Uma galáxia é um grande aglomerado de estrelas (O Sol, por exemplo), girando em volta delas mesmas pela força gravitacional mútua. Isso causa a criação de vastos sistemas circulares, por exemplo a Galáxia do Redemoinho que pode ser vista na foto.

A Galáxia do Redemoinho

Existem galáxias de vários tamanhos, as menores com 'apenas' algumas centenas de milhões de estrelas, a própria galáxia Via Láctea onde o Sol se localiza e onde estamos, com 100 bilhões de estrelas, e outras ainda maiores, com até 1 trilhão de estrelas.

As primeiras galáxias se formaram logo após o universo esfriar o suficiente para permitir que os gases existentes se atraíssem em grandes estruturas. Com o tempo, as galáxias foram se juntando, atraídas através de suas forças gravitacionais e se tornando cada vez maiores.

A maior parte de uma galáxia não pode ser vista, pois está na forma de matéria escura, ou seja, matéria que não emite luz. No entanto, seus efeitos gravitacionais podem ser detectados, e daí sua existência deduzida.

Calcula-se que existam cerca de 100 bilhões de galáxias em todo o universo conhecido.


Milhares de galáxias podem ser vistas nesta foto do telescópio espacial Hubble. As galáxias mais velhas da foto têm mais de 13 bilhões de anos de idade, quase tão velhas quanto o próprio universo conhecido.


A grande explosão

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Imagem do nascimento de estrelas a 12 bilhões de anos-luz da Terra.


A Grande Explosão (ou Big Bang) é uma teoria científica que tenta explicar a origem do nosso Universo. É a que detêm mais credibilidade.

Foi sugerida primeiramente pelo padre e cosmólogo belga Georges Lemaître (1894-1966), quando expôs uma teoria propondo que o universo teria tido um início repentino.

Com o passar do tempo a proposta do cosmólogo belga começou a tomar forma quando em 1929 as linhas espectrais da luz das galáxias observadas no observatório de Monte Palomar por Milton La Salle Humason começaram a revelar um afastamento progressivo para as galáxias mais distantes, com características de uma dilatação universal.

Traduzida em números esta descoberta permitiu ao astrônomo Edwin Hubble encaixar uma progressão aritmética que mais tarde foi chamada de Constante de Hubble.


A grande implosão

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A Grande Implosão (ou Big Crunch, ou ainda Gnab Gib) é uma teoria científica segundo a qual o universo começará no futuro a contrair-se, devido à atração gravitacional, até entrar em colapso sobre si mesmo. Essa teoria seria o inverso do Big Bang.

No entanto, recentemente, a ideia foi descartada e o futuro do Universo foi escrito:

 
A Nebulosa de Águia. Apesar da aparência de algodão doce, as nebulosas são enormes.

crescer para sempre, até o seu fim, como já diria a teoria da expansão infinita.


Nebulosas e aglomerados de estrelas

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O que imaginas que sejam as nebulosas e aglomerados de estrelas? Pelos nomes não é muito difícil de imaginar. As nebulosas são grandes nuvens de gases muito aquecidos e poeira cósmica. As nebulosas são locais de formação de estrelas, planetas e sistemas solares inteiros.

O aglomerado de estrelas por sua vez é isso mesmo, um grupo de estrelas próximas unidas pela força da gravidade, a mesma que faz a Terra girar em volta do Sol. Muitas vezes, podem existir essas reuniões de estrelas dentro de nebulosas.


Nebulosas

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Nebulosa de Órion.

E como se formará essa nuvem tão grande em meio ao espaço? E de onde vem o seu brilho? Os estudiosos admitem que as nebulosas podem se formar através da reunião de grandes quantidades de gases em um pequeno local pela força da gravidade. Outras podem se formar também a partir da explosão repentina de uma estrela, chamada supernova. Podem se formar ainda a partir da lenta expansão de uma estrela que esteja no fim de sua vida e libere os gases de sua atmosfera, uma gigante vermelha. Como um balão que se enche sozinho para depois secar.

Na maior parte dos casos podemos ver as nebulosas por que a luz ultravioleta gerada pelo calor atravessa os gases e chega até nós. Em outros casos, as estrelas formadas na supernova iluminam o material existente em volta dela.


Algumas nebulosas são visíveis a olho nu ou com a ajuda de binóculos e telescópios. Por exemplo, a Nebulosa de Órion, na imagem, localiza-se na constelação de Órion. E bem próximas da constelação de Sagitário podem se ver a Nebulosa Laguna, a Nebulosa Trífida e a Nebulosa Ômega. As nebulosas são classificadas a partir da existência ou inexistência de uma forma definido.

Nebulosas difusas

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Nebulosa Cabeça de Cavalo, exemplo de nebulosa escura.

Algo que está difuso é algo que está espalhado, assim, as nebulosas difusas são aquelas sem um formato claro. As nuvens de gases nas nebulosas difusas podem tanto refletir a luz das estrelas próximas, como um espelho, quanto gerar luz a partir das várias estrelas em seu interior.

Existem ainda as nebulosas escuras que são vistas da Terra como nuvens escuras, mas na verdade são partes escuras do céu em frente a outras estrelas ou nebulosas pela presença de matéria que absorve a luz ou a desvia.

Remanescente de supernova

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Nebulosa do Caranguejo, tipo de remanescente de supernova.

Quando grandes estrelas estão morrendo elas podem explodir espalhando por todo o espaço os gases de que eram feitas. São chamadas de supernovas e os gases que restaram da explosão, ou seja, remanescentes, podem formar nebulosas que refletirão a luz da estrela que está desaparecendo em seu interior. São um tipo de nebulosa difusa.

Nebulosas planetárias

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Nebulosa Hélice, exemplo de nebulosa planetária. Consegue ver a semelhança com uma hélice? E com os gigantes gasosos?

Se a nebulosa difusa é a espalhada e sem forma, a nebulosa planetária é a que tem planetas em seu meio certo?

Acontece que os primeiros cientistas deram esse nome a elas por acharem-nas parecidas com os planetas gigantes gasosos como Júpiter e Saturno. Na verdade elas não têm relação com planetas e se formam quando estrelas velhas estão liberando gases. As temperaturas são enormes e estão se expandindo pelo espaço.

Aglomerados de estrelas

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Aglomerados de estrelas são grandes conjuntos de estrelas muito próximas e unidas entre si. Podem ser formados por milhares ou milhões de estrelas e ser muito antigos ou bem recentes. Essa é uma das diferenças que permite a divisão dos aglomerados entre abertos e globulares. Estão divididos também entre o centro das galáxias e suas regiões mais externas. Com o passar do tempo as estrelas vão se separando e o aglomerado se desfaz por fim.

Aglomerado aberto

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As Plêiades na Constelação de Touro.

Um aglomerado de estrelas aberto não tem uma forma fixa, assim como as nebulosas difusas. São formados por estrelas recém-nascidas e com brilho forte. Mesmo sem forma definida as estrelas em um aglomerado aberto estão unidas entre si pela gravidade.

Se formam a partir das nebulosas em grande parte nos "braços" de galáxias em espiral - das quais trataremos em um próximo capítulo. Consegue adivinhar por que isso acontece? É que o centro das galáxias são as regiões mais antigas delas e os "braços" as mais novas com muitos gases para a formação de estrelas.

Aglomerado globular

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O aglomerado Messier 13 na constelação de Hércules, formado por cerca de 500 mil estrelas.

Um glóbulo é uma coisa que tem formato de bola, esférico. Os algomerados globulares receberam esse nome devido ao seu formato. Já foram encontrados vários na nossa galáxia a Via Láctea e são os objetos mais antigos conhecidos.

Ao contrário dos aglomerados abertos, encontram-se no centro da galáxia e são formados por estrelas antigas e vermelhas bastante próximas entre si.

O destino das estrelas

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Estrelas como o Sol (1 a 1,5 massa solar)

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Queimam o seu combustível por cerca de 5 bilhões de anos. Ao acabar o combustível, incham de tamanho e se transformam em gigantes vermelhas por alguns milhões de anos. Então se tornam anãs brancas do tamanho da Terra.

Estrelas (< 1 massa solar)

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Queimam lentamente o seu combustível, durando muitos bilhões de anos, também chamadas de anões-marrons.

Estrelas (1,5 a 3 massas solares)

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Queimam rapidamente o combustível, explodindo e se tornando estrelas de nêutrons.

Estrelas (> 3 massas solares)

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Queimam extremamente rápido o combustível, durando apenas poucos milhões de anos. Ao acabar o combustível que suportava o peso da estrela, ela contrai-se violentamente. Parte externa da estrela ricocheteia na parte interna e explode de maneira espetacular, transformando-se numa supernova, uma das maiores explosões conhecidas.

Parte interna da estrela continua contraindo-se e diminuindo de tamanho sem parar, até transformar-se em um buraco negro.