Atualmente, os Países Baixos compreendem duas regiões: uma europeia e outra americana. A porção europeia constitui-se em uma planície litorânea no noroeste da Europa, na região da foz dos rios Reno, Waal, Mosa e Escalda. Como sugere o próprio nome Países Baixos, é uma região de baixas altitudes, com uma altitude máxima de 321 metros (monte Vaalser) e, em muitos pontos, com uma altitude inferior ao nível do mar (o ponto mais baixo é Niewerkerk aan den IJssel, que fica a 6,76 metros abaixo do nível do mar). É uma área originalmente pantanosa, que foi drenada ao longo dos séculos pela população local através da construção de diques e de bombas d'água eólicas, formando áreas aptas à agricultura: os chamados pôlderes.

Mapa mostrando o relevo da porção europeia dos Países Baixos. O relevo é mais elevado no interior do que no litoral.
Marco no monte Vaalser, o ponto mais alto da porção europeia dos Países Baixos

É uma área densamente povoada, com mais de 450 habitantes por quilômetro quadrado. Como resultado, pouco restou de sua fauna e flora nativas, que deram lugar a pastagens e plantações. Como exemplos de animais nativos do país, podem ser citados o Hippocampus guttulatus (um tipo de cavalo-marinho) e o sapo-parteiro (Alytes obstreticans), além de mexilhões, caracóis, estrelas-do-mar, focas e aves migratórias. Por se situar em uma região litorânea, grande parte de sua vegetação nativa era composta por vegetação litorânea, com dunas de areia[1]. O clima é temperado, com média de dezessete graus no verão e dois graus no inverno. A pluviosidade é de 750 milímetros por ano, distribuída regularmente ao longo do ano[2].

A região americana dos Países Baixos é composta por três ilhas caribenhas: Bonaire, Santo Eustáquio e Saba. Bonaire se localiza mais ao sul do que as outras ilhas e, devido à menor latitude, apresenta uma média de temperatura um pouco mais alta: 27 graus. Apresenta um clima tropical seco, por influência dos ventos alísios que sopram constantemente do nordeste. Sua pluviosidade anual é de 550 milímetros. A baixa pluviosidade diminui a presença de rios na ilha, o que faz com que as águas costeiras fiquem sempre límpidas, favorecendo a visibilidade e o mergulho submarino. Já as ilhas de Saba e de Santo Eustáquio se localizam mais ao norte e têm uma média de temperatura um pouco menor: 22 graus. O clima é tropical úmido, com pluviosidade anual de mil (Saba) e 1 150 (Santo Eustáquio) milímetros[3]. Na ilha de Saba, localiza-se o ponto mais alto dos Países Baixos: o monte Cenário, com 877 metros de altitude[4]. Devido à menor densidade demográfica das ilhas em comparação à porção europeia dos Países Baixos (Bonaire, a maior das ilhas, possui 62,07 habitantes por quilômetro quadrado), a natureza na porção americana dos Países Baixos está mais preservada do que em sua porção europeia. Bonaire possui uma das maiores reservas de flamingos do Caribe. Também são muito comuns lagartos, iguanas e papagaios nas ilhas. No caso de Bonaire, a vegetação é adaptada ao clima seco e com grande salinidade. Existe abundância de cactos, bem como de beldroega-da-praia (Sesuvium portulacastrum), Bontia daphnoides, coité (Crescentia cujete), Conocarpus erectus e Cryptostegia grandiflora. Uma ameaça à vegetação nativa são as cabras que foram introduzidas pelos colonizadores europeus e que, por comerem os brotos das plantas, causaram uma grande devastação na flora nativa. A fauna marinha é riquíssima nas ilhas, com abundância de corais, peixes-papagaios, peixes-cirurgiões (Acanthurus chirurgus) etc.[5][6][7].

Referências