História das repúblicas/Idade média
Durante a Idade Média, o regime predominante na Europa foi o feudalismo, que se caracterizava por monarquias descentralizadas em que o poder se concentrava nas mãos de senhores feudais locais. Algumas das poucas exceções na Europa a esse predomínio do regime monárquico foram as chamadas repúblicas marítimas italianas, como Gênova, Veneza, Amalfi e Pisa. Essas repúblicas, cujo apogeu se deu na baixa idade média (do século X ao XV), tinham seu líder dirigente (o doge, palavra italiana derivada do latim DVX) eleito por assembleias aristocráticas. As repúblicas marítimas italianas se baseavam no comércio e dominaram o mar Mediterrâneo. Com as cruzadas, conquistaram territórios na região mediterrânea oriental e no mar Negro.
A Baixa Idade Média também assistiu ao surgimento das primeiras universidades europeias. Junto com as universidades, surgiu o costume de os estudantes estrangeiros das universidades se reunirem em moradias que vieram a ser conhecidas, nos países de língua portuguesa, como "repúblicas", pela similariedade destas moradias coletivas com as repúblicas propriamente ditas. Em ambas, o usufruto de bens comuns exige uma forma de administração conjunta desses bens.
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Palácio do doge em Veneza
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Busto de um doge veneziano, em Trieste, na Itália
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Amalfi
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Torre de Pisa
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Vista panorâmica de Coimbra, o berço das repúblicas estudantis