História da Europa/Napoleão Bonaparte e o surgimento do nacionalismo
Para tentar impedir que os monarquistas, eleitos livremente, tomassem posse no Diretório em 1799, os membros da burguesia mandaram Napoleão Bonaparte e seu exército para defender o Diretório e anular as eleições.
Foi assim que, Napoleão tirou vantagem da situação e com o Golpe de 18 Brumário tomou o controle da nação.
O Consulado 1799-1804
editarNapoleão tomou o poder e inicialmente instalou um despotismo esclarecido conhecido como Consulado. Foi durante essa época que ele instituiu uma série de reformas esclarecidas e importantes.
A mais importante delas foi o seu Código Napoleônico, que garantia liberdade de culto, códigos de leis igualitários, igualdade social e legal, direitos de propriedade, e o fim dos direitos feudais. Napoleão também implementou a educação compulsória no país inteiro, conhecida como Universidade da França. Em 1801 ele acabou com a descristianização.
O império 1804-1814
editarNapoleão se declarou Imperador da França e se tornou um ditador militar. Na guerra, ele ficou invicto contra seus três principais inimigos continentais, derrotando a Áustria, Rússia e Prússia diversas vezes.
Durante seu governo, ele tomou grandes porções de terras na Europa continental para a França. No entanto, falhou ao enfrentar a Inglaterra, foi derrotado na tentativa de esmagar a marinha britânica na batalha de Trafalgar, pelo almirante Nelson.
Como resultado, Napoleão empregou o Bloqueio Continental, uma espécie de guerra econômica. Ele proibiu o comércio com os britânicos, bloqueando todas as costas da Europa, impedindo a exportação.
Infelizmente para Napoleão, isso não deu certo, uma vez que os britânicos conseguiam contrabandear mercadorias para a Europa e também faziam comércio com as suas próprias colônias, Ásia e Estados Unidos.
Napoleão eliminou o Sacro Império Romano e em 1806 consolidou suas partes em 40 estados que chamou Confederação do Reno.
Após Alexandre I da Rússia se retirar do Bloqueio Continental, Napoleão invadiu a Rússia em 1812. Foi a sua primeira derrota, uma vez que o exército russo empregou a tática da terra arrasada para derrotar o exército francês.
Ainda assim, Napoleão rapidamente levantou um novo exército, mas esse foi esmagado pela Quádrupla Aliança de Inglaterra, Áustria, Rússia e Prússia, na Batalha das Nações/Leipzig em 1813.
Napoleão foi exilado na ilha de Elba, mas conseguiu escapar e retornar em 1815 para um período conhecido como os Cem Dias.
A Quádrupla Aliança novamente derrotou seu novo exército na Batalha de Waterloo, comandada pelo grande general britânico Wolsey (Duque de Wellington). Napoleão foi então exilado na ilha de Santa Helena, onde morreu em 1821.
O Congresso de Viena 1814-1815
editarA Quádrupla Aliança se reuniu no Congresso de Viena para criar uma Europa pós napoleónica. Seus representantes eram Castlereagh da Inglaterra, Talleyrand da França, Metternich da Áustria e Alexandre I da Rússia.
O Congresso de Viena com o apoio militar de Santa Aliança,foi incrivelmente leniente com a França. Simplesmente restaurou as antigas fronteiras e colocou Luís XVIII no trono. Não exigiu reparações.
O motivo foi o desejo dos aliados em ter uma França estável e próspera que não os ameaçasse com revoluções ou invasões.
As mudanças
editarLuís XVIII Bourbon ao subir ao trono francês, não desperdiçou vantagens trazidas pela revolução. Ao contrário, concedeu a Carta de 1814 que previa um poder executivo, um parlamento bicameral, tolerância religiosa, o código civil de Napoleão e a abolição do feudalismo.
Na política externa, houve uma grande virada após a queda de Napoleão. Enquanto preservar a balança do poder era muito importante, agora, mais focados na guerra estavam os defensores do liberalismo (revolucionários, republicanos, nacionalistas) contra o conservacionismo ou o Velho Regime (a monarquia, os aristocratas, clérigos).
Os nobres do Velho Regime, liderados por Klemens Wenzel von Metternich, usaram o Congresso do Sistema, também chamado de Concerto da Europa para que as nações europeias trabalhassem juntas de modo a prevenir qualquer tipo de revolução em seu território.
Um novo sentimento de nacionalismo surgiu nos territórios ocupados por Napoleão durante seu império.
Durante a ocupação, Napoleão destruiu ou anulou as culturas individuais de muitas nações. Os habitantes dessas nações se ressentiam muito disso e o resultado foi, que nas nações ocupadas explodiu um novo nacionalismo, especialmente na Alemanha e na Itália, num nível que não existia anteriormente.