A erva utilizada no cachimbo é o tabaco ou fumo (Nicotiana sp.), cujas folhas são colhidas, secas (com ou sem o auxílio de fogo), cortadas em finas tiras e aromatizadas ou não. O tabaco é uma planta de origem americana, pertencente à família das solanáceas, cujo nome é uma referência às propriedades calmantes de algumas plantas da família (solari é uma palavra em latim que significa "consolar, aliviar"). Existem mais de setenta espécies do gênero botânico Nicotiana: a mais utilizada comercialmente é a Nicotiana tabacum. O nome Nicotiana foi criado pelo botânico Lineu em homenagem ao embaixador francês em Portugal, Jean Nicot, que foi um dos introdutores da planta na Europa[1].

Nicotiana tabacum em flor
Folha de tabaco infectada pelo vírus do mosaico do tabaco

É uma planta de cultivo anual, o que significa que produz uma safra por ano. A planta é suscetível a várias doenças. Uma delas entrou para a história da biologia: a doença causada pelo vírus do mosaico do tabaco, a qual produz manchas na folha do tabaco, podendo levá-lo à morte. Foi o primeiro vírus a ser descoberto, em 1892, por Dimitri Ivanowsky[2].

Existem vários tipos de fumo: os mais utilizados são o burley e o virginia. Existem fumos com sabor mais forte, que são utilizados ocasionalmente para acrescentar um sabor especial ao blend, ou seja, à mistura de fumos usada no cachimbo. São eles o oriental (cultivado na Grécia e na Turquia), o latakia (cultivado no Chipre) e o perique (originário da Luisiania, nos Estados Unidos).[3] Também pode ser utilizado o fumo de rolo, após ser picotado. O fumo de rolo é composto por folhas secas de tabaco, enroladas e guardadas em forma de corda.

O maior produtor mundial de fumo é a República Popular da China, que produz aproximadamente quarenta por cento do tabaco no mundo.

Referências