Caminhos da história/Rota da seda/Introdução
Introdução
editarO nome já explica o interesse que o produto tinha em tempos imemoriais.
De que seria feito aquele tecido tão leve, brilhante, de onde seria extraído?
Apenas os chineses tinham esse conhecimento que deslumbrava a todos aqueles que tinham a oportunidade de ver.
Nos referimos à Rota da Seda para simplificar o que, na verdade, eram diversas estradas ou diversos caminhos que acabavam se unindo em uma determinada direção. Caminhos que, por volta de sete mil milhas atravessavam a China, a Ásia Central, o norte da Índia, o Ímperio Parto e o Ímperio Romano. Conectava o vale do Rio Amarelo ao mar Mediterrâneo, atravessava cidades chinesas como Kansu e Sinkiang, países que hoje são o Irã, Iraque, Síria, Uzbequistão, Turcomenistão, Paquistão.
Hoje, quando queremos tudo simplificado, até para fazer uma viagem aérea achamos complicado o tempo perdido, nem lembramos a distância a ser percorrida. Vamos fazer um exercício de voltar no tempo e apreciar a coragem dos aventureiros e comerciantes que saíam sem saber quando e se iriam voltar.
Eram privilegiados ao conhecer o “outro lado do mundo” fosse de que lugar partissem. Arte, cultura, linguagem, religião, hábitos, comida, tudo ia mudando à medida que o caminho se aprofundasse, pelo deserto, nas altas cordilheiras, trilhas perigosas, clima hostil. Essa é a Rota da Seda e esses os povos que vivem em suas margens ou que trilha os mesmos caminhos.
Não faz muito tempo caravanas levavam por volta de 3 semanas para ir de Srinagar até Leh, que era a encruzilhada dos vários caminhos da Rota da Seda. Hoje pode-se chegar a Leh em dois dias pela estrada de Srinagar, ficando uma noite em Kargil. A estrada hoje chamada de Rodovia Federal foi construída nos anos 60...
Esse é apenas um exemplo de como as estradas que foram abertas há milhares de anos são até hoje um documento da coragem e um exemplo da ousadia do homem em se aventurar por caminhos inexistentes.