No segundo milênio antes de Cristo, o atual território de Israel foi ocupado por dois povos: um deles, procedente da Suméria e que veio a constituir o povo hebreu, também chamado de judeu. O outro povo foi o dos filisteus, oriundo provavelmente da ilha de Creta ou da cidade grega de Micenas. Os filisteus ocuparam o litoral sul do atual território de Israel. Por volta de 1029 a.C., os judeus, que se organizavam em doze tribos autônomas, se unificaram sob o comando do rei Saul.

Mapa mostrando a distribuição das doze tribos judaicas na antiga Palestina
Vitral em igreja de Estrasburgo, na França, retratando Sansão levando os portões da cidade filisteia de Gaza para Hebron. A Bíblia narra as frequentes lutas entre filisteus e hebreus pela posse da terra.
"Davi e Saul", pintura de Julius Kronberg de 1885

Saul foi sucedido pelos reis Davi e Salomão. O reino judaico dividiu-se em seguida em duas porções: o Reino de Israel ao norte e o Reino de Judá ao sul. Seguiu-se um período de dominações estrangeiras: primeiro, os assírios do rei Sargão II conquistaram o Reino de Israel no século VIII a.C. Os babilônios do rei Nabucodonosor conquistaram o Reino de Judá no século VI a.C. Na ocasião, foi destruído o Templo de Jerusalém, que havia sido construído pelo rei Salomão. No mesmo século, os babilônios foram suplantados pelo Império Persa do rei Ciro II. Ciro permitiu a volta dos judeus, que estavam escravizados na Babilônia, para a Palestina, onde reconstruíram o Templo de Jerusalém.

No século IV a.C., o imperador macedônio Alexandre Magno conquistou o império Persa. Em 63 a.C., o império Romano passou a dominar a região. Houve duas revoltas judaicas contra o domínio romano: a primeira, iniciada em 66, terminou com a destruição de Jerusalém e de seu segundo templo pelo general romano Tito em 70. A segunda, em 135, terminou com a vitória do imperador romano Adriano e a expulsão dos judeus da Palestina[1]. Os judeus se espalharam pelo mundo na chamada diáspora. Onde quer que eles se estabelecessem, porém, conservavam a sua religião e identidade, o que fez com que eles se tornassem minorias perseguidas. Enquanto isso, a Palestina foi ocupada por bizantinos e, em seguida, pelos árabes no século VII. Seguiu-se um período sob domínio dos cavaleiros cruzados entre os séculos XI e XIII. A região foi retomada pelos árabes até o século XVI, quando foi conquistada pelos turcos otomanos do Sultão Selim I.

O Império Turco Otomano administrou a região até a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), quando foi derrotado e teve que ceder o atual território de Israel para ser administrado pela Grã-Bretanha. A Grã-Bretanha administrou a região até o final da Segunda Guerra Mundial, quando a recém-fundada Organização das Nações Unidas, diante da pressão da comunidade judaica pela criação de um estado judaico na região, decidiu criar três estados na região: um território árabe, um território judaico e um território sob administração internacional. Porém tal divisão não foi aceita pelos países árabes da região e, em 1948, logo após a criação do estado judaico de Israel, este foi invadido pelos países árabes vizinhos. Após este conflito, que ficou conhecido como a guerra da Independência de Israel, o território judaico ficou maior que o originalmente estabelecido pela Organização das Nações Unidas.

Em 1967, ocorreu novo conflito entre Israel e os países árabes vizinhos. Após esta guerra, que ficou conhecida como guerra dos Seis Dias, Israel passou a controlar a Cisjordânia e a faixa de Gaza, que estavam anteriormente sob domínio de Jordânia e Egito, respectivamente. Em 1973, os países árabes vizinhos atacaram Israel no dia do Yom Kippur, dia de jejum para os judeus. Foi a chamada Guerra do Yom Kippur.

Em 1982, Israel ocupou o sul do Líbano, visando a se defender dos ataques de foguetes lançados pelas organizações palestinas sediadas na região.

Em 1993, o primeiro-ministro israelense Yitzhak Rabin e o líder da Organização pela Libertação da Palestina Yasser Arafat assinaram um acordo na capital norueguesa Oslo se comprometendo a criar um estado palestino formado pela Cisjordânia e pela faixa de Gaza. Dois anos depois, Rabin foi assassinado por um extremista judeu que o considerou um traidor de Israel por ceder terras aos palestinos.

Referências