Cozinha Fluminense/Bebidas
Nos dias quentes, o fluminense se refresca bebendo cerveja do tipo pilsen ou chope (cerveja não pasteurizada), ambos bem gelados. A cerveja chegou ao Rio de Janeiro (e ao Brasil) em 1808 com a vinda de D. João VI e da família real portuguesa. Antes disso, as principais bebidas alcoólicas consumidas eram o vinho e a bagaceira portugueses e a cachaça brasileira. Uma das primeiras lojas especializadas em servir cerveja na cidade do Rio de Janeiro foi o Zum Schlauch (que significa, em alemão, "a serpentina"), inaugurada em 1887 por Jacob Wendling, filho de suíços nascido na cidade fluminense de Petrópolis. O Zum Schlauch daria origem ao tradicional Bar Luiz.[1]
As crianças tomam refrigerantes de cola, de guaraná, de laranja, de limão ou de uva. Também são muito consumidos os refrescos de caju, de maracujá e de guaraná, bem como chá mate gelado e caldo de cana. As pessoas mais preocupadas com a saúde consomem sucos de fruta como laranja, açaí, melão, abacaxi etc.
No inverno, a cerveja pode ser substituída por uma caneca ou taça de vinho tinto.
Nas festas juninas, são bebidas típicas o vinho quente (vinho cozido com açúcar, cravo, maçã e canela)[2] e o quentão (cachaça cozida com açúcar, cravo, canela, maçã e gengibre)[3]. Na ceia de Natal, costuma-se tomar vinho. E, no réveillon, costuma-se celebrar o ano novo com uma taça de vinho espumante. Também são consumidos cachaça e vinho de jabuticaba: esta última, nos lugares onde há produção desta fruta, como em Itaperuna, no norte do Estado. No interior do Estado, em cidades como Paraty, Nova Friburgo e Itaperuna, existe grande produção de cachaça artesanal, que é produzida desde o século XVI. Anualmente, a cidade histórica de Paraty realiza um festival da cachaça.[4] Na cidade de Paty do Alferes, existe um museu da cachaça.[5]
No café da manhã, o fluminense toma café com leite. As crianças costumam tomar leite com achocolatados.
O vale do rio Paraíba do Sul foi a principal região produtora de café no mundo durante o século XIX. Com o esgotamento dos solos da região no século XX, o café deixou de ser cultivado, porém o seu consumo pela população persistiu nessa e nas demais regiões do atual Estado do Rio de Janeiro.