As duas principais raízes culturais cubanas são a Espanha e a África. A Espanha legou a língua espanhola e a religião católica. A África legou a santeria, que é a religião baseada no culto aos orixás. A tradicional música cubana formou-se a partir da junção das letras e melodias espanholas com os ritmos africanos. Esta junção gerou os tradicionais estilos musicais e de dança cubanos: a rumba, o mambo, a salsa, o son e o punto[1].

Um santero, sacerdote da Santeria
Dançarinos de salsa em Havana, Cuba
Son no Passeio do Prado, em Havana

A cultura da cana-de-açúcar introduzida pelos espanhóis gerou a criação das duas bebidas típicas cubanas: o rum e o mojito (coquetel feito com rum, limão, gelo, açúcar e hortelã), além do guarapo (garapa)[2].

A proximidade com os Estados Unidos influenciou a adoção do beisebol como o esporte nacional cubano[3], bem como o gosto popular pelo boxe e pelo vôlei. Além disso, uma característica marcante da cultura cubana é o gosto pelos carros estadunidenses das décadas de 1920, 1930, 1940 e 1950, gosto este que é fruto do bloqueio econômico imposto pelo governo estadunidense após a revolução Cubana e que obrigou os cubanos a criar meios de manter em funcionamento os carros estadunidenses, diante da impossibilidade de comprar novos carros dos Estados Unidos[4].

Apesar do extermínio dos povos indígenas pelos espanhóis, alguns elementos culturais dos índios locais persistiram na cultura cubana. Por exemplo, a excelência no cultivo de tabaco e na fabricação de charutos e o largo consumo popular destes[5]. E a fabricação das típicas casas rurais cubanas, cuja arquitetura com telhados de palha e paredes de madeira pouco difere da arquitetura das antigas casas indígenas[6].

A cozinha cubana compõe-se da união de alimentos de origem indígena (mandioca, feijão, pimenta, abóbora, batata-doce, milho, pimentão), espanhola (carnes de porco, de vaca e de galinha, arroz trazido do oriente pelos espanhóis, alho) e africana (quiabo, inhame, banana). A combinação destes alimentos gerou pratos típicos como o "mouros e cristãos" (cozido de arroz, feijão preto e carne de porco), a sopa de banana verde, o fufú (purê de banana), o ajiaco (cozido de mandioca, nabo, cenoura, ervas, alho, cebola e pimentão), chicharrones de puerco (torresmo), banana frita, congrís (arroz cozido com feijão vermelho), picadillo a la habanera (carne de vaca ou porco com tomate, pimentão, azeitona e uva-passa) etc. Para beber, café, champola (graviola com leite e açúcar), pru (refresco feito de raízes), limonada ou sucos de frutas feitos com água ou leite[7].

A maior festa popular cubana é o carnaval, que reúne pessoas dançando nas ruas, desfile de carros alegóricos e de blocos[8].

A roupa típica cubana é a guayabera: uma camisa de linho ou de algodão branca com botões e quatro bolsos na frente. Ela foi criada para o trabalho no campo durante o dia inteiro sob o sol. Os quatro bolsos servem para guardar cigarros ou, segundo o folclore, goiabas. Uma lei em 2010 determinou que a guayabera seja a vestimenta oficial dos representantes do governo cubano em serviço[9].

Meio século de socialismo rendeu ao país o primeiro lugar mundial na taxa de alfabetização, junto com a Letônia e a Estônia: 99,8% da população são alfabetizados.

Referências