Advaita: é a filosofia do não dualismo criada por Sancara no século VIII. Defende que não existe diferença entre Deus e os seres criados, pois tudo é Deus, Deus está em tudo.
Agni: o antigo deus ária do fogo.
Ahimsa: é o princípio hindu da não violência. Defende que os atos violentos não são agradáveis a Deus. Gandhi adotou este princípio em sua luta pela independência da Índia, ao sempre procurar protestar e lutar de forma pacífica, como através de boicotes comerciais, passeatas pacíficas, greves de fome e nunca através de atos violentos, derramamento de sangue ou reação violenta diante de agressões.
Amrita: é a bebida mítica dos deuses hindus, a qual lhes confere vigor e vida eterna.
Ananda: "felicidade", em sânscrito. Uma qualidade prezada no Hinduísmo.
Aparigraha: é o ideal hindu do desapego aos bens materiais, qualidade esta indispensável ao completo desenvolvimento do ser humano.
Arjuna: é um dos personagens do Mahabharata. É um guerreiro que luta em uma carruagem que tem como cocheiro Críxena. Durante a batalha, Críxena dá conselhos espirituais valiosos a Arjuna. Tal episódio constitui-se na parte mais famosa do Mahabharata e se chama Bhagavad-Gita (traduzido do sânscrito, "A Canção do Senhor").
Brahmacharia: é o princípio hindu do controle do instinto sexual.
Brama: é o deus hindu da criação. Possui quatro cabeças, cada uma representando um dos pontos cardeais e um dos Vedas. Sua montaria é o cisne ou ganso.
Cartiqueia, ou Scanda: é o deus hindu da guerra. Filho de Xiva, monta um pavão.
Castas: segundo o Hinduísmo tradicional, seriam as classes em que se divide a sociedade, divisão esta de origem divina. As quatro castas principais seriam a dos brâmanes (sacerdotes), seguida pela dos xátrias (guerreiros e governantes), a dos vaixás (comerciantes e agricultores) e a dos sudras (empregados). Com o tempo, estas quatro castas básicas se subdiviram em uma infinidade de outras. Porém, atualmente, o sistema de castas é questionado na Índia: seja pelo governo, que a declarou ilegal, ou por pensadores do porte de Gandhi.
Críxena: é um dos mais famosos avatares (encarnações) de Víxenu. Foi pastor de bois e vacas, razão pela qual geralmente é representado tocando uma flauta, que usa para conduzir o gado. Seu par romântico é a camponesa Radha.
Diwali: é a festa das luzes, celebrada no outono na Índia. Acendem-se lanternas para celebrar a vitória do bem sobre o mal.
Ganesha: filho de Xiva e Parvati, tem a cabeça de um elefante com uma das presas cortada. Segundo uma lenda, tal presa teria sido cortada pelo próprio Ganesha para servir de caneta para escrever o clássico indiano Mahabharata, que teria sido ditado a ele pelo sábio cego Vyasa. Sua montaria é um camundongo. Segundo outra lenda, teria sido um garoto normal, mas, por um acidente, Xiva teria decepado-lhe a cabeça com seu tridente. Ao procurar reparar seu erro, Xiva não teria conseguido encontrar a cabeça decepada e teria então usado a cabeça de um elefante recém-falecido para ser encaixada ao corpo do garoto. É um deus muito venerado, pois se acredita que traz sorte e inteligência. Aprecia muito doces.
Hanuman: é o rei dos macacos que ajudou Rama a resgatar sua esposa Sita.
Hare Krishna: é o nome popular dos membros da Associação Internacional para a Consciência de Críxena, que é uma organização religiosa fundada em 1966 por Bhaktivedanta Swami Prabhupada visando à difusão do Hinduísmo. Seus seguidores são conhecidos por rasparem totalmente a cabeça, com a exceção de um tufo de cabelos perto da nuca, o que os distingue de outras seitas hindus. A seita se baseia na adoração a Deus sob a forma de Críxena. Seguindo o princípio hindu da não violência (ahimsa), seus membros adotam uma dieta lacto-vegetariana, visando a evitar o sofrimento desnecessário de animais. O nome popular de seus membros vem do mantra que é recitado ou cantado frequentemente: hare Krishna, hare Krishna, Krishna Krishna, hare hare, hare Rama, hare Rama, Rama Rama, hare hare.Hare significa "salve", em sânscrito.
Holi: é a festa da primavera. Celebra o ano-novo hindu, em março. Assam-se alimentos em fogueiras e joga-se tinta uns nos outros.
Indra: antigo deus da guerra dos árias. Sua montaria é o elefante Airavata.
Kama: a busca pelo prazer. Uma das quatro finalidades da existência, segundo a cultura hindu, ao lado de artha (a busca de bens materiais), dharma (o dever moral perante a sociedade) e moksha (a libertação espiritual do ciclo de reencarnações).
Kumbha Mela: significa "festa do Pote". É uma festa religiosa periódica que se reveza entre as cidades indianas de Prayag (Allahabad), Haridwar, Ujjain e Nasik. A cada doze anos, ocorrem quatro Kumbha Mela, sendo que a realizada em Prayag é a Maha Kumbha Mella (Grande Kumbha Mela). Ocorrem espetáculos, desfiles de homens santos, banhos no Rio Ganges e muitas barracas são montadas para atender a milhões de peregrinos.
Láksmi: é a esposa de Víxenu e deusa da riqueza e da família.
Linga: artefato em formato cilíndrico que representa o pênis. Sua presença é obrigatória nos templos dedicados a Xiva.
Lila: é o divino jogo da vida. Significa encarar os acontecimentos com bom humor, como se fossem apenas uma diversão, um jogo. Pois é isso o que realmente são, segundo este conceito hindu.
Mandir: templo hindu.
Mantra: frase que é repetida várias vezes, visando a obter um estado superior de consciência.
Maya: "ilusão", em sânscrito. É a interpretação incorreta que geralmente temos em relação à realidade.
Murti: estátua de deus hindu.
Nandi: o touro branco que é a montaria de Xiva. Normalmente, na entrada dos templos dedicados a Xiva se localiza uma estátua de Nandi.
Parvati: é a esposa de Xiva. Pode apresentar-se sob formas mais agressivas, como Durga, que tem dez braços e monta um tigre ou leão, ou a negra Cali, que usa um colar de crânios ao redor do pescoço.
Prema: "amor" em sânscrito. Uma qualidade prezada no Hinduísmo.
Puja: é o ato de adorar uma divindade hindu, através da oferenda de incenso, alimento ou bebida[1].
Rama: é uma das encarnações de Víxenu. Sua história está descrita no clássico da literatura indiana Ramayana, que conta o rapto de sua esposa Sita pelo demônio Ravana e a luta para resgatá-la.
Ramakrishna: místico hindu do século XIX que defendia a ideia de que todas as religiões são igualmente valiosas e válidas para se chegar até Deus.
Rio Ganges: é o mais sagrado dos rios indianos. É cultuado como a deusa Ganga[2].
Sai Baba: famoso guru indiano contemporâneo. Prega que todas as religiões têm a mesma finalidade: conduzir o praticante até Deus, ou seja, até a felicidade e a realização do sentido da existência.
Sânscrito: a língua da antiga Índia. É a língua na qual foram redigidos os mais importantes textos da literatura hindu.
Sarasvati: é esposa de Brama e deusa das artes.
Satya: "verdade", em sânscrito. Uma qualidade prezada na cultura hindu.
Seva: significa "serviço", em sânscrito. É o ato de ajudar as pessoas necessitadas. É um importante princípio do Hinduísmo.
Shanti: "paz", em sânscrito. Uma qualidade prezada no Hinduísmo.
Surya: antigo deus ária do sol.
Tantra: é o ramo do Hinduísmo que procura utilizar o corpo como um meio de aperfeiçoamento espiritual.
Varanasi: cidade às margens do rio Ganges. É o principal local de peregrinação do Hinduísmo. Acredita-se que é o lar de Xiva.[3]
Varuna: antigo deus ária da criação. Também é o deus do mar. Sua montaria é o mítico animal aquático Makara.
Vaca: é o animal mais sagrado do Hinduísmo. Os hindus não podem maltratá-la ou matá-la.
Víxenu: é o deus hindu da conservação. Possui a pele azulada e quatro braços, cada um deles portando um objeto: um búzio, uma flor de lótus, um disco e uma maça. Quando o mundo está em perigo, acredita-se que Víxenu encarna na terra para salvá-la. São os chamados "avatares" de Víxenu. Os mais famosos teriam sido Rama, Críxena e Buda. Sua montaria é a ave mítica Garuda.
Xiva: é o deus hindu da destruição. Apresenta uma meia lua desenhada na testa, o pescoço enrolado por serpentes e porta um tridente. É o deus dos iogues. Sua montaria é o touro branco Nandi.
Yogananda: líder hindu que difundiu a meditação no mundo ocidental na primeira metade do século XX.
Yoni: concavidade que representa os órgãos sexuais femininos.