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GRUPO “T”: Histórico, Metodologia, Planejamento e Resultados.
I. Histórico
Foi Kurt Lewin que, por volta de 1945, no Instituto de Tecnologia de Massachussetts, Universidade de Harvard, trabalhando com sua equipe e com estudantes, desenvolveu a idéia de que o treino das capacidades em relações humanas era um importante, mas esquecido tipo de educação na sociedade moderna.
O primeiro então chamado T-group ou trainig-group, foi realizado em 1947, pouco depois da morte de Lewin. Aqueles que trabalharam com ele continuaram a desenvolver os grupos de treino, não só enquanto estiveram no MIT, mas também, mais tarde, na Universidade de Michigan. Os grupos de verão em Bethel tornaram-se famosos. Formou-se uma organização, os “Nacional Training Laboratories”, com escritórios em Washington. A primeira tentativa dos grupos NTL foi no campo industrial, atingindo administradores e diretores.
Inicialmente, os grupos adotaram a designação de T-Group. Eram grupos de treino em capacidades das relações humanas, nos quais se ensinava os indivíduos a observar a natureza das suas interações recíprocas e do processo de grupo. Assim eles seriam mais capazes de compreender a sua própria maneira de funcionar num grupo e no trabalho, bem como o impacto que tenham sobre os outros, e tornar-se-iam mais competentes para lidar com situações interpessoais difíceis.
Nos T-groups organizados pelos NTL para a indústria, e gradualmente para muitos campos fora da indústria, verificou-se que os indivíduos viviam freqüentemente experiências pessoais muito profundas de mudança através da relação de confiança e de interesse que se desenvolvia entre os participantes.
II. Definição
O T-Group é conhecido também como “grupo de diagnóstico”, “grupo centrado em si mesmo”, “grupo de formação”, “sócio-análise”. Não tem estrutura intrínseca. Na sua estrutura extrínseca obedece aos critérios de:
• Duração: 20 a 40 horas
• Número de participantes: entre 10 e 20, sendo o ideal de 12 a 15 participantes.
• Composição ideal: heterogêneo
• Contexto temporal: importante que sejam fixados início, término e duração de cada sessão, assim como o local da experiência.
Numa reformulação de comportamento grupal é necessário descongelar atitudes, desaprender normas de agir e reeducar-se. Toda mudança é difícil, pois existem barreiras à aquisição de novos comportamentos e ao abandono de atitudes congeladas.
Na aquisição de um comportamento grupal mais eficiente, algumas etapas intermediárias são necessárias:
• Desenvolvimento da percepção do outro; • Papéis desempenhados; • Atitudes grupais; • Mecanismos de resistência à atração efetiva; • Desenvolvimento de comportamentos de liderança; • Compreensão dos problemas de comunicação.
Toda reformulação de comportamento grupal é uma mudança na pessoa. O aprendizado do trabalho social de grupo é a primeira meta do trabalho grupal. O treinamento desenvolve aquelas habilidades necessárias que favorecem o melhor desempenho de trabalho, não só no campo afetivo como também na produção de satisfação. O aprendizado da pessoa total abrange idéias, valores, princípios, atitudes, sentimentos e comportamentos concretos.
O indivíduo tem de experimentar, explorar, tentar errar, aprender, até que se comporte adequadamente, e para atingir esse desenvolvimento conta com a colaboração dos outros. Os chamados problemas de relações humanas não são apenas provocados pelo comportamento de outras pessoas. As ações de um indivíduo constituem também parte da situação do problema, sendo que talvez seja o seu próprio desempenho que esteja causando distorções.
A maior parte das pessoas permanece congelada nos seus comportamentos durante a maior parte do tempo de sua atuação; a contribuição de um treinamento consiste em iniciar um degelo temporário na atuação em grupo.
III. Modalidades de Grupos de Treinamento
• T-groups: tendia para acentuar as capacidades de relações humanas, porem tornou-se de perspectivas mais vastas.
• Grupo de encontro (ou grupo de encontro básico) – pretende acentuar o crescimento pessoal e o desenvolvimento e aperfeiçoamento da comunicação e relações interpessoais, através de um processo experiencial.
• Grupo de treino de sensibilidade – pode assemelhar-se a qualquer um acima.
• Grupo centrado na tarefa – largamente aplicado na indústria. Centra-se na tarefa de grupo e no seu contexto interpessoal.
• Grupos de percepção sensorial, grupos de percepção corporal, grupos de movimento corporal – Tendem a acentuar a percepção física e a expressão, através do movimento, dança espontânea, etc.
• Grupos de criatividade – grupo constituído pela expressão criadora através da arte, sendo o objetivo a espontaneidade individual e a liberdade de expressão. • Grupo de desenvolvimento da organização que objetiva desenvolver a capacidade de liderança.
• Grupo de formação de equipe – usado em empresas para desenvolver maiores laços de união e equipes de trabalho eficazes.
• Grupo gestáltico – baseia-se na perspectiva terapêutica guestaltista, onde um terapeuta experiente se centra num indivíduo de cada vez, porem sob um ponto de vista diagnóstico e terapêutico.
• Grupo synanon ou “game” – desenvolvido pela organização Synanon para o tratamento de drogados. Tende a utilizar um ataque quase violento às defesas dos participantes.