Introdução aos Conceitos de Filosofia/Lição III: diferenças entre revisões
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1º) Conduz inexoravelmente dos princípios às conclusões. É a razão que conduz das premissas “Todo A é B” e “Todo B é C” à conclusão “Todo A é C”. É a razão que conduz de “2x+10=20” a “x=5”, dos postulados de Euclides ao teorema de Pitágoras.
2º) É a razão que garante seus próprios princípios gerais. É a razão que garante os postulados de Euclides, que a contradição deve ser rejeitada (ver [[Lógica Tradicional: Princípios e as Proposições Categóricas#Princípios da Lógica tradicional#Não-contradição|Princípio de não-contradição]]), que toda coisa é igual a si mesma (ver [[Lógica Tradicional
Segundo esta perspectiva, a razão também estrutura todo conhecimento válido. Seja a geometria euclidiana, a física newtoniana ou o sistema planetário copernicano, todas as proposições (teoremas, leis, princípios, axiomas etc.) que constituem estes ou qualquer outro sistema de conhecimento válido são consistentes entre si (não se contradizem).
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Podemos listar algumas diferenças entre as duas categorias de conhecimento quem vêm sendo apontadas ao longo da história da filosofia:
#A verdade das proposições que constituem o conhecimento ''a priori'' é determinada de forma puramente racional. Sendo a verdade destas auto-evidente, no caso dos juízos analíticos ''a priori'', ou sendo a demonstração a forma mais rigorosa de determinação, no caso dos juízos sintéticos ''a priori''. Já a verdade (ou pretensão de verdade ou chance de ser verdade) do conhecimento ''a posteriori'' é determinada pela experiência sensível, sendo o experimento a forma mais rigorosa de determinação.
#A base dos sistemas que compõe o conhecimento ''a priori'' (sistemas de geometria, de lógica, de metafísica etc.) são os axiomas dos quais os teoremas são deduzidos. Já a base do conhecimento ''a posteriori'' são os fatos particulares a partir dos quais as leis da Natureza são induzidas.
#David Hume apontou<sup>[[Introdução aos Conceitos de Filosofia
#O caráter ontológico das entidades estudadas por cada categoria de conhecimento também é apontado ao longo da história da filosofia como distintos. Hume, por exemplo, alega<sup>[[Introdução aos Conceitos de Filosofia: Conceitos de Epistemologia#Referências|2]]</sup> que as entidades tratadas no conhecimento acerca das ''relações de idéias'' existem apenas no intelecto humano. A saber: números, figuras geométricas, argumentos, tautologias etc.
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Por outro lado, há filósofos, tais como Gottlob Frege e Kant, que além de rejeitarem arduamente o empirismo matemático, defendem que o conhecimento empírico depende da racionalidade. Kant afirma que as idéias de tempo e espaço são formas ''a priori'' do conhecimento.<sup>[[Introdução aos Conceitos de Filosofia: Conceitos de Epistemologia#Referências|4]]</sup> Ou seja, segundo Kant, somos capazes de perceber que as coisas são exteriores umas as outras e que os eventos se sucedem porque temos o conhecimento ''a priori'' do tempo e espaço.
===Referências===
#[http://www.lse.ac.uk/collections/lakatos/scienceAndPseudoscience.htm ''Science and Pseudoscience''] (incluindo um arquivo de áudio MP3) – Imre Lakatos (1973)
#[[:en:s:An Enquiry Concerning Human Understanding|An Enquiry Concerning Human Understanding]], [[w:David Hume|David Hume]] (1748)
#[[:de:s:Kritik der reinen Vernunft|Kritik der reinen Vernunft]], [[w:Immanuel Kant|Immanuel Kant]] (1787)
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