Na cultura dos povos indígenas, o fumo era visto como um presente dos deuses, um elo de ligação com a divindade e era utilizado em rituais de cura pelos pajés. Os primeiros europeus que tomaram contato com o fumo o viam como algo medicinal e o chamavam de erva santa. Sobre ele, Manuel da Nóbrega, um dos padres jesuítas que fundaram a cidade brasileira de São Paulo, afirmou: "Todas as comidas desta terra são difíceis de desgastar, mas Deus remediou a isso por uma erva cujo fumo ajuda a digestão e a outros males corporais, pois purga a flegma do estômago."[1] De fato, comprovou-se, posteriormente, que a nicotina (C10H14N2) presente no tabaco exerce um efeito estimulante nas primeiras inalações e um efeito tranquilizante, após algumas inalações.[2]

Desenho retratando índio fumando
Pulmão canceroso

No entanto, após a difusão do hábito de fumar através do mundo inteiro, os médicos começaram a descobrir que o fumo estava relacionado a doenças como o câncer pulmonar, doenças cardiovasculares[3] e gastrite[4], afetando não apenas o fumante mas também todas as pessoas ao seu redor que têm contato com a fumaça[5]. Como resultado, surgiram inúmeras leis antitabagistas em todo o mundo, restringindo o fumo em locais públicos[6].

Em sentido contrário, porém, pesquisas indicam que o consumo de tabaco pode prevenir o mal de parkinson. No entanto, os mesmos pesquisadores advertem que o tabaco causa outras doenças e que, por isso, não é recomendável usá-lo na prevenção dessa doença[7].

Referências