• Advaita: é a filosofia do não dualismo criada por Sancara no século VIII. Defende que não existe diferença entre Deus e os seres criados, pois tudo é Deus, Deus está em tudo.
Estátua de Sancara em Kedarnath, na Índia
  • Agni: o antigo deus ária do fogo.
  • Ahimsa: é o princípio hindu da não violência. Defende que os atos violentos não são agradáveis a Deus. Gandhi adotou este princípio em sua luta pela independência da Índia, ao sempre procurar protestar e lutar de forma pacífica, como através de boicotes comerciais, passeatas pacíficas, greves de fome e nunca através de atos violentos, derramamento de sangue ou reação violenta diante de agressões.
Gandhi na marcha do Sal, em 1930, incentivando os indianos a produzirem seu próprio sal e a boicotarem o sal taxado pelos ingleses
  • Amrita: é a bebida mítica dos deuses hindus, a qual lhes confere vigor e vida eterna.
Gravura do sul da Índia mostrando o episódio mitológico em que Víxenu extrai a amrita do oceano, através do friccionar de uma montanha girada com o auxílio de uma serpente
  • Ananda: "felicidade", em sânscrito. Uma qualidade prezada no Hinduísmo.
  • Aparigraha: é o ideal hindu do desapego aos bens materiais, qualidade esta indispensável ao completo desenvolvimento do ser humano.
  • Arjuna: é um dos personagens do Mahabharata. É um guerreiro que luta em uma carruagem que tem como cocheiro Críxena. Durante a batalha, Críxena dá conselhos espirituais valiosos a Arjuna. Tal episódio constitui-se na parte mais famosa do Mahabharata e se chama Bhagavad-Gita (traduzido do sânscrito, "A Canção do Senhor").
Estátua de Arjuna em Ubud, em Báli, na Indonésia
  • Brahmacharia: é o princípio hindu do controle do instinto sexual.
  • Brama: é o deus hindu da criação. Possui quatro cabeças, cada uma representando um dos pontos cardeais e um dos Vedas. Sua montaria é o cisne ou ganso.
Brama
  • Cartiqueia, ou Scanda: é o deus hindu da guerra. Filho de Xiva, monta um pavão.
Estátua cambojana de Scanda sobre o pavão, século VI ou VII
  • Castas: segundo o Hinduísmo tradicional, seriam as classes em que se divide a sociedade, divisão esta de origem divina. As quatro castas principais seriam a dos brâmanes (sacerdotes), seguida pela dos xátrias (guerreiros e governantes), a dos vaixás (comerciantes e agricultores) e a dos sudras (empregados). Com o tempo, estas quatro castas básicas se subdiviram em uma infinidade de outras. Porém, atualmente, o sistema de castas é questionado na Índia: seja pelo governo, que a declarou ilegal, ou por pensadores do porte de Gandhi.
  • Críxena: é um dos mais famosos avatares (encarnações) de Víxenu. Foi pastor de bois e vacas, razão pela qual geralmente é representado tocando uma flauta, que usa para conduzir o gado. Seu par romântico é a camponesa Radha.
Radha e Críxena em gravura do século XVIII
  • Diwali: é a festa das luzes, celebrada no outono na Índia. Acendem-se lanternas para celebrar a vitória do bem sobre o mal.
Santram Mandir durante o Diwali de 2008
  • Ganesha: filho de Xiva e Parvati, tem a cabeça de um elefante com uma das presas cortada. Segundo uma lenda, tal presa teria sido cortada pelo próprio Ganesha para servir de caneta para escrever o clássico indiano Mahabharata, que teria sido ditado a ele pelo sábio cego Vyasa. Sua montaria é um camundongo. Segundo outra lenda, teria sido um garoto normal, mas, por um acidente, Xiva teria decepado-lhe a cabeça com seu tridente. Ao procurar reparar seu erro, Xiva não teria conseguido encontrar a cabeça decepada e teria então usado a cabeça de um elefante recém-falecido para ser encaixada ao corpo do garoto. É um deus muito venerado, pois se acredita que traz sorte e inteligência. Aprecia muito doces.
Estátua do século XIII de Karnataka no sul da Índia representando Ganesha sentado
  • Hanuman: é o rei dos macacos que ajudou Rama a resgatar sua esposa Sita.
Estátua de Hanuman em Hyderabad, na Índia
  • Hare Krishna: é o nome popular dos membros da Associação Internacional para a Consciência de Críxena, que é uma organização religiosa fundada em 1966 por Bhaktivedanta Swami Prabhupada visando à difusão do Hinduísmo. Seus seguidores são conhecidos por rasparem totalmente a cabeça, com a exceção de um tufo de cabelos perto da nuca, o que os distingue de outras seitas hindus. A seita se baseia na adoração a Deus sob a forma de Críxena. Seguindo o princípio hindu da não violência (ahimsa), seus membros adotam uma dieta lacto-vegetariana, visando a evitar o sofrimento desnecessário de animais. O nome popular de seus membros vem do mantra que é recitado ou cantado frequentemente: hare Krishna, hare Krishna, Krishna Krishna, hare hare, hare Rama, hare Rama, Rama Rama, hare hare. Hare significa "salve", em sânscrito.
Devotos "hare Krishna" tocando em uma rua de Viena, Áustria
  • Holi: é a festa da primavera. Celebra o ano-novo hindu, em março. Assam-se alimentos em fogueiras e joga-se tinta uns nos outros.
Aquarela do século XIX mostrando Críxena, Radha e gopi (camponesas) celebrando o Holi
  • Indra: antigo deus da guerra dos árias. Sua montaria é o elefante Airavata.
Indra montado sobre o elefante Airavata e Kala, o deus hindu da morte, no templo Ban Phluang, na Tailândia
  • Kama: a busca pelo prazer. Uma das quatro finalidades da existência, segundo a cultura hindu, ao lado de artha (a busca de bens materiais), dharma (o dever moral perante a sociedade) e moksha (a libertação espiritual do ciclo de reencarnações).
  • Kumbha Mela: significa "festa do Pote". É uma festa religiosa periódica que se reveza entre as cidades indianas de Prayag (Allahabad), Haridwar, Ujjain e Nasik. A cada doze anos, ocorrem quatro Kumbha Mela, sendo que a realizada em Prayag é a Maha Kumbha Mella (Grande Kumbha Mela). Ocorrem espetáculos, desfiles de homens santos, banhos no Rio Ganges e muitas barracas são montadas para atender a milhões de peregrinos.
Gravura de 1844 retratando uma Kumbha Mela realizada em Haridwar
  • Láksmi: é a esposa de Víxenu e deusa da riqueza e da família.
Estátua do século XI representando Víxenu e Láksmi
Estátua representando Víxenu e Láksmi repousando sobre o deus-cobra Sesh Nag
  • Linga: artefato em formato cilíndrico que representa o pênis. Sua presença é obrigatória nos templos dedicados a Xiva.
Linga no templo budista de Wat Phro, em Bagkok, na Tailândia
  • Lila: é o divino jogo da vida. Significa encarar os acontecimentos com bom humor, como se fossem apenas uma diversão, um jogo. Pois é isso o que realmente são, segundo este conceito hindu.
  • Mandir: templo hindu.
Krishna Balaram Mandir em Vrindavam, em Uttar Pradesh, na Índia
  • Mantra: frase que é repetida várias vezes, visando a obter um estado superior de consciência.
  • Maya: "ilusão", em sânscrito. É a interpretação incorreta que geralmente temos em relação à realidade.
  • Murti: estátua de deus hindu.
  • Nandi: o touro branco que é a montaria de Xiva. Normalmente, na entrada dos templos dedicados a Xiva se localiza uma estátua de Nandi.
Estátua de Nandi em Mysore, na Índia
  • Parvati: é a esposa de Xiva. Pode apresentar-se sob formas mais agressivas, como Durga, que tem dez braços e monta um tigre ou leão, ou a negra Cali, que usa um colar de crânios ao redor do pescoço.
Estátua de Parvati do século X em Tamil Nadu, no sul da Índia
Estátua representando Durga matando o vilão Mahisasura em um festival em honra a Durga realizado em Calcutá, na Índia, em 2004
Gravura do século XVIII representando Cali
  • Prema: "amor" em sânscrito. Uma qualidade prezada no Hinduísmo.
  • Puja: é o ato de adorar uma divindade hindu, através da oferenda de incenso, alimento ou bebida[1].
Um puja no Nepal
  • Rama: é uma das encarnações de Víxenu. Sua história está descrita no clássico da literatura indiana Ramayana, que conta o rapto de sua esposa Sita pelo demônio Ravana e a luta para resgatá-la.
  • Ramakrishna: místico hindu do século XIX que defendia a ideia de que todas as religiões são igualmente valiosas e válidas para se chegar até Deus.
  • Rio Ganges: é o mais sagrado dos rios indianos. É cultuado como a deusa Ganga[2].
  • Sai Baba: famoso guru indiano contemporâneo. Prega que todas as religiões têm a mesma finalidade: conduzir o praticante até Deus, ou seja, até a felicidade e a realização do sentido da existência.
  • Sânscrito: a língua da antiga Índia. É a língua na qual foram redigidos os mais importantes textos da literatura hindu.
Reunião de colaboradores da Wikipédia em sânscrito
  • Sarasvati: é esposa de Brama e deusa das artes.
Estátua de Sarasvati. Em sua mão esquerda, o seu instrumento: a vina.
  • Satya: "verdade", em sânscrito. Uma qualidade prezada na cultura hindu.
  • Seva: significa "serviço", em sânscrito. É o ato de ajudar as pessoas necessitadas. É um importante princípio do Hinduísmo.
  • Shanti: "paz", em sânscrito. Uma qualidade prezada no Hinduísmo.
  • Surya: antigo deus ária do sol.
Estátua de Surya, o deus do sol, em sua carruagem puxada por sete cavalos
Templo do Sol em Konark, em Orissa, na Índia. O templo tem o formato da carruagem de Surya.
  • Tantra: é o ramo do Hinduísmo que procura utilizar o corpo como um meio de aperfeiçoamento espiritual.
Ilustração do clássico indiano da literatura erótica Kama Sutra. O Kama Sutra faz parte da linha tântrica do Hinduísmo.
Postura de ioga. A ioga também faz parte da linha tântrica do Hinduísmo.
  • Varanasi: cidade às margens do rio Ganges. É o principal local de peregrinação do Hinduísmo. Acredita-se que é o lar de Xiva.[3]
Foto de Varanasi em 1922
  • Varuna: antigo deus ária da criação. Também é o deus do mar. Sua montaria é o mítico animal aquático Makara.
  • Vaca: é o animal mais sagrado do Hinduísmo. Os hindus não podem maltratá-la ou matá-la.
Vaca passeando pelos becos de Varanasi
  • Víxenu: é o deus hindu da conservação. Possui a pele azulada e quatro braços, cada um deles portando um objeto: um búzio, uma flor de lótus, um disco e uma maça. Quando o mundo está em perigo, acredita-se que Víxenu encarna na terra para salvá-la. São os chamados "avatares" de Víxenu. Os mais famosos teriam sido Rama, Críxena e Buda. Sua montaria é a ave mítica Garuda.
Escultura balinesa de Víxenu montado em Garuda
  • Xiva: é o deus hindu da destruição. Apresenta uma meia lua desenhada na testa, o pescoço enrolado por serpentes e porta um tridente. É o deus dos iogues. Sua montaria é o touro branco Nandi.
Estátua de Xiva como Nataraja, o "rei da Dança"
  • Yogananda: líder hindu que difundiu a meditação no mundo ocidental na primeira metade do século XX.
  • Yoni: concavidade que representa os órgãos sexuais femininos.
Yoni de pedra no santuário Cát Tiên, em Lam Dong, no Vietnã

Referências

  1. http://www.gita.ddns.com.br/hinduismo/puja.php
  2. WILKINSON, P. O livro ilustrado das religiões. Primeira edição. São Paulo: Publifolha, 2001. p. 43
  3. WILKINSON, P. O livro ilustrado das religiões. Primeira edição. São Paulo: Publifolha, 2001. p. 43