Bahia/História: diferenças entre revisões

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Como essa era a atividade mais rendosa, ela ocupou a porção mais fértil da Região Nordeste do Brasil, ou seja, o litoral, fazendo com que a pecuária necessária para alimentar a população tivesse que se deslocar para o interior da região, na época habitado por tribos indígenas falantes de idiomas macro-jês, como os cariris, os camacãs, os maxacalis e os crenaques. A penetração da pecuária no interior baiano viria a atingir o vale do Rio São Francisco em meados do século XVII<ref>PRADO JÚNIOR, C. ''História Econômica do Brasil''. 39ª edição. São Paulo: Brasiliense, 1992. pp.44-45</ref>. A partir de meados do século XVI, começaram a chegar os primeiros escravos africanos ao Brasil, substituindo a mão de obra escrava indígena. Inicialmente, provindos da região da Guiné. A partir do século seguinte, no entanto, a maior parte dos escravos africanos passou a vir da região de Angola<ref>BUENO, E. ''Brasil'': Uma História. Segunda edição revista. São Paulo: Ática, 2003. pp.114-116</ref>. Estes africanos foram responsáveis por introduzir a arte marcial da capoeira na Baía<ref>http://www.revistadehistoria.com.br/secao/artigos-revista/elo-perdido</ref>.
 
Em 8 de maio de 1624, navios neerlandeses invadiram a cidade de Salvador, que, desde 1580, pertencia à Espanha devido à União Ibérica entre Portugal e Espanha. Com a invasão, os Países Baixos, que estavam em guerra contra a Espanha, pretendia se apoderar da produção açucareira brasileira. Porém o domínio neerlandês sobre Salvador durou apenas um ano, após o qual os neerlandeses foram rechaçados por uma frota enviada pela Espanha<ref>BUENO, E. ''Brasil: uma História''. Segunda edição revista. São Paulo: Ática, 2003. p.90</ref>. Muitos importantes nomes da literatura barroca em língua portuguesa viveram na cidade de Salvador durante o século XVII, como Gregório de Matos, Antônio Vieira e Bento Teixeira<ref>BOSI, A. ''História Concisa da Literatura Brasileira''. 38ª edição. São Paulo: Cultrix, 2007. pp.36-46</ref>.

A partir do século XVIII, a maior parte dos escravos africanos traficados para o Brasil passou a provir da região da Costa da Mina (aproximadamente, o atual território de Gana)<ref>BUENO, E. ''Brasil'': Uma História. Segunda edição revista. São Paulo: Ática, 2003. pp.114-116</ref>. Foram estes africanos que introduziram a religião do candomblé na Baía. Em 1763, Portugal decidiu transferir a capital da colônia (então denominada Vice-reino do Brasil) para o Rio de Janeiro, que ficava mais próximo das Minas Gerais recém-descobertas do que Salvador.
 
Em 1765, devido ao estado precário da Igreja da Sé, a sede da arquidiocese de Salvador foi transferida para a Capela do Colégio dos Jesuítas, os quais haviam sido expulsos do Brasil quatro anos antes. No final do século XVIII, a Conjuração Baiana pretendeu a separação da Capitania da Baía em relação a Portugal. O movimento, porém, foi duramente reprimido pelo governo português e seus líderes condenados à morte ou ao exílio na África. A independência brasileira em relação a Portugal, que foi enfim proclamada na Capitania de São Paulo em 7 de setembro de 1822 por dom Pedro I, somente veio a ser efetivada na Capitania da Baía em 14 de junho de 1823, através de declaração da Câmara da Vila de Santo Amaro da Purificação. Tal atraso se deveu à grande resistência das tropas portuguesas na Baía, tropas estas que somente vieram a se render em 2 de julho de 1823, após violentos combates contra as forças locais pró-independência. Após a independência, as capitanias brasileiras passaram a ser chamadas províncias. Em 1832, a Revolução Federalista eclodiu nas vilas de São Félix e Cachoeira, liderada por Bernardo Miguel Guanais Mineiro. A revolta tinha, por objetivo, o estabelecimento de um governo republicano. Na noite de 24 para 25 de janeiro de 1835, a cidade de Salvador foi tomada pela Revolta dos Malês, uma revolta liderada pelos escravos de religião muçulmana (os chamados "malês"). A revolta tinha, por objetivo, estabelecer uma monarquia islâmica, mas foi derrotada pela tropas do governo.
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File:Pero do Campo Tourinho 2.jpg|Busto de Pero do Campo Tourinho, o primeiro donatário da Capitania de Porto Seguro, em Porto Seguro
File:IgrejaSaoJorge.jpg|Igreja Matriz de São Jorge dos Ilhéus, erguida em 1556<ref>http://www.feriasbrasil.com.br/ba/ilheus/igrejamatrizdesaojorgedosilheus.cfm</ref>, em Ilhéus
File:ThomeSousa.jpg|Estátua de Tomé de Sousa em Salvador
File:Torre2.jpg|Casa da Torre, erguida por Garcia d'Ávila, filho do primeiro governador-geral do Brasil Tomé de Sousa, na Praia do Forte, no atual município de Mata de São João, em 1551
File:IgrejaSaoJorge.jpg|Igreja Matriz de São Jorge dos Ilhéus, erguida em 1556<ref>http://www.feriasbrasil.com.br/ba/ilheus/igrejamatrizdesaojorgedosilheus.cfm</ref>, em Ilhéus
Ficheiro:Guato language.png|Mapa mostrando a distribuição das tribos macro-jês no século XVI
File:El Mina, Fortaleza de São Jorge da Mina, e castelo no monte de S. Tiago, Ghana.jpg|Gravura de 1750 retratando o Castelo de São Jorge da Mina, em atual território ganense