
π
⊙
x
=
[
(
α
,
β
)
]
⊙
[
(
y
,
z
)
]
=
[
(
α
⋅
y
+
β
⋅
z
,
α
⋅
z
+
β
⋅
y
)
]
{\displaystyle \pi \odot x=[(\alpha ,\beta )]\odot [(y,z)]=[(\alpha \cdot y+\beta \cdot z,\alpha \cdot z+\beta \cdot y)]}
Assim
x
⊙
π
=
x
⇒
[
(
y
⋅
α
+
z
⋅
β
,
y
⋅
β
+
z
⋅
α
)
]
=
[
(
y
,
z
)
]
⇒
(
y
⋅
α
+
z
⋅
β
,
y
⋅
β
+
z
⋅
α
)
∼
(
y
,
z
)
⇒
{\displaystyle x\odot \pi =x\Rightarrow [(y\cdot \alpha +z\cdot \beta ,y\cdot \beta +z\cdot \alpha )]=[(y,z)]\Rightarrow (y\cdot \alpha +z\cdot \beta ,y\cdot \beta +z\cdot \alpha )\sim (y,z)\Rightarrow }
⇒
y
⋅
α
+
z
⋅
β
+
z
=
y
⋅
β
+
z
⋅
α
+
y
⇒
y
⋅
α
+
z
⋅
(
β
+
1
)
=
y
⋅
(
β
+
1
)
+
z
⋅
α
⇒
α
=
β
+
1
⇒
π
=
[
(
β
+
1
,
β
)
]
{\displaystyle \Rightarrow y\cdot \alpha +z\cdot \beta +z=y\cdot \beta +z\cdot \alpha +y\Rightarrow y\cdot \alpha +z\cdot (\beta +1)=y\cdot (\beta +1)+z\cdot \alpha \Rightarrow \alpha =\beta +1\Rightarrow \pi =[(\beta +1,\beta )]}
Determine t, tal que
[
(
2
,
t
)
]
=
[
(
α
+
1
,
α
)
]
]
⇒
(
2
,
t
)
∼
(
α
+
1
,
α
)
⇒
t
+
α
+
1
=
2
+
α
⇒
t
=
1
⇒
[
(
2
,
1
)
]
{\displaystyle [(2,t)]=[(\alpha +1,\alpha )]]\Rightarrow (2,t)\sim (\alpha +1,\alpha )\Rightarrow t+\alpha +1=2+\alpha \Rightarrow t=1\Rightarrow [(2,1)]}
é o elemento neutro para a multiplicação.
Associativa para a
⊕
e
m
Z
{\displaystyle \oplus \;em\;\mathbb {Z} }
: Sejam
x
,
y
,
z
∈
Z
,
x
⊕
(
y
⊕
z
)
=
(
x
⊕
y
)
⊕
z
{\displaystyle x,y,z\in \mathbb {Z} ,x\oplus (y\oplus z)=(x\oplus y)\oplus z}
Prova:
Sejam
x
=
[
(
a
,
b
)
]
,
y
=
[
(
c
,
d
)
]
,
z
=
[
(
e
,
f
)
]
∈
Z
,
{\displaystyle x=[(a,b)],y=[(c,d)],z=[(e,f)]\in \mathbb {Z} ,}
Assim
x
⊕
(
y
⊕
z
)
=
(
x
⊕
y
)
⊕
z
⇔
[
(
a
,
b
)
]
⊕
(
[
(
c
,
d
)
]
⊕
[
(
e
,
f
)
]
)
=
(
[
a
,
b
]
⊕
[
(
c
,
d
)
]
)
⊕
[
(
e
,
f
)
]
⇔
{\displaystyle x\oplus (y\oplus z)=(x\oplus y)\oplus z\Leftrightarrow [(a,b)]\oplus ([(c,d)]\oplus [(e,f)])=([a,b]\oplus [(c,d)])\oplus [(e,f)]\Leftrightarrow }
⇔
[
(
a
,
b
)
]
⊕
[
(
c
+
e
,
d
+
f
)
]
=
[
(
a
+
c
,
b
+
d
)
]
⊕
[
(
e
,
f
)
]
⇔
[
(
a
+
(
c
+
e
)
,
b
+
(
d
+
f
)
)
]
=
[
(
(
a
+
c
)
+
e
,
(
b
+
d
)
+
f
)
]
⇔
{\displaystyle \Leftrightarrow [(a,b)]\oplus [(c+e,d+f)]=[(a+c,b+d)]\oplus [(e,f)]\Leftrightarrow [(a+(c+e),b+(d+f))]=[((a+c)+e,(b+d)+f)]\Leftrightarrow }
⇔
(
a
+
(
c
+
e
)
,
b
+
(
d
+
f
)
)
]
∼
[
(
(
a
+
c
)
+
e
,
(
b
+
d
)
+
f
)
⇔
a
+
(
c
+
e
)
+
b
+
(
d
+
f
)
=
(
a
+
c
)
+
e
+
(
b
+
d
)
+
f
{\displaystyle \Leftrightarrow (a+(c+e),b+(d+f))]\sim [((a+c)+e,(b+d)+f)\Leftrightarrow a+(c+e)+b+(d+f)=(a+c)+e+(b+d)+f}
.
Como os naturais são associativos para a adição, a soma
⊕
{\displaystyle \oplus }
em Z é associativa.
Associativa para a
⊙
e
m
Z
{\displaystyle \odot \;em\;\mathbb {Z} }
: Sejam
x
,
y
,
z
∈
Z
,
x
⊙
(
y
⊙
z
)
=
(
x
⊙
y
)
⊙
z
{\displaystyle x,y,z\in \mathbb {Z} ,x\odot (y\odot z)=(x\odot y)\odot z}
Prova:
Sejam
x
=
[
(
a
,
b
)
]
,
y
=
[
(
c
,
d
)
]
,
z
=
[
(
e
,
f
)
]
∈
Z
,
{\displaystyle x=[(a,b)],y=[(c,d)],z=[(e,f)]\in \mathbb {Z} ,}
Assim
x
⊙
(
y
⊙
z
)
=
(
x
⊙
y
)
⊙
z
⇔
[
(
a
,
b
)
]
⊙
(
[
(
c
,
d
)
]
⊙
[
(
e
,
f
)
]
)
=
(
[
a
,
b
]
⊙
[
(
c
,
d
)
]
)
⊙
[
(
e
,
f
)
]
⇔
{\displaystyle x\odot (y\odot z)=(x\odot y)\odot z\Leftrightarrow [(a,b)]\odot ([(c,d)]\odot [(e,f)])=([a,b]\odot [(c,d)])\odot [(e,f)]\Leftrightarrow }
⇔
[
(
a
,
b
)
]
⊙
[
(
c
e
+
d
f
,
c
f
+
d
e
)
]
=
[
(
a
c
+
b
d
,
a
d
+
b
c
)
]
⊙
[
(
e
,
f
)
]
⇔
{\displaystyle \Leftrightarrow [(a,b)]\odot [(ce+df,cf+de)]=[(ac+bd,ad+bc)]\odot [(e,f)]\Leftrightarrow }
⇔
[
(
a
(
c
e
+
d
f
)
+
b
(
c
f
+
d
e
)
,
a
(
c
f
+
d
e
)
+
b
(
c
e
+
d
f
)
)
]
=
[
(
(
a
c
+
b
d
)
e
+
(
a
d
+
b
c
)
f
,
(
a
c
+
b
d
)
f
+
(
a
d
+
b
c
)
e
)
]
⇔
{\displaystyle \Leftrightarrow [(a(ce+df)+b(cf+de),a(cf+de)+b(ce+df))]=[((ac+bd)e+(ad+bc)f,(ac+bd)f+(ad+bc)e)]\Leftrightarrow }
⇔
(
a
(
c
e
+
d
f
)
+
b
(
c
f
+
d
e
)
,
a
(
c
f
+
d
e
)
+
b
(
c
e
+
d
f
)
)
∼
(
(
a
c
+
b
d
)
e
+
(
a
d
+
b
c
)
f
,
(
a
c
+
b
d
)
f
+
(
a
d
+
b
c
)
e
)
⇔
{\displaystyle \Leftrightarrow (a(ce+df)+b(cf+de),a(cf+de)+b(ce+df))\sim ((ac+bd)e+(ad+bc)f,(ac+bd)f+(ad+bc)e)\Leftrightarrow }
⇔
a
(
c
e
+
d
f
)
+
b
(
c
f
+
d
e
)
+
(
a
c
+
b
d
)
f
+
(
a
d
+
b
c
)
e
=
a
(
c
f
+
d
e
)
+
b
(
c
e
+
d
f
)
+
(
a
c
+
b
d
)
e
+
(
a
d
+
b
c
)
f
⇔
{\displaystyle \Leftrightarrow a(ce+df)+b(cf+de)+(ac+bd)f+(ad+bc)e=a(cf+de)+b(ce+df)+(ac+bd)e+(ad+bc)f\Leftrightarrow }
⇔
a
c
e
+
a
d
f
+
b
c
f
+
b
d
e
+
a
c
f
+
b
d
f
+
a
d
e
+
b
c
e
=
a
c
f
+
a
d
e
+
b
c
e
+
b
d
f
+
a
c
e
+
b
d
e
+
a
d
f
+
b
c
f
{\displaystyle \Leftrightarrow ace+adf+bcf+bde+acf+bdf+ade+bce=acf+ade+bce+bdf+ace+bde+adf+bcf}
Como os naturais são associativos para a adição e multiplicação, a multiplicação
⊕
{\displaystyle \oplus }
em Z é associativa.
Comutativa para a
⊕
e
m
Z
{\displaystyle \oplus \;em\;\mathbb {Z} }
:
x
⊕
y
=
y
⊕
x
∈
Z
{\displaystyle x\oplus y=y\oplus x\in \mathbb {Z} }
Prova:
Sejam
x
=
[
(
a
,
b
)
]
,
y
=
[
(
c
,
d
)
]
∈
Z
,
{\displaystyle x=[(a,b)],y=[(c,d)]\in \mathbb {Z} ,}
Assim
x
⊕
y
=
y
⊕
x
⇔
[
(
a
,
b
)
]
⊕
[
(
c
,
d
)
]
=
[
(
c
,
d
)
]
⊕
[
(
a
,
b
)
]
⇔
[
(
a
+
c
,
b
+
d
)
]
=
[
(
c
+
a
,
d
+
b
)
]
⇔
(
a
+
c
,
b
+
d
)
∼
(
c
+
a
,
d
+
b
)
⇔
{\displaystyle x\oplus y=y\oplus x\Leftrightarrow [(a,b)]\oplus [(c,d)]=[(c,d)]\oplus [(a,b)]\Leftrightarrow [(a+c,b+d)]=[(c+a,d+b)]\Leftrightarrow (a+c,b+d)\sim (c+a,d+b)\Leftrightarrow }
⇔
(
a
+
c
)
+
(
d
+
b
)
=
(
c
+
a
)
+
(
b
+
d
)
{\displaystyle \Leftrightarrow (a+c)+(d+b)=(c+a)+(b+d)}
.
Como os naturais são comutativos para a adição, a soma
⊕
{\displaystyle \oplus }
em Z é comutativa.
Comutativa para a
⊙
e
m
Z
{\displaystyle \odot \;em\;\mathbb {Z} }
:
x
⊙
y
=
y
⊙
x
∈
Z
{\displaystyle x\odot y=y\odot x\in \mathbb {Z} }
Prova:
Sejam
x
=
[
(
a
,
b
)
]
,
y
=
[
(
c
,
d
)
]
∈
Z
,
{\displaystyle x=[(a,b)],y=[(c,d)]\in \mathbb {Z} ,}
Assim
x
⊙
y
=
y
⊙
x
⇔
[
(
a
,
b
)
]
⊙
[
(
c
,
d
)
]
=
[
(
c
,
d
)
]
⊙
[
(
a
,
b
)
]
=⇔
[
(
a
c
+
b
d
,
a
d
+
b
c
)
]
=
[
(
c
a
+
d
b
,
c
b
+
d
a
)
]
⇔
{\displaystyle x\odot y=y\odot x\Leftrightarrow [(a,b)]\odot [(c,d)]=[(c,d)]\odot [(a,b)]=\Leftrightarrow [(ac+bd,ad+bc)]=[(ca+db,cb+da)]\Leftrightarrow }
⇔
(
a
c
+
b
d
,
a
d
+
b
c
)
∼
(
c
a
+
d
b
,
c
b
+
d
a
)
⇔
(
a
c
+
b
d
)
+
(
c
b
+
d
a
)
=
(
a
d
+
b
c
)
+
(
c
a
+
d
b
)
{\displaystyle \Leftrightarrow (ac+bd,ad+bc)\sim (ca+db,cb+da)\Leftrightarrow (ac+bd)+(cb+da)=(ad+bc)+(ca+db)}
.
Como os naturais são comutativos e associativos para a adição e multiplicação, a multiplicação
⊙
{\displaystyle \odot }
em Z é comutativa.
Mostre que existe o elemento inverso para a soma
⊕
{\displaystyle \oplus }
, isto ́e, para todo
x
∈
Z
{\displaystyle x\in \mathbb {Z} }
, existe
y
∈
Z
{\displaystyle y\in \mathbb {Z} }
tal que
x
⊕
y
=
y
⊕
x
=
θ
{\displaystyle x\oplus y=y\oplus x=\theta }
.
Tome
x
∈
Z
,
{\displaystyle x\in \mathbb {Z} ,}
com
x
=
[
a
,
b
]
{\displaystyle x=[a,b]}
e
θ
=
[
(
α
,
α
)
]
{\displaystyle \theta =[(\alpha ,\alpha )]}
.
Devemos mostrar que existe
y
∈
Z
{\displaystyle y\in \mathbb {Z} }
, tal que
x
⊕
y
=
y
⊕
x
=
θ
{\displaystyle x\oplus y=y\oplus x=\theta }
.
Consideremos que
y
=
[
(
c
,
d
)
]
{\displaystyle y=[(c,d)]}
.
Logo
[
(
a
,
b
)
]
⊕
[
(
c
,
d
)
]
=
[
(
α
,
α
)
]
⇒
[
(
a
+
c
,
b
+
d
)
]
=
[
(
α
,
α
)
]
⇒
(
a
+
c
,
b
+
d
)
∼
(
α
,
α
)
⇒
a
+
c
+
α
=
b
+
d
+
α
⇒
a
+
c
=
b
+
d
⇒
c
+
a
=
d
+
b
⇒
{\displaystyle [(a,b)]\oplus [(c,d)]=[(\alpha ,\alpha )]\Rightarrow [(a+c,b+d)]=[(\alpha ,\alpha )]\Rightarrow (a+c,b+d)\sim (\alpha ,\alpha )\Rightarrow a+c+\alpha =b+d+\alpha \Rightarrow a+c=b+d\Rightarrow c+a=d+b\Rightarrow }
⇒
(
c
,
d
)
∼
(
b
,
a
)
⇒
[
(
c
,
d
)
]
=
[
(
b
,
a
)
]
{\displaystyle \Rightarrow (c,d)\sim (b,a)\Rightarrow [(c,d)]=[(b,a)]}
.
Portanto dado
x
=
[
(
a
,
b
)
]
∈
Z
{\displaystyle x=[(a,b)]\in \mathbb {Z} }
, existe
y
=
[
(
b
,
a
)
]
∈
Z
{\displaystyle y=[(b,a)]\in \mathbb {Z} }
que é elemento neutro da soma.
Existe elemento inverso para a multiplicacao
⊗
{\displaystyle \otimes }
em
Z
{\displaystyle \mathbb {Z} }
? Isto ́e,
x
⊙
y
=
y
⊙
x
=
I
{\displaystyle x\odot y=y\odot x=I}
.
Justifique sua resposta.
Tome
x
∈
Z
,
{\displaystyle x\in \mathbb {Z} ,}
com
x
=
[
a
,
b
]
{\displaystyle x=[a,b]}
e
θ
=
[
(
α
+
1
,
α
)
]
{\displaystyle \theta =[(\alpha +1,\alpha )]}
.
Devemos mostrar que existe
y
∈
Z
{\displaystyle y\in \mathbb {Z} }
, tal que
x
⊙
y
=
y
⊙
x
=
θ
{\displaystyle x\odot y=y\odot x=\theta }
.
Consideremos que
y
=
[
(
c
,
d
)
]
{\displaystyle y=[(c,d)]}
.
Logo
[
(
a
,
b
)
]
⊙
[
(
c
,
d
)
]
=
[
(
α
+
1
,
α
)
]
⇒
[
(
a
c
+
b
d
,
a
d
+
b
c
)
]
=
[
(
α
+
1
,
α
)
]
⇒
(
a
c
+
b
d
,
a
d
+
b
c
)
∼
(
α
+
1
,
α
)
⇒
a
c
+
b
d
+
α
=
a
d
+
b
c
+
α
+
1
⇒
{\displaystyle [(a,b)]\odot [(c,d)]=[(\alpha +1,\alpha )]\Rightarrow [(ac+bd,ad+bc)]=[(\alpha +1,\alpha )]\Rightarrow (ac+bd,ad+bc)\sim (\alpha +1,\alpha )\Rightarrow ac+bd+\alpha =ad+bc+\alpha +1\Rightarrow }
⇒
a
c
+
b
d
+
1
=
a
d
+
b
c
+
1
+
1
⇒
c
a
+
d
b
+
1
=
d
a
+
c
b
+
1
+
1
{\displaystyle \Rightarrow ac+bd+1=ad+bc+1+1\Rightarrow ca+db+1=da+cb+1+1}
.
Mas
a
=
b
o
u
a
≠
b
{\displaystyle a=b\;ou\;a\neq b}
. Caso
a
=
b
⇒
c
b
+
d
b
+
1
=
d
b
+
c
b
+
2
⇒
1
=
2
{\displaystyle a=b\Rightarrow cb+db+1=db+cb+2\Rightarrow 1=2}
, absurdo. Logo
a
≠
b
{\displaystyle a\neq b}
, ou seja,
a
<
b
o
u
b
<
a
{\displaystyle a<b\;ou\;b<a}
.
(a<b) Vamos considerar que
a
<
b
{\displaystyle a<b}
, assim
∃
k
∈
N
{\displaystyle \exists \;k\in \mathbb {N} }
, tal que
b
=
a
+
k
{\displaystyle b=a+k}
Logo
c
a
+
d
(
a
+
k
)
=
d
a
+
c
(
a
+
k
)
+
1
⇒
c
a
+
d
a
+
d
k
=
d
a
+
c
a
+
c
k
+
1
⇒
d
k
=
c
k
+
1
⇒
{\displaystyle ca+d(a+k)=da+c(a+k)+1\Rightarrow ca+da+dk=da+ca+ck+1\Rightarrow dk=ck+1\Rightarrow }
Mas
c
=
d
o
u
c
≠
d
{\displaystyle c=d\;ou\;c\neq d}
. Caso
c
=
d
⇒
d
k
+
1
=
c
k
+
1
+
1
⇒
1
=
2
{\displaystyle c=d\Rightarrow dk+1=ck+1+1\Rightarrow 1=2}
, absurdo. Logo
c
≠
d
{\displaystyle c\neq d}
, ou seja,
c
<
d
o
u
d
<
c
{\displaystyle c<d\;ou\;d<c}
.
(a<b e c<d) Vamos considerar que
c
<
d
{\displaystyle c<d}
, assim
∃
m
∈
N
{\displaystyle \exists \;m\in \mathbb {N} }
, tal que
d
=
c
+
m
{\displaystyle d=c+m}
Logo
(
c
+
m
)
k
=
c
k
+
1
⇒
c
k
+
m
k
=
c
k
+
1
⇒
m
k
=
1.
{\displaystyle (c+m)k=ck+1\Rightarrow ck+mk=ck+1\Rightarrow mk=1.}
Pela questão 6, m=k=1. Logo d=c+1, b=a+1. Portanto
[
(
α
,
α
+
1
)
]
⊙
[
(
α
,
α
+
1
)
]
=
[
(
α
+
1
,
α
)
]
{\displaystyle [(\alpha ,\alpha +1)]\odot [(\alpha ,\alpha +1)]=[(\alpha +1,\alpha )]}
.
(a<b e d<c) Vamos considerar que
d
<
c
{\displaystyle d<c}
, assim
∃
p
∈
N
{\displaystyle \exists \;p\in \mathbb {N} }
, tal que
c
=
d
+
p
{\displaystyle c=d+p}
Logo
d
k
+
1
=
(
d
+
p
)
k
+
1
+
1
⇒
d
k
+
1
=
d
k
+
p
k
+
2
⇒
p
k
+
2
=
1
⇒
s
(
p
k
+
1
)
=
1
{\displaystyle dk+1=(d+p)k+1+1\Rightarrow dk+1=dk+pk+2\Rightarrow pk+2=1\Rightarrow s(pk+1)=1}
, absurdo, pois 1 não é sucessor de nenhum natural pelo axioma de Peano.
(b<a) Vamos considerar que
b
<
a
{\displaystyle b<a}
, assim
∃
l
∈
N
{\displaystyle \exists \;l\in \mathbb {N} }
, tal que
a
=
b
+
l
{\displaystyle a=b+l}
Logo
c
(
b
+
l
)
+
d
b
=
d
(
b
+
l
)
+
c
b
+
1
⇒
c
b
+
c
l
+
d
b
=
d
b
+
d
l
+
c
b
+
1
⇒
c
l
=
d
l
+
1
⇒
{\displaystyle c(b+l)+db=d(b+l)+cb+1\Rightarrow cb+cl+db=db+dl+cb+1\Rightarrow cl=dl+1\Rightarrow }
Mas
c
=
d
o
u
c
≠
d
{\displaystyle c=d\;ou\;c\neq d}
. Caso
c
=
d
⇒
c
l
+
1
=
d
l
+
1
+
1
⇒
1
=
2
{\displaystyle c=d\Rightarrow cl+1=dl+1+1\Rightarrow 1=2}
, absurdo. Logo
c
≠
d
{\displaystyle c\neq d}
, ou seja,
c
<
d
o
u
d
<
c
{\displaystyle c<d\;ou\;d<c}
.
(b<a e c<d) Vamos considerar que
c
<
d
{\displaystyle c<d}
, assim
∃
q
∈
N
{\displaystyle \exists \;q\in \mathbb {N} }
, tal que
d
=
c
+
q
{\displaystyle d=c+q}
Logo
c
l
=
(
c
+
q
)
l
+
1
⇒
c
l
+
1
=
c
l
+
q
l
+
1
+
1
⇒
1
=
q
l
+
1
+
1
⇒
1
=
s
(
q
l
+
1
)
{\displaystyle cl=(c+q)l+1\Rightarrow cl+1=cl+ql+1+1\Rightarrow 1=ql+1+1\Rightarrow 1=s(ql+1)}
, absurdo, pois 1 não é sucessor de nenhum natural pelo axioma de Peano.
(b<a e d<c) Vamos considerar que
d
<
c
{\displaystyle d<c}
, assim
∃
r
∈
N
{\displaystyle \exists \;r\in \mathbb {N} }
, tal que
c
=
d
+
r
{\displaystyle c=d+r}
Logo
(
d
+
r
)
l
=
d
l
+
1
⇒
d
l
+
r
l
=
d
l
+
1
⇒
r
l
=
1
{\displaystyle (d+r)l=dl+1\Rightarrow dl+rl=dl+1\Rightarrow rl=1}
.
Pela questão 6, r=l=1. Logo c=d+1, a=b+1. Portanto
[
(
α
+
1
,
α
)
]
⊙
[
(
α
+
1
,
α
)
]
=
[
(
α
+
1
,
α
)
]
{\displaystyle [(\alpha +1,\alpha )]\odot [(\alpha +1,\alpha )]=[(\alpha +1,\alpha )]}
.
Mostre que
x
⊗
θ
=
θ
⊗
x
=
θ
{\displaystyle x\otimes \theta =\theta \otimes x=\theta }
, para todo
x
∈
Z
{\displaystyle x\in \mathbb {Z} }
.
Tome
θ
=
[
(
α
,
α
)
]
∈
Z
{\displaystyle \theta =[(\alpha ,\alpha )]\in \mathbb {Z} }
. Considere
x
=
[
(
a
,
b
)
]
∈
Z
{\displaystyle x=[(a,b)]\in \mathbb {Z} }
.
Assim
[
(
a
,
b
)
]
⊗
[
(
α
,
α
)
]
=
[
(
α
,
α
)
]
⇔
[
(
a
⋅
α
+
b
⋅
α
,
a
⋅
α
+
b
⋅
α
)
]
=
[
(
α
,
α
)
]
⇔
(
a
⋅
α
+
b
⋅
α
,
a
⋅
α
+
b
⋅
α
)
∼
(
α
,
α
)
⇔
a
⋅
α
+
b
⋅
α
+
α
=
α
+
a
⋅
α
+
b
⋅
α
{\displaystyle [(a,b)]\otimes [(\alpha ,\alpha )]=[(\alpha ,\alpha )]\Leftrightarrow [(a\cdot \alpha +b\cdot \alpha ,a\cdot \alpha +b\cdot \alpha )]=[(\alpha ,\alpha )]\Leftrightarrow (a\cdot \alpha +b\cdot \alpha ,a\cdot \alpha +b\cdot \alpha )\sim (\alpha ,\alpha )\Leftrightarrow a\cdot \alpha +b\cdot \alpha +\alpha =\alpha +a\cdot \alpha +b\cdot \alpha }
.
Pela comutatividade da soma e da multiplicação dos naturais é verdade.
Assim
[
(
α
,
α
)
]
⊗
[
(
a
,
b
)
]
=
[
(
α
,
α
)
]
⇔
[
(
α
⋅
a
+
α
⋅
b
,
α
⋅
a
+
α
⋅
b
)
]
=
[
(
α
,
α
)
]
⇔
(
α
⋅
a
+
α
⋅
b
,
α
⋅
a
+
α
⋅
b
)
∼
(
α
,
α
)
⇔
α
⋅
a
+
α
⋅
b
+
α
=
α
+
α
⋅
a
+
α
⋅
b
{\displaystyle [(\alpha ,\alpha )]\otimes [(a,b)]=[(\alpha ,\alpha )]\Leftrightarrow [(\alpha \cdot a+\alpha \cdot b,\alpha \cdot a+\alpha \cdot b)]=[(\alpha ,\alpha )]\Leftrightarrow (\alpha \cdot a+\alpha \cdot b,\alpha \cdot a+\alpha \cdot b)\sim (\alpha ,\alpha )\Leftrightarrow \alpha \cdot a+\alpha \cdot b+\alpha =\alpha +\alpha \cdot a+\alpha \cdot b}
Pela comutatividade da soma e da multiplicação dos naturais é verdade.
Assim
[
(
a
,
b
)
]
⊗
[
(
α
,
α
)
]
=
[
(
α
,
α
)
]
⊗
[
(
a
,
b
)
]
⇔
[
(
a
⋅
α
+
b
⋅
α
,
a
⋅
α
+
b
⋅
α
)
]
=
[
(
α
⋅
a
+
α
⋅
b
,
α
⋅
a
+
α
⋅
b
)
]
⇔
{\displaystyle [(a,b)]\otimes [(\alpha ,\alpha )]=[(\alpha ,\alpha )]\otimes [(a,b)]\Leftrightarrow [(a\cdot \alpha +b\cdot \alpha ,a\cdot \alpha +b\cdot \alpha )]=[(\alpha \cdot a+\alpha \cdot b,\alpha \cdot a+\alpha \cdot b)]\Leftrightarrow }
⇔
(
a
⋅
α
+
b
⋅
α
,
a
⋅
α
+
b
⋅
α
)
∼
(
α
⋅
a
+
α
⋅
b
,
α
⋅
a
+
α
⋅
b
)
⇔
a
⋅
α
+
b
⋅
α
+
α
⋅
a
+
α
⋅
b
=
a
⋅
α
+
b
⋅
α
+
α
⋅
a
+
α
⋅
b
{\displaystyle \Leftrightarrow (a\cdot \alpha +b\cdot \alpha ,a\cdot \alpha +b\cdot \alpha )\sim (\alpha \cdot a+\alpha \cdot b,\alpha \cdot a+\alpha \cdot b)\Leftrightarrow a\cdot \alpha +b\cdot \alpha +\alpha \cdot a+\alpha \cdot b=a\cdot \alpha +b\cdot \alpha +\alpha \cdot a+\alpha \cdot b}
Pela comutatividade da soma e da multiplicação dos naturais é verdade.
Define-se em
Z
{\displaystyle \mathbb {Z} }
a operação diferença de inteiros, por
x
⊖
y
=
x
⊕
(
−
y
)
{\displaystyle x\ominus y=x\oplus (-y)}
, onde
−
y
{\displaystyle -y}
́e o inverso aditivo de y. Dados
x
,
y
∈
Z
{\displaystyle x,y\in \mathbb {Z} }
, determine-se explicitamente a classe de equivalência de
x
⊖
y
{\displaystyle x\ominus y}
.
Tome
x
=
[
(
a
,
b
)
]
,
y
=
[
(
c
,
d
)
]
{\displaystyle x=[(a,b)],y=[(c,d)]}
. Definamos
−
y
=
[
(
−
c
,
−
d
)
]
{\displaystyle -y=[(-c,-d)]}
Assim
x
⊕
(
−
y
)
=
[
(
a
,
b
)
]
⊕
[
(
−
c
,
−
d
)
]
=
[
(
a
−
c
,
b
−
d
)
]
{\displaystyle x\oplus (-y)=[(a,b)]\oplus [(-c,-d)]=[(a-c,b-d)]}
.
Como
x
⊖
y
=
x
⊕
(
−
y
)
⇒
[
(
a
,
b
)
]
⊖
[
(
c
,
d
)
]
=
[
(
a
−
c
,
b
−
d
)
]
{\displaystyle x\ominus y=x\oplus (-y)\Rightarrow [(a,b)]\ominus [(c,d)]=[(a-c,b-d)]}
No entanto x,y foram tomados em
Z
{\displaystyle \mathbb {Z} }
, logo
x
⊖
y
∈
Z
×
Z
{\displaystyle x\ominus y\in \mathbb {Z} \times \mathbb {Z} }
e como
x
⊕
(
−
y
)
∈
Z
{\displaystyle x\oplus (-y)\in \mathbb {Z} }
, logo
⊖
:
Z
×
Z
↦
Z
,
o
n
d
e
[
(
a
,
b
)
]
⊖
[
(
c
,
d
)
]
=
[
(
a
−
c
,
b
−
d
)
]
{\displaystyle \ominus :\mathbb {Z} \times \mathbb {Z} \mapsto \mathbb {Z} ,onde[(a,b)]\ominus [(c,d)]=[(a-c,b-d)]}
Mostre-se a existência de um cone positivo em
Z
{\displaystyle \mathbb {Z} }
, isto é, um subconjunto
C
{\displaystyle {\mathcal {C}}}
que satisfaz :
(a) Se
x
,
y
∈
C
{\displaystyle x,y\in {\mathcal {C}}}
, então
x
⊕
y
{\displaystyle x\oplus y}
e
x
⊙
y
∈
C
{\displaystyle x\odot y\in {\mathcal {C}}}
Tome
C
=
{
[
(
a
,
b
)
]
∈
Z
;
a
>
b
}
{\displaystyle {\mathcal {C}}=\{[(a,b)]\in \mathbb {Z} ;a>b\}}
.
Sejam
x
,
y
∈
C
,
c
o
m
x
=
[
(
a
,
b
)
]
,
y
=
[
(
c
,
d
)
]
,
a
s
s
i
m
a
>
b
,
c
>
d
{\displaystyle x,y\in {\mathcal {C}},com\;x=[(a,b)],y=[(c,d)],assim\;a>b,c>d}
. Pelas desigualdades existem k,l nos naturais, tais que
a
=
b
+
k
,
c
=
d
+
l
{\displaystyle a=b+k,c=d+l}
Façamos
x
⊕
y
=
[
(
a
,
b
)
]
⊕
[
(
c
,
d
)
]
=
[
(
a
+
c
,
b
+
d
)
]
{\displaystyle x\oplus y=[(a,b)]\oplus [(c,d)]=[(a+c,b+d)]}
.
Como
a
+
c
=
b
+
k
+
d
+
l
⇒
a
+
c
>
b
+
d
⇒
[
(
a
+
c
,
b
+
d
)
]
∈
C
{\displaystyle a+c=b+k+d+l\Rightarrow a+c>b+d\Rightarrow [(a+c,b+d)]\in {\mathcal {C}}}
x
⊙
y
=
[
(
a
,
b
)
]
⊙
[
(
c
,
d
)
]
=
[
(
a
c
+
b
d
,
a
d
+
b
c
)
]
{\displaystyle x\odot y=[(a,b)]\odot [(c,d)]=[(ac+bd,ad+bc)]}
.
Assim
a
c
+
b
d
=
(
b
+
k
)
(
d
+
l
)
+
b
d
=
b
d
+
b
l
+
k
d
+
k
l
+
b
d
{\displaystyle ac+bd=(b+k)(d+l)+bd=bd+bl+kd+kl+bd}
, como
a
d
=
(
b
+
k
)
d
=
b
d
+
k
d
{\displaystyle ad=(b+k)d=bd+kd}
e
b
c
=
b
(
d
+
l
)
=
b
d
+
b
l
{\displaystyle bc=b(d+l)=bd+bl}
, assim
a
c
+
b
d
=
(
b
d
+
k
d
)
+
(
b
d
+
b
l
)
+
k
l
=
a
d
+
b
c
+
k
l
{\displaystyle ac+bd=(bd+kd)+(bd+bl)+kl=ad+bc+kl}
Logo ac+bd > ad+bc, isso implica que
[
(
a
c
+
b
d
,
a
d
+
b
c
)
]
∈
C
{\displaystyle [(ac+bd,ad+bc)]\in {\mathcal {C}}}
.
Portanto
C
=
{
[
(
a
,
b
)
]
∈
Z
;
a
>
b
}
{\displaystyle {\mathcal {C}}=\{[(a,b)]\in \mathbb {Z} ;a>b\}}
é um cone positivo
Mostre-se a existência de um cone positivo em
Z
{\displaystyle \mathbb {Z} }
, isto ́e, um subconjunto C que satisfaz :
(b) Os subconjuntos
C
,
C
−
=
{
−
x
:
x
∈
C
}
{\displaystyle C,C_{-}=\{-x:x\in {\mathcal {C}}\}}
e
{
θ
}
{\displaystyle \{\theta \}}
são disjuntos dois a dois.
Tome
C
=
{
[
(
a
,
b
)
]
∈
Z
:
a
>
b
:
a
,
b
∈
N
}
{\displaystyle {\mathcal {C}}=\{[(a,b)]\in \mathbb {Z} :a>b:a,b\in \mathbb {N} \}}
um cone positivo em
Z
{\displaystyle \mathbb {Z} }
.
C
−
=
{
−
x
:
x
∈
C
}
=
{
[
(
a
,
b
)
]
∈
Z
:
a
<
b
:
a
,
b
∈
N
}
{\displaystyle C_{-}=\{-x:x\in {\mathcal {C}}\}=\{[(a,b)]\in \mathbb {Z} :a<b:a,b\in \mathbb {N} \}}
, o conjunto dos inversos aditivos de
C
{\displaystyle {\mathcal {C}}}
e
{
θ
=
[
(
1
,
1
)
]
}
=
{
[
(
a
,
b
)
]
∈
Z
:
a
=
b
:
a
,
b
∈
N
}
{\displaystyle \{\theta =[(1,1)]\}=\{[(a,b)]\in \mathbb {Z} :a=b:a,b\in \mathbb {N} \}}
o elemento neutro da soma.
Vamos mostrar que os três subconjuntos são disjuntos. Pela tricotomia em c,d, temos que
c
=
d
,
c
<
d
o
u
d
<
c
{\displaystyle c=d,c<d\;ou\;d<c}
.
Seja
y
=
[
(
c
,
d
)
]
∈
Z
,
c
o
m
c
,
d
∈
N
{\displaystyle y=[(c,d)]\in \mathbb {Z} ,com\;c,d\in \mathbb {N} }
.
Caso
c
=
d
,
y
=
[
(
c
,
d
)
]
∼
[
(
1
,
1
)
]
{\displaystyle c=d,y=[(c,d)]\sim [(1,1)]}
, logo
y
∈
{
θ
}
.
{\displaystyle y\in \{\theta \}.}
Caso
d
<
c
,
y
=
[
(
c
,
d
)
]
{\displaystyle d<c,y=[(c,d)]}
, logo
y
∈
{
C
}
.
{\displaystyle y\in \{{\mathcal {C}}\}.}
Caso
c
<
d
,
y
=
[
(
c
,
d
)
]
{\displaystyle c<d,y=[(c,d)]}
, logo
y
∈
{
C
−
}
.
{\displaystyle y\in \{{\mathcal {C}}_{-}\}.}
Portanto eles são disjuntos.
Mostre-se a existência de um cone positivo em
Z
{\displaystyle \mathbb {Z} }
, isto ́e, um subconjunto C que satisfaz:
(c)
Z
=
C
∪
C
−
∪
{
θ
}
{\displaystyle \mathbb {Z} =C\cup C_{-}\cup \{\theta \}}
.
Pela tricotomia do item anterior, temos um
y
=
[
(
c
,
d
)
]
∈
Z
.
{\displaystyle y=[(c,d)]\in \mathbb {Z} .}
c
=
d
⇒
y
∈
{
θ
}
{\displaystyle c=d\Rightarrow y\in \{\theta \}}
c
<
d
⇒
y
∈
C
−
{\displaystyle c<d\Rightarrow y\in C_{-}}
c
>
d
⇒
y
∈
C
{\displaystyle c>d\Rightarrow y\in C}
Então y em
Z
{\displaystyle \mathbb {Z} }
, se e somente se, pertence a algum dos três conjuntos, então
Z
=
C
∪
C
−
∪
{
θ
}
{\displaystyle \mathbb {Z} =C\cup C_{-}\cup \{\theta \}}
.
Mostre que nos inteiros não existe solução para a equação:
x
⋅
[
(
5
,
7
)
]
=
[
(
1
,
2
)
]
{\displaystyle x\cdot [(5,7)]=[(1,2)]}
Seja
x
=
[
(
a
,
b
)
]
∈
Z
{\displaystyle x=[(a,b)]\in \mathbb {Z} }
Assim
[
(
a
,
b
)
]
⋅
[
(
5
,
7
)
]
=
[
(
1
,
2
)
]
⇒
[
(
5
a
+
7
b
,
7
a
+
5
b
)
]
=
[
(
1
,
2
)
]
⇒
5
a
+
5
b
+
2
b
+
1
+
1
=
5
a
+
2
a
+
5
b
+
1
⇒
2
b
+
1
=
2
a
{\displaystyle [(a,b)]\cdot [(5,7)]=[(1,2)]\Rightarrow [(5a+7b,7a+5b)]=[(1,2)]\Rightarrow 5a+5b+2b+1+1=5a+2a+5b+1\Rightarrow 2b+1=2a}
Temos que
a
=
b
{\displaystyle a=b}
ou
a
≠
b
{\displaystyle a\neq b}
Caso
a
=
b
{\displaystyle a=b}
, logo
2
a
=
2
b
{\displaystyle 2a=2b}
, logo é absurdo
s
(
2
b
)
=
2
a
{\displaystyle s(2b)=2a}
.
Caso
a
<
b
{\displaystyle a<b}
, existe k natural, tal que
b
=
a
+
k
{\displaystyle b=a+k}
, assim
2
(
a
+
k
)
+
1
=
2
a
⇒
2
a
+
2
k
+
1
+
1
=
2
a
+
1
⇒
s
(
2
k
+
1
)
=
1
{\displaystyle 2(a+k)+1=2a\Rightarrow 2a+2k+1+1=2a+1\Rightarrow s(2k+1)=1}
. Absurdo 1 ser sucessor de algum número, pelo Axioma de Peano.
Caso
a
>
b
{\displaystyle a>b}
, existe l natural, tal que
a
=
b
+
l
{\displaystyle a=b+l}
, assim
2
b
+
1
=
2
(
b
+
l
)
⇒
2
b
+
1
=
2
b
+
2
l
⇒
1
=
2
l
⇒
1
=
s
(
2
l
−
1
)
{\displaystyle 2b+1=2(b+l)\Rightarrow 2b+1=2b+2l\Rightarrow 1=2l\Rightarrow 1=s(2l-1)}
. Absurdo 1 ser sucessor de algum número, pelo Axioma de Peano.
Portanto não existe solução nos inteiros.
Prove nos inteiros que, se
x
≠
θ
{\displaystyle x\neq \theta }
, então
x
⋅
x
>
θ
{\displaystyle x\cdot x>\theta }
. Onde > ́e a relação de ordem definido pelo cone.
Tome
x
=
[
(
a
,
b
)
]
≠
θ
⇒
a
≠
b
⇒
a
<
b
o
u
a
>
b
{\displaystyle x=[(a,b)]\neq \theta \Rightarrow a\neq b\Rightarrow a<b\;ou\;a>b}
.
(
a
<
b
{\displaystyle a<b}
) Tomemos
[
(
a
,
b
)
]
⊙
[
(
a
,
b
)
]
=
[
(
a
a
+
b
b
,
a
b
+
b
a
)
]
{\displaystyle [(a,b)]\odot [(a,b)]=[(aa+bb,ab+ba)]}