A língua oficial do país é o neerlandês, herança do antigo colonizador. É a língua utilizada na administração governamental e nas escolas. Porém o surinamês, também conhecido como sranam tongo ou taki-taki, que é uma língua derivada do inglês, também é muito falado nas ruas. As comunidades de origem estrangeira no país costumam preservar os idiomas de seus países de origem: a comunidade de origem indiana continua a falar um dialeto derivado do bhojpuri chamado hindi surinamês ou sarnami; a comunidade de origem indonésia continua a falar javanês; a comunidade de origem chinesa fala o hakka, o cantonês e mandarim; os quilombolas falam o saramacano, o paramacano, o ndyuka, o aucano, o kwinti e o matawai; os índios falam línguas dos grupos aruaque e caribe; a comunidade hispanoamericana fala castelhano e a comunidade brasileira fala português.

Cartaz em neerlandês com a foto da Ponte Jules Wijdenbosch sobre o Rio Suriname
Catedral católica de São Pedro e São Paulo, em Paramaribo

O inglês é utilizado nos hotéis. Essa grande diversidade de línguas deixa evidente a falta de uma identidade cultural para o país. No campo religioso, persiste a diversidade: metade da população é cristã (protestante ou católica) e a outra metade é hindu ou muçulmana. Uma vestimenta típica das surinamesas é o kotomisi, que é um vestido folgado e colorido, que cobre a maior parte do corpo e que é usado em conjunto com um chapéu igualmente colorido de tecido. Segundo a tradição, esse vestido foi criado para proteger as escravas nas plantações contra a cobiça dos seus senhores. Atualmente, o kotomisi continua a ser utilizado como uma expressão da cultura nacional.

Uma cultura típica do interior do país é a dos quilombolas (os chamados maroons), que preservaram a cultura dos escravos de origem africana. Até hoje, os quilombolas conservam um grande grau de independência em relação ao governo do país. Os índios do interior do país também conservaram muito de sua cultura original de antes da chegada dos europeus.